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Colômbia suspende negociações de paz com ELN

30 de janeiro de 2018

Presidente Juan Manuel Santos decide congelar diálogo com grupo armado após ataques contra forças policiais colombianas atribuídos à guerrilha. Quinto ciclo de conversações deveria começar em Quito nos próximos dias.

Kolumbien ELN-Rebellen
Desde o acordo de paz entre o governo e as Farc, o ELN é o maior grupo armado em atividade na ColômbiaFoto: picture-alliance/dpa/EFE/C. Escobar Mora

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou nesta segunda-feira (29/01) que decidiu suspender as negociações de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN), depois de o grupo ter assumido a autoria de um ataque contra forças policiais colombianas no norte do país.

"Tomei a decisão de suspender o início do quinto ciclo de negociações que estava previsto para os próximos dias até que haja coerência entre as palavras do ELN e suas ações", disse o presidente em um evento na cidade de Palma. "Minha paciência e a do povo colombiano têm limites."

Santos acrescentou que os diálogos somente serão retomados quando a guerrilha der provas "à sociedade colombiana e à comunidade internacional de sua vontade de atingir um acordo". 

O grupo armado reivindicou a autoria de um atentado que matou, no sábado passado, cinco policiais e feriu mais de 40 pessoas em uma delegacia de polícia na cidade portuária de Barranquilla.

Atentado contra policiais em Barranquilla deixou cinco mortos e dezenas de feridosFoto: picture-alliance/dpa/colprensa/J. Manuel Cantillo

O incidente coincidiu com outros dois ataques ocorridos no país no mesmo fim de semana, também deixando mortos e feridos. Autoridades acreditam que o ELN esteja por trás dos três atentados, embora o grupo tenha assumido a autoria apenas do mais violento.

O governo colombiano e o ELN começaram a dialogar em 2014, mas a fase pública de negociações para a paz só teve início há cerca de um ano, após meses de adiamentos. Em setembro do ano passado, os dois lados chegaram a um acordo de cessar-fogo bilateral, que expirou em janeiro.

A quinta rodada de negociações deveria começar em Quito, no Equador, nesta semana. Seu início, previsto anteriormente para 10 de janeiro, já havia sido adiado por conta de outros ataques, também atribuídos ao ELN, contra forças de segurança colombianas e infraestruturas petrolíferas.

Desde a ratificação do acordo de paz entre o governo em Bogotá e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em 2016, o ELN é o maior grupo armado em atividade na Colômbia, com cerca de 1.800 guerrilheiros.

EK/afp/dpa/lusa/efe

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