Encontro na Inglaterra confronta a premiê que liderará a saída britânica da UE com um presidente que chegou ao poder como bastião do europeísmo. Em jogo, evitar fissuras numa parceria histórica.
Anúncio
"Um francês deve estar sempre falando, não importa se saiba algo sobre o assunto ou não; um inglês fica contente ao não ter que dizer nada quando ele não tem nada a dizer."
Esse ditado de Samuel Johnson, autor e poeta inglês do século 18, define bem a relação de amor e ódio entre a França e o Reino Unido ao longo dos séculos.
Georges Clemenceau, que exerceu o cargo de primeiro ministro francês durante dois mandatos na Terceira República, também não escondeu a falta de apreço quando observou que "o inglês é somente o francês mal pronunciado".
Provavelmente, o atual presidente da França, Emmanuel Macron, adoraria, na cúpula desta quinta-feira (18/01) na Inglaterra, contradizer o ditado de Johnson, tendo em vista a ressonância positiva de seus planos para "reiniciar" a União Europeia (UE), enquanto a primeira-ministra britânica, Theresa May, tem muito que falar sem realmente ter nada a dizer.
Tradicionalmente, França e Reino Unido trabalham estreitamente em questões de defesa e segurança tanto na Otan quanto na UE e, globalmente, como únicos membros europeus no Conselho de Segurança da ONU.
A saída do Reino Unido da UE restringirá essa cooperação? E que impacto o Brexit terá nos laços econômicos e fronteiriços entre os dois países?
Problemas de defesa e segurança
Em 2010, os dois países assinaram um tratado de cooperação nas áreas de defesa e segurança, conhecido como Acordos de Lancaster House. Por meio dele, a cooperação aumentou entre as Forças Armadas britânicas e francesas em termos de compartilhamento e agrupamento de materiais e equipamentos. O pacto também proporcionou acesso mútuo aos mercados de defesa dos dois países e permitiu o intercâmbio e o desenvolvimento de projetos industriais e tecnológicos.
Segundo Nicholas Startin, chefe de departamento e professor sênior de política francesa e europeia na Universidade de Bath, na Inglaterra, essa é uma área que pode não ser afetada pelo Brexit.
"Acho que os líderes de ambos os países são suficientemente pragmáticos para desejarem esses acordos e darem prosseguimento aos laços relativamente próximos que têm em questões de segurança".
Ainda assim, com menos influência, o Reino Unido terá provavelmente que fazer concessões em matéria de defesa e segurança. E na sequência do Brexit, os britânicos terão a dolorosa tarefa de desenvolver novas alianças, se quiserem alcançar seus objetivos de política externa. Paralelamente a todos esses acordos bilaterais, o crucial será negociar uma nova "relação especial" em termos de defesa e segurança com a UE.
Questões de fronteira
Em 2003, os dois países assinaram o Tratado de Touquet, acordo bilateral para combater a imigração ilegal no Canal da Mancha e que efetivamente fez com que os limites do Reino Unido se estendessem para a França. Desde então, guardas de fronteira britânicos foram estacionados no norte francês, enquanto autoridades francesas realizam controles de imigração no porto de Dover, uma situação vantajosa para todos.
"No contexto da UE, esse acordo pareceu funcionar muito bem a partir de uma perspectiva britânica. Independentemente do Brexit, isso colocou uma enorme pressão sobre a área de Calais e sobre a região de Passo de Calais como um todo, pois levou a um bloqueio dos refugiados tentando chegar ao Reino Unido e ao desdobramento de uma crise humanitária", diz Startin.
Mas agora a França está pressionando o Reino Unido a aceitar mais refugiados e a pagar mais pela segurança das fronteiras, se o atual acordo for mantido. Do ponto de vista francês, explica Startin, isso seria algo razoável. "Acho compreensível que o presidente francês questione o funcionamento do tratado num ambiente pós-Brexit porque me parece que o pacto coloca um enorme fardo sobre a França, já que muitos refugiados continuam tentando chegar ao Reino Unido".
E parece que, nessa questão particular, as cartas estão nas mãos de Macron. "Para o governo britânico, o dilema final seria Macron dizer 'queremos postergar este acordo', implicando que a fronteira passaria a ser antes Dover que Calais e isso é algo que, dado o contexto político, o governo do Reino Unido gostaria muito de evitar mesmo como uma ameaça velada."
