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Luta contra a corrente

9 de julho de 2011

Sem nova parcela da ajuda, país estaria insolvente. Christine Lagarde elogiou pequenas vitórias de Atenas. Ainda assim, economista alemão aconselha gregos a abandonarem o euro, se desejam recuperar a competitividade.

Verschieden Euromuenzen liegen am Montag (04.07.11) in Speyer fuer eine Fotoillustration auf einer Fahne der Europaeischen Union waehrend daneben eine griechische (r.) und eine deutschen Fahne zu sehen sind. Die deutsche Beteiligung am Euro-Rettungsschirm und an der Griechenland-Hilfe steht am Dienstag (05.07.11) auf dem Pruefstand des Bundesverfassungsgerichts. In der muendlichen Verhandlung duerfte es jedoch weniger darum gehen, ob die milliardenschweren Unterstuetzungsmassnahmen wirtschaftlich sinnvoll sind, um etwa Griechenland vor einen Staatsbankrott zu bewahren. (zu dapd-Text) Foto: Ronald Wittek/dapd
Foto: dapd

Após o sinal verde do Eurogrupo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) liberou nesta sexta-feira (08/07) 3,2 bilhões de euros de ajuda financeira para a Grécia. A decisão da organização sediada em Washington já era esperada. No mês de julho, o país deverá receber mais de 12 bilhões de euros da UE e do FMI, como parte do pacote de ajuda de 110 bilhões de euros, aprovado em maio de 2010.

A presidente do FMI, Christine Lagarde, elogiou Atenas pela redução de seu déficit público e pela melhora da competitividade nacional. O parlamento grego aprovara medidas de poupança totalizando 28 bilhões de euros, assim como a venda de propriedades estatais avaliadas em 50 bilhões de euros. Ambos eram pré-condições para a concessão da próxima parcela do pacote.

Entretanto, Lagarde não deixou de ressalvar que, "diante das importantes reformas estruturais a serem implementadas, ainda restam consideráveis desafios" para Atenas.

Segundo presente de grego

Christine Lagarde diz que a Grécia ainda tem muito o que lutar para recuperar economiaFoto: dapd

Atenas necessitava urgentemente desses recursos, sem os quais estaria insolvente já em meados de julho. Tendo recebido até o momento um total de 65 bilhões de euros de ajuda, a Grécia foi o primeiro Estado europeu a recorrer à ajuda financeira internacional. Seguiram-se a Irlanda (85 bilhões de euros) e Portugal (78 bilhões de euros).

Em longo prazo, contudo, os gregos não poderão passar sem um segundo pacote de resgate financeiro, do qual, desta vez, também deverão participar bancos e outros credores privados. Segundo fontes francesas, o pacote em questão deverá ser definido até setembro.

Um diplomata da União Europeia também confirmou esse cronograma ao periódico financeiro alemão Handelsblatt: durante o próximo encontro dos ministros das Finanças da UE, na próxima segunda-feira, "apenas se estabelecerá a sequência de medidas para o período após a pausa de meio do ano".

Citando fontes diplomáticas da UE, o Handelsblatt acrescentou que a participação do setor privado no novo pacote para Atenas se limitará a cerca da metade do que fora originalmente planejado. Bancos, seguradoras e outros investidores privados da Europa contribuirão com, no máximo, 15 bilhões de euros de apoio ao país seriamente endividado.

De volta à dracma

Na opinião de Hans-Werner Sinn, presidente do instituto de pesquisa econômica IFO, sediado em Munique, a Grécia deveria abandonar a moeda comum europeia e retornar à dracma. Como comentou ao semanário Wirtschaftswoche, para readquirir competitividade, o país precisaria ficar de 20% a 30% mais barato, meta que dificilmente alcançará aferrando-se ao euro.

Hans-Werner Sinn, do IFO: Grécia fora da zona do euroFoto: AP

"Os políticos que creem que a Grécia pode se recuperar através de medidas de redução de gastos públicos, subestimam os perigos; e os que creem que ela possa recuperar a competitividade com novas verbas, desconsideram que o dinheiro absorve a pressão de adaptação e mantém o déficit da balança comercial, o que inevitavelmente redunda numa 'união de transferência de solvência'", em oposição à original união monetária, criticou Sinn.

AV/afp/rtr/dpa
Revisão: Francis França

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