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Combates impedem acesso a local da queda do MH17

27 de julho de 2014

Exército de Kiev e rebeldes disputam área no leste da Ucrânia onde caiu avião da Malaysia Airlines, impedindo equipe internacional de inspecionar local do desastre. Holanda identifica primeira vítima.

Foto: AFP/Getty Images

Uma equipe de peritos precisou cancelar neste domingo (27/07) uma visita de inspeção programada ao local da queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, no leste da Ucrânia, devido à irrupção de novos conflitos na área.

O governo da Malásia havia negociado com os separatistas pró-russos uma permissão para que policiais internacionais pudessem acompanhar os especialistas, a fim de garantir a integridade física deles durante as investigações em solo das causas do desastre.

O primeiro-ministro malaio, Najib Razak, afirmou que um acerto com o líder dos rebeldes, Alexander Boroday, assegurava a proteção dos peritos. Também a Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) participou de negociações nesse sentido, segundo o Ministério holandês da Justiça, e também cancelou a ida de seus observadores até o local da tragédia.

No entanto, neste domingo irromperam violentos combates com tanques nas proximidades da cidade de Grabovo, na província de Donetsk. Tropas de Kiev tentam tomar dos separatistas o controle sobre a área, onde há dez dias caiu o Boeing 777-200 quando voava de Amsterdã para Kuala Lumpur.

"Devido a confrontos na região, a situação encontra-se instável demais para que se possa trabalhar com segurança no local da queda", declarou o governo holandês.

Membros de equipe de busca e resgate em DonetskFoto: picture alliance/AA

Primeira vítima identificada

Após o cancelamento da visita de inspeção, a equipe de peritos encontra-se no leste da Ucrânia, na capital regional Donetsk, juntamente com representantes da OSCE, da Austrália e da Malásia. A principal hipótese sobre as causas do acidente é a de que o jato de passageiros tenha sido abatido por engano pelos separatistas, os quais, apoiados e armados por Moscou, reivindicam independência em relação a Kiev.

A investigação das causas cabe à Holanda, já que 193 dos 298 ocupantes da aeronave eram de nacionalidade holandesa. Estima-se, porém, que a queda tenha feito outras vítimas em solo.

Um total de 227 corpos foi enviado para uma caserna na cidade holandesa de Hilversum, onde mais de 200 especialistas já iniciaram o trabalho de identificação. Segundo a imprensa local, a primeira vítima identificada é um passageiro holandês. Não estão disponíveis mais dados pessoais.

Pela primeira vez, familiares de uma das vítimas visitaram o local do desastre, mesmo sob alertas de perigo. O casal Jerzy e Angela Dyczynski, da Austrália, lá depositou flores em memória da filha Fatima, de 25 anos, estudante de engenharia aeronáutica na Holanda. Entre os mortos do MH17 estão 28 australianos.

AV/afp/rtr/dpa

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