O Brexit e a economia
No caso de um Brexit "duro", no qual o Reino Unido deixaria o mercado único europeu, o impacto mais imediato seria sobre o comércio livre entre as alfândegas dos dois lados do Canal da Mancha.
"Obviamente, a possibilidade de se impor controles alfandegários e, eventualmente, tarifas entre o Reino Unido e a França, em particular entre Calais e Dover, onde uma grande quantidade de mercadorias circula para lá e para cá, sem nenhum controle fronteiriço no momento, é um grande problema", afirma Jonathan Portes, professor de economia e políticas públicas no King's College de Londres.
Apesar do Brexit, Portes diz acreditar que "os franceses continuarão a ser um dos maiores parceiros comerciais do Reino Unido em quase todas as situações possíveis".
Nicholas Startin não mostra tanta certeza. "Será difícil para o Reino Unido negociar uma relação comercial significativa com cada um dos 27 Estados da UE no caso de um Brexit 'duro'. Ao mesmo tempo, também não é certo que no curto prazo seja tão fácil estabelecer relações econômicas bilaterais com outros países fora da UE, diante das incertezas causadas pela saída da União Europeia", observa o professor da Universidade de Bath.
Alemanha, França e Reino Unido
Macron tem reiterado que não pretende "punir" o Reino Unido, mas, ao mesmo tempo, ele continua sendo um fervoroso europeu e buscará o melhor acordo tanto para a França quanto para a UE, para a qual ele precisa da ajuda da maior economia europeia, a Alemanha.
Ávidos teóricos da conspiração talvez vejam esse desenvolvimento como prova de que Paris e Berlim estejam se unindo contra o Reino Unido, que, por sua vez, tenta impedir a formação desse eixo.
"Talvez seja verdade que os franceses sejam um pouco mais linha dura que outros países ou mais puristas em termos de Brexit", apontou Portes. "Por outro lado, até agora pelo menos, não há nenhuma evidência que sugira que a Alemanha sob Angela Merkel seja menos purista na questão da integridade do mercado único europeu", continua.
O professor do King's College de Londres acrescenta: "A ideia de que o Reino Unido possa de alguma forma tentar separar os laços entre a França e a Alemanha ou isolar a França não é uma estratégia que tenha qualquer perspectiva séria de sucesso e seria de esperar que o nosso governo não seja tolo o suficiente para tentar fazê-la".
----------------
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos noFacebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App
O mês de janeiro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
O presidente americano, Donald Trump, fez seu primeiro – e aguardado – pronunciamento ao Congresso do país sobre o Estado da União. Ao falar da política interna, adotou tom conciliatório. Defendeu a unidade nacional e o reforço das fronteiras, pedindo uma "família americana unida". O discurso ocorre após um ano de um governo conturbado, permeado por escândalos, divisão e controvérsias. (30/01)
Foto: Reuters/W. McNamee
Morre homem mais velho do mundo
O espanhol Francisco Núñez Olivera, o homem mais velho do mundo, morreu aos 113 anos em Bienvenida, mesma cidade em que nasceu, na província de Badajoz, no sudoeste da Espanha. Seus familiares atribuíam sua longevidade a uma dieta de vegetais que ele próprio cultivava e ao consumo diário de uma taça de vinho. Até os 107 anos de idade, ainda saía todos os dias para caminhar. (29/01)
Foto: imago/Agencia EFE
Morre Coco Schumann
Morreu, aos 93 anos, o guitarrista de jazz alemão e sobrevivente do Holocausto Coco Schumann, após mais de 70 anos dedicados à música. De origem judaica, ele sobreviveu a três campos de concentração nazistas, onde era obrigado a tocar para os oficiais da SS. Coco foi o primeiro guitarrista de jazz alemão a usar guitarra elétrica, e teve sua vida retratada num musical de sucesso em 2012. (28/01)
Enchentes do Sena em Paris
