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Começa segunda chance para governo vermelho-verde

Marcio Weichert22 de outubro de 2002

Schröder é reeleito chefe de governo, toma posse e comanda primeira reunião do novo gabinete. Oposição vota em peso contra novo mandato de chanceler para o social-democrata. Bancada governista sofre dissidência.

Schröder, em busca de luz no fim do túnel para a economia e o desempregoFoto: AP

Nos últimos dias, o chanceler federal da Alemanha, Gerhard Schröder, vem advertindo os seus correligionários e os verdes que os quatro anos do seu novo governo serão tempos difíceis. Não só a fraca conjuntura econômica e o crescente desemprego – problemas não resolvidos no primeiro mandato – ameaçam tirar o sono do líder social-democrata. A frágil maioria de 306 dos 603 deputados do Bundestag igualmente poderá lhe causar situações incômodas.

Basta uns poucos parlamentares de sua bancada adoecerem, se ausentarem ou divergirem de propostas do governo para que seus projetos de lei fiquem ameaçados de rejeição no Bundestag. A primeira demonstração da corda bamba em que Schröder se equilibrará foi dada nesta terça-feira, em sua reeleição como chefe de governo.

Resultado da votação

– Na primeira eleição de um chanceler federal em Berlim – a última ainda ocorreu em Bonn –, Gerhard Schröder recebeu 305 votos favoráveis e 292 contra. Houve duas abstenções e quatro ausências. O líder social-democrata precisava de 302 votos para ser confirmado no cargo.

Embora a votação tenha sido secreta, o resultado mostra que pelo menos um deputado governista negou seu apoio a Schröder. Se o dissidente pertence ao Partido Social Democrático (SPD) ou ao Partido Verde, seu parceiro de coalizão, permanece incógnito. Fato é que todos os parlamentares da coalizão vermelho-verde estavam presentes.

A oposição desta vez cerrou fileiras contra Schröder. Tanto os conservadores cristãos e liberais como as duas deputadas socialistas optaram por rejeitar ostensivamente a continuidade do chefe de governo. Em 1998, em sua primeira eleição como chanceler federal, Schröder ainda fora prestigiado com os votos de, no mínimo, seis deputados oposicionistas. Há quatro anos, fora eleito por 52,7% do Bundestag e agora por 50,9%. Apesar da promessa de oposição ferrenha, a presidente da União Democrata-Cristã (CDU) e líder da bancada conservadora, Angela Merkel, esteve entre os primeiros a parabenizar o adversário pela reeleição.

Reeleição e posse, meras formalidades

– Cumprindo o protocolo, a sessão fora aberta com o anúncio do presidente do Bundestag, Wolfgang Thierse, de que o presidente da Alemanha, Johannes Rau, havia proposto Schröder para permanecer no cargo na nova legislatura. Logo deu-se início à votação. Encerrada a apuração dos votos, Schröder aceitou a responsabilidade.

Em seguida, o social-democrata foi ao Palácio Bellevue para ser nomeado oficialmente chanceler federal pelo presidente Rau e voltou ao Parlamento para a posse. À noite, o novo gabinete reuniu-se pela primeira vez e aprovou o prolongamento da permanência de tropas alemãs entre as forças internacionais de paz na Macedônia, até 15 de dezembro. A prorrogação do mandato das tropas alemãs deverá ser aprovada pelo Parlamento nesta quarta-feira (23).

Somente no dia 22 Schröder fará sua declaração de governo, tradicional discurso em que o primeiro-ministro faz um balanço da conjuntura e anuncia sua política para o próximo período. Numericamente, o novo gabinete é o menor da Alemanha do pós-guerra. Ao todo são 15 ministros, incluindo o próprio chefe de governo.

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