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Comandantes de Mariupol retornam à Ucrânia com Zelenski

8 de julho de 2023

Militares ucranianos haviam sido libertados pela Rússia em troca de prisioneiros intermediada por Ancara em setembro, sob a condição de ficarem na Turquia até o fim da guerra. Moscou condena "violação" do acordo.

Volodimir Zelenski posa ao lado de comandantes ucranianos, num avião rumo à Ucrânia
Zelenski ao lado dos comandantes ucranianos, num avião rumo à UcrâniaFoto: Ukraine Presidency/Handout/AA/picture alliance

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, retornou de uma visita à Turquia neste sábado (08/07) levando consigo cinco líderes militares ucranianos que estavam em território turco desde uma troca de prisioneiros com a Rússia no ano passado.

Celebrados como heróis na Ucrânia, os comandantes lutaram para defender a cidade de Mariupol durante um longo cerco russo que resultou em milhares de civis mortos.

Os defensores ucranianos resistiram em túneis e bunkers sob a usina siderúrgica de Azovstal, até que finalmente receberam ordens de Kiev para se render, em maio do ano passado.

A Rússia libertou alguns deles em setembro, numa troca de prisioneiros intermediada por Ancara. Sob o acordo com Moscou, os ucranianos deveriam permanecer na Turquia até o fim da guerra.

Neste sábado, contudo, Zelenski publicou um vídeo em que aparece recebendo e cumprimentando os militares numa pista de aeroporto, antes de todos embarcarem juntos num avião rumo à Ucrânia.

"Estamos retornando da Turquia e levando nossos heróis para casa", afirmou o presidente ucraniano, que havia se reunido com o líder turco, Recep Tayyip Erdogan, em Istambul na sexta-feira.

"Soldados ucranianos Denys Prokopenko, Svyatoslav Palamar, Serhiy Volynsky, Oleh Khomenko, Denys Shleha. Eles finalmente estarão com seus parentes", completou Zelenski.

A presidência ucraniana confirmou que assegurou o retorno dos militares – entre eles comandantes do Batalhão Azov, desprezado pela Rússia – após "negociações com o lado turco".

Muitos ucranianos saudaram a notícia nas redes sociais. "Finalmente! A melhor notícia de todas. Parabéns aos nossos irmãos!", afirmou no Telegram o major Maksym Zhorin, que luta no leste da Ucrânia.

Reação da Rússia

A Rússia, por outro lado, denunciou imediatamente a libertação dos comandantes ucranianos. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a Turquia violou os termos do acordo sobre a troca de prisioneiros e não comunicou Moscou sobre o fato.

"Ninguém nos informou sobre isso. De acordo com os acordos, eles deveriam permanecer no território da Turquia até o fim do conflito", disse Peskov à agência de notícias russa RIA.

Segundo o porta-voz, a libertação dos ucranianos foi resultado de uma forte pressão dos aliados da Turquia na Otan antes da cúpula da aliança militar na próxima semana, na qual a Ucrânia espera receber um sinal positivo sobre sua futura adesão ao grupo.

"Os preparativos para a cúpula da Otan estão em andamento e, claro, houve muita pressão sobre a Turquia", declarou Peskov.

ek (AFP, Reuters, ots)

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