Rio que corta capital francesa atinge nível quatro metros maior que o normal. Na região metropolitana parisiense, por volta de mil pessoas tiveram de deixar suas moradias, quase 1,5 mil residências ficaram sem energia elétrica. Não há registro de vítimas. Túneis e avenidas marginais estão fechados. Enchentes deverão diminuir, mas retorno à normalidade pode levar semanas, dizem autoridades. (28/01)
Foto: Getty Images/AFP/G. van der Hasselt
Protesto curdo em Colônia
Mais de 20 mil curdos participaram de um protesto em Colônia para para declarar seu repúdio a uma ofensiva militar do governo turco no enclave de Afrin, norte da Síria, um bastião curdo no país. A manifestação ocorreu sem incidentes graves, mas foi dispersada pela polícia depois que foram observadas bandeiras do PKK, grupo considerado organização terrorista pela União Europeia. (27/01)
Foto: DW/C. Winter
Caos em promoção na França
Uma promoção de Nuttela feita por uma rede de supermercados na França provocou cenas de tensão e, em algumas lojas da rede, a polícia teve que intervir perante as brigas dos clientes pelo produto. A embalagem de 950 gramas de Nutella foi vendida com 70% de desconto. A rede de supermercados lamentou as brigas entre os clientes e se diz surpresa com o ocorrido. (26/01)
Foto: picture-alliance/dpa/MAXPPP/L. Thevenot
"Relógio do Juízo Final"
Devido à má resposta de líderes mundiais às ameaças de uma guerra nuclear e às mudanças climáticas, cientistas dos EUA ajustaram em 30 segundos o "Relógio do Juízo Final" e colocaram o ponteiro marcando 23h58. O dispositivo foi criado em 1947 pelo Comitê do Boletim de Cientistas Atômicos e simboliza o quão perto a humanidade estaria de destruir o planeta. (25/01)
Foto: picture-alliance/AP Images/C. Kaster
Julgamento do Lula
Os três desembargadores que analisaram o recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Porto Alegre decidiram de maneira unânime manter a condenação imposta ao petista pelo juiz Sérgio Moro. Lula ainda teve a pena aumentada para 12 anos e um mês de prisão durante a análise no processo por corrupção e lavagem de dinheiro que envolve a propriedade de um tríplex no Guarujá. (24/01)
Foto: Reuters/L. Benassatto
Erupção de vulcão no Japão
Uma pessoa morreu e ao menos 14 ficaram feridas numa estação de esqui em Gunma, no centro do Japão, após a erupção de um vulcão e uma avalanche de neve que aconteceram quase que simultaneamente. A erupção do monte Motoshirane, a primeira em cerca de 3 mil anos, aconteceu enquanto grande parte do país estava em nível máximo de alerta meteorológico pelas intensas nevascas. (23/01)
Foto: Reuters/Kyodo
Novo presidente da Libéria
O ex-jogador de futebol George Weah tomou posse como presidente da Libéria. Ele sucede à Nobel da Paz Ellen Johnson-Sirleaf, na primeira transferência de poder entre dois líderes eleitos democraticamente no país em 74 anos. Weah, ex-melhor jogador do mundo, jurou o cargo perante cerca de 35 mil pessoas, no estádio Samuel Kanyon Doe, nos arredores da capital Monróvia. (22/01)
Foto: Reuters/T. Gouegnon
Trégua em Berlim
O Partido Social-Democrata optou por iniciar negociações formais para a formação de uma coalizão de governo com as conservadoras União Democrata-Cristã e Social-Cristã. A decisão, por 362 votos a 279, abre uma nova fase no impasse político que perdura desde as eleições gerais de setembro, em que a legenda de Angela Merkel ficou aquém da maioria que lhe permitiria governar sozinha. (21/01)
Foto: picture alliance/dpa/K. Nietfeld
Marcha das Mulheres nos EUA
Um ano após a posse de Donald Trump como presidente dos EUA, Marcha das Mulheres volta a tomar ruas do país para pedir igualdade e fim da discriminação e intolerância. Ativistas também têm como meta conscientização da população frente às eleições legislativas de novembro, nas quais serão renovadas todas as cadeiras da Câmara dos Representantes e um terço do Senado.(20/01)
Foto: Getty Images/AFP/E. Hambach
Epifania ortodoxa
