França
20 de março de 2007Dos 12 nomes, vão sobrar apenas dois, que continuam concorrendo no segundo turno, a ser realizado no próximo 6 de maio. Especialistas vêem os resultados ainda como um ponto de interrogação, uma vez que 52% dos eleitores franceses se dizem indecisos até agora.
Entre grandes e pequenos, é notável o bom número de candidatos de esquerda – diga-se de passagem, o fator responsável pelo fracasso nas urnas do candidato socialista nas últimas eleições de 2002, quando Lionel Jospin saiu do páreo e o representante da extrema direita, Jean-Marie Le Pen, conseguiu passar para o segundo turno, enfrentando o atual presidente Jacques Chirac.
Ou seja, há cinco anos, o esfacelamento da esquerda em diversas pequenas facções derrubuou Jospin. E a presença do Front National de Le Pen na corrida final ainda paira na memória dos socialistas como um verdadeiro pesadelo.
O perigo vem do centro?
Hoje, o perigo que ameaça a candidata do partido e também seu rival Sarkozy mora, porém, em outro lugar: no centro. Ou pelo menos no que publicitários e coordenadores de campanha tentam rotular de "centro", representado pela figura de François Bayrou.
O candidato da UDF (União para a Democracia Francesa) esbarrou em Ségolène Royal e pode chegar, numa espécie de efeito surpresa, ao Palácio do Eliseu. Enquanto os indecisos eleitores franceses não tomam uma posição, Bayrou, pelo menos, garante sua posição como uma das principais personalidades da política francesa. Uma personalidade que Sarko e Sego (como a mídia francesa chama Nicolas Sarkozy e Ségolène Royal), sem dúvida, não devem ignorar.