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Colômbia volta a suspender ataques contra as Farc

26 de julho de 2015

Presidente decreta paralisação de bombardeios do governo contra acampamentos, após rebeldes anunciarem trégua unilateral. Santos ressalva que ataques poderão ser retomados caso a milícia se torne ameaça para a população.

Foto: picture-alliance/dpa/E. Herrera

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, ordenou na noite deste sábado (25/07) a suspensão dos bombardeios contra os acampamentos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A descontinuação dos ataques ocorre dois dias depois que o governo e os rebeldes retomaram as negociações de paz na capital cubana, Havana.

"Eu dei a ordem de suspensão a partir de hoje dos bombardeios aéreos contra acampamentos onde haja concentração de membros dessa organização. A partir dessa data, esse tipo de ataque só poderá ser realizado com ordem explícita do presidente da República", afirmou Santos em um evento na cidade de Cartagena.

O líder colombiano suspendeu os bombardeios em março, mas ordenou a retomada deles um mês após os rebeldes matarem 11 soldados colombianos. As Farcs anunciaram um cessar-fogo unilateral desde a última segunda-feira, mas o presidente colombiano, inicialmente, havia recusado em retribuir o gesto.

Segundo o chefe de Estado, a trégua do governo marca a atual fase de negociações em Havana, onde as duas partes discutem a distensão do conflito armado, que já dura cinco décadas, com o objetivo de alcançar um cessar-fogo bilateral, passo prévio antes de firmar um acordo de paz.

"Nós concordamos em acalmar o conflito. O que isso signfica? Menos mortes, dor e vítimas", sublinhou Santos. O presidente declarou, ainda, que os acampamentos das Farc não serão atacados se não constituírem uma ameaça para a população, forças de segurança e infraestrutura elétrica, petroleira e rodoviária.

"O governo continuará garantindo a segurança dos colombianos e o estado de direito. O governo seguirá perseguindo o crime", frisou.

FC/afp/rtr/efe/lusa

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