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se banhou nas águas geladas de um lago, durante as festividades do Batismo de Cristo, que os ortodoxos comemoram no dia 19 de janeiro. Segundo números oficiais, além de Putin, cerca de 1,8 milhão de russos participaram do rito ortodoxo em todo o país. (19/01)
Foto: Reuters/Sputnik/Kremlin/A. Druzhinin
Tempestade Friederike
A tempestade Friederike atingiu a Europa, com ventos de até 200 quilômetros por hora e nevascas, levando à morte de pelo menos quatro pessoas. Os três países mais afetados são Bélgica, Alemanha (foto) e Holanda, que enfrentam caos no transporte. (18/01)
Foto: picture alliance / Arnulf Stoffel/dpa
Onda de frio na Rússia
Com temperaturas chegando a - 67º C, até os cílios congelam na remota região de Yakutia, no leste da Rússia. Apesar do frio, a jovem Anastasia Gruzdeva conseguiu posar para uma selfie ao ar livre. A temperatura mais baixa de que se tem conhecimento na região foi registrada em 2013, quando os termômetros marcaram - 71º C no vilarejo de Oymyakon. (17/01)
Em sua primeira viagem ao Chile desde que assumiu o papado, em 2013, Francisco pediu perdão às vítimas de abusos sexuais cometidos por integrantes do clero chileno. "Não posso deixar de manifestar a dor e a vergonha que sinto perante o dano irreparável causado às crianças por integrantes da Igreja", disse em evento com autoridades. O papa celebrou ainda missa para 400 mil pessoas (foto). (16/01)
Foto: Reuters/Osservatore Romano
Morre vocalista da banda Cranberries
A vocalista da banda de rock irlandesa The Cranberries, Dolores O'Riordan, morreu subitamente aos 46 anos, em Londres, afirmou a representante da artista, em comunicado. A causa da morte não foi divulgada. A banda fez sucesso no mundo inteiro na primeira metade dos anos 1990 com as canções “Linger”, “Dreams” e “Zombie”, que tinham o vocal de O'Riordan como marca registrada. (15/01)
Foto: Getty Images/AFP/G. Souvant
Tunísia protesta
No sétimo aniversário da Revolução dos Jasmins, tunisianos tomaram as ruas em protesto contra aumentos de preços e impostos, e outras medidas de austeridade que o governo afirma serem imposições do FMI. Após as manifestações, em parte violentas, dos últimos dias, Túnis reagiu, anunciando benefícios para as camadas menos favorecidas da população. (14/01)
Foto: Reuters/Z. Souissi
Passe livre para torcedoras sauditas
Pela primeira vez na história da Arábia Saudita, mulheres foram autorizadas a assistir a um jogo de futebol. A mídia local mostrou fotos de torcedoras nas arquibancadas de um estádio em Jeddah, de lenços listrados no pescoço e longos casacos pretos, A visita de estádios era proibida para mulheres até setembro, quando sua presença foi permitida, contanto que acompanhadas por suas famílias. (13/01)
Foto: Reuters/R. Baeshen
Consenso após noite longa
Aberto o caminho para a reedição da "grande coalizão", reunindo conservadores cristãos e social-democratas em Berlim. Após mais de 24 horas de conversações, líderes parlamentares e dos partidos SPD, CDU e CSU apresentaram um esboço de 28 páginas com um plano de negociações formais. Assim deram fim a quatro meses de incerteza política na Alemanha. (12/01)
Foto: Reuters/F. Bensch
UE apela em favor do Irã
"Atualmente não há nenhuma indicação que possa colocar em dúvida o respeito iraniano ao acordo", disse o ministro do Exterior da França, Jean-Yves Le Drian (c.), após encontro com seu homólogo Javad Zarif. Em Bruxelas, representantes da UE instaram o presidente dos EUA, Donald Trump, a apoiar o acordo nuclear com o Irã, considerando-o essencial para a segurança internacional. (11/01)
Foto: Reuters/J.Thys
Roubo milionário na capital francesa
O Ritz, um dos hotéis de luxo mais conhecidos de Paris, foi alvo de um assalto espetacular. Cinco ladrões quebraram com machado as vitrines de uma joalheria que funciona no térreo do estabelecimento e levaram joias no valor de mais de 4 milhões de euros. Durante o ataque, pessoas chegaram a se esconder no porão do prédio. Três dos criminosos foram presos. (10/01)
