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FutebolArgentina

Com emoção e reverência, Argentina se despede de Maradona

26 de novembro de 2020

Homenagens ocorrem em Buenos Aires e outras cidades, com buzinaços, aplausos, cânticos e velas. Também na italiana Nápoles, milhares de torcedores se reúnem para última despedida.

Torcedor enrolado em bandeira da Argentina com o nome de Diego Maradona
Fãs começaram a se reunir já durante a madrugada em frente à Casa Rosada, onde será o velórioFoto: Victor Caivano/AP Photo/picture alliance

Os argentinos iniciaram ainda nesta quarta-feira (25/11) as despedidas ao maior ídolo do futebol no país e um dos maiores jogadores de todos os tempos, Diego Armando Maradona, que não resistiu a uma parada cardiorrespiratória e faleceu aos 60 anos nesse mesmo dia.

Maradona morreu por volta do meio-dia desta quarta-feira, em sua residência na periferia norte de Buenos Aires. A necrópsia apontou edema agudo de pulmão, insuficiência cardíaca crônica aguda e coração com miocardiopatia dilatada.

Uma salva de palmas em toda a Argentina, que incluiu buzinaços e gritos de agradecimento, marcou uma emotiva despedida do país ao ícone. Os aplausos e gritos tanto em Buenos Aires como em diversas cidades do país foram acompanhados por cânticos e pela luz ligada de refletores nos estádios às 22h.

A iniciativa, que teve origem nas redes sociais, foi o primeiro adeus em larga escala dos argentinos a seu maior ídolo no futebol, antecedendo as cerimônias fúnebres com a presença da família e de amigos e o velório na Casa Rosada, sede do governo, nesta quinta-feira.

Torcedores do Boca Juniors reverenciam Maradona diante do estádio La BomboneraFoto: Muhammed Emin Canik/AA/picture alliance

Flores, velas, fotos, camisetas e cachecóis esportivos, entre outros objetos, foram depositados por fãs do jogador em diversos pontos de Buenos Aires, como o Obelisco da Avenida 9 de Julho e as imediações do estádio La Bombonera, do Boca Juniors, clube do coração de Maradona.

No estádio do Argentinos Juniors, cujo nome é Diego Armando Maradona, houve muitos altares improvisados ao longo do dia do lado de fora, e muitas pessoas compareceram para prestar homenagens.

Os dirigentes do clube onde Maradona foi revelado decidiram abrir os portões e deixar os torcedores entrarem para cantar durante dez minutos em homenagem ao craque.

Público reunido nas imediações da Casa Rosada, na madrugada anterior ao velórioFoto: Martin Villar/REUTERS

Velório na Casa Rosada

O presidente Alberto Fernández decretou nesta quarta-feira três dias de luto nacional. A Associação do Futebol Argentino (AFA) decretou sete dias de luto.

Na manhã desta quinta-feira, o cortejo fúnebre do craque chegou à Casa Rosada, onde se iniciou o velório. Os restos mortais de Maradona foram transportados de ambulância, cercada por um forte aparato de segurança.

O velório para o público começou às 6h e vai prosseguir até as 16h desta quinta-feira. Mesmo antes do início, ainda na madrugada, centenas de pessoas já faziam fila diante da Casa Rosada para o adeus ao craque. Ocorreram distúrbios e empurra-empurra quando as portas foram abertas. A estimativa é de que cerca de 1 milhão de pessoas passem pelo local.

Antes do velório público houve uma cerimônia privada para familiares, amigos e personalidades do meio esportivo argentino.

Velas e cachecóis do Napoli foram depositados na frente do estádio San PaoloFoto: Alessandra Tarantino/AP/dpa/picture alliance

Homenagens em Nápoles

Em Nápoles, na Itália, milhares de torcedores do clube de futebol local, o Napoli, se reuniram do lado de fora do estádio San Paolo nesta quarta-feira para homenagear o maior ídolo da história do clube.

Pouco depois da notícia da morte de Maradona, que fez história no Napoli de 1984 a 1991 ao conquistar os seus dois únicos títulos do Campeonato Italiano (1987 e 1990) e uma Copa da Uefa (1989), os torcedores foram às ruas para reverenciar a memória do eterno camisa 10.

Faixas com escritos como "Rei Imortal" e "Diego sempre conosco" foram colocadas no estádio San Paolo e também no chamado "Quartieri Spagnoli", um dos redutos dos torcedores de Nápoles.

O prefeito Luigi De Magistris e o presidente do clube, Aurelio De Laurentiis, já confirmaram que estão trabalhando para rebatizar o estádio San Paolo como Estádio Diego Armando Maradona.

AS/efe/lusa/afp

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