Comissão do COI decidirá sobre participação russa nos Jogos
31 de julho de 2016
Três representantes do Comitê Olímpico vão analisar situação de cada atleta russo após parecer da Corte Arbitral do Esporte. Decisão é anunciada após revelações sobre sistema estatal de doping implementado por Moscou.
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O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou neste sábado (30/07), após uma reunião no Rio de Janeiro, que uma comissão formada por três membros terá a palavra final sobre a participação de cada atleta russos nos Jogos Olímpicos de 2016, revisando as decisões das federações internacionais.
Após revelações sobre dopagem de atletas apoiada pelo Estado russo, o COI afirmou, no início deste mês, que atletas da Rússia só seriam liberados para participar dos Jogos caso realizassem um teste de doping fora da Rússia e tivessem "ficha limpa", sem banimentos anteriores.
O grupo – formado pelo turco Ugur Erdener, diretor da comissão médica do COI; a alemã Claudia Bokel, ex-esgrimista e diretora da comissão de atletas; e o espanhol Juan Antonio Samaranch, ex-presidente do COI – vai validar a lista definitiva dos atletas russos.
O porta-voz do COI, Mark Adams, disse que a comissão vai se pronunciar depois que os juízes da Corte Arbitral do Esporte (CAS) examinarem, um por um, os casos dos atletas liberados por suas respectivas federações internacionais.
"Esta comissão vai decidir se aceita ou rejeita a proposta final" feita pela CAS, afirmou Adams. "Nós temos que tomar a decisão final. Não há uma decisão geral, mas para cada atleta em particular. É importante que o COI tome a decisão final com base em parecer independente."
Ele disse, ainda, que o processo de revisão dos atletas russos deverá estar concluído até sexta-feira, dia em que os Jogos serão abertos. A avaliação ocorre em meio a um escândalo de doping estatal que levou ao banimento de mais de cem atletas russos.
Há uma semana, o COI decidiu não excluir toda a delegação russa dos Jogos, rejeitando assim os apelos de mais de uma dúzia de agências antidoping. Em vez disso, deixou que as federações internacionais de cada modalidade decidissem quais atletas competiriam.
Até agora, mais de 250 atletas russos foram liberados pelas federações para participar, e 67 atletas de atletismo foram barrados pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF).
Na sexta-feira, oito membros da equipe de levantamento de peso da Rússia foram banidos. A federação internacional desse esporte chamou de "extremamente chocantes" os resultados do doping, que colocaram o esporte em "descrédito".
FC/ap/rtr/dpa/efe
Dez esperanças de medalha para o Brasil
Meta do COB é conquistar no mínimo 27 medalhas nos Jogos Olímpicos de 2016. Entre multicampeões, potências mundiais e promessas, confira quais são as modalidades que podem levar o Brasil para o pódio no Rio.
Foto: Getty Images
Robert Scheidt - vela
Em busca de seu