Foto: picture-alliance/dpa/Maxppp/O. Corsan
Ultrapassando limite
O chefe da delegação da Coreia do Norte, Ri Son-gwon, é recebido por funcionário da Coreia do Sul ao pisar na marca de concreto que representa a fronteira. Nas primeiras conversas entre os dois países em quase dois anos, Pyongyang disse que enviará atletas e representantes de alto nível aos Jogos de Inverno no país vizinho. Também foi anunciada a reabertura de uma linha telefônica militar. (09/01)
Foto: Reuters/Korea Pool
Renanos sob água
A enchente do Rio Reno atinge níveis críticos, de até 9 metros, com a água inundando estradas e residências em cidades ribeirinhas e forçando a suspensão do transporte fluvial e ferroviário. Felizmente, previsão é de que nível começará a baixar em breve. (08/01)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Stoffel
"Charlie Hebdo", três anos depois
Retratos dos colaboradores do semanário satírico "Charlie Hebdo" decoram uma parede em Paris. O presidente Emmanuel Macron e a prefeita Anne Hidalgo homenagearam neste domingo as vítimas dos ataques terroristas de 2014 na capital francesa O tributo começou diante do prédio que abrigava a redação do jornal, com a leitura dos nomes dos mortos e deposição de coroas de flores. (07/01)
Foto: Getty Images/AFP/C. Archambault
Adeus a Cony
O escritor e jornalista Carlos Heitor Cony morreu aos 91 anos, por falência múltipla dos órgãos. Nascido no Rio de Janeiro em 1926, publicou seu primeiro romance e iniciou a carreira de jornalista nos anos 50, sendo preso diversas vezes pela ditadura militar. Afirmando sentir-se mais à vontade como escritor, ele era atualmente cronista da "Folha de S. Paulo" e comentarista da rádio CBN. (06/01)
Foto: DW/L. Frey
Lançamento de livro sobre Trump
Em "Fire and Fury: Inside the Trump White House", o autor Michael Wolff faz um retrato de uma Casa Branca desastrada e disfuncional sob a liderança de Trump. O livro causou tanto interesse que Wolff foi ameaçado por advogados de Trump, e o lançamento foi adiantado. Alguns dos comentários mais impressionantes foram feitos pelo ex-estrategista do presidente Steve Bannon. (05/01)
Foto: Reuters/C. Barria
Atentado em Cabul
Um atentado suicida realizado contra um grupo de policiais que acompanhava uma pequena manifestação no leste de Cabul, no Afeganistão, deixou pelo menos 11 mortos, entre eles cinco agentes, e 25 feridos. O agressor se aproximou do grupo e detonou um colete com explosivos. O grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) reivindicou a autoria do ataque, cujo alvo era as forças de segurança. (04/01)
Foto: picture-alliance/AP Photo
Linha direta
Depois de quase dois anos de interrupção, a Coreia do Norte reativou as linhas de comunicação com a Coreia do Sul. A medida foi tomada poucos dias após o líder Kim Jong-un expressar sua intenção de retomar o diálogo com o país vizinho. O governo sul-coreano informou que os dois países já iniciaram contatos preliminares através da linha de comunicação em Panmunjom (foto). (03/01)
Foto: picture-alliance/Yonhapnews/Agency
Primeira de declaração de Khamenei
Em sua primeira declaração sobre os protestos no Irã, o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, acusou os "inimigos" do país de estarem por trás das manifestações que deixaram ao menos 21 mortos nos últimos seis dias. Khamenei não mencionou quem seriam esses inimigos. Porém, o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional Ali Shamkhani acusou os EUA, o Reino Unido e a Arábia Saudita. (02/01)
Foto: Irna
Ano Novo gelado
Os Estados Unidos receberam 2018 com uma onda de frio em praticamente todo o país, com um recorde de marcas mínimas nos termômetros que já causaram ao menos duas mortes durante as celebrações de Ano Novo. Em Aberdeen, no norte do país, foi registrada a temperatura mais baixa em 99 anos, - 36 ºC. Em Chicago, o lago Michigan congelou. (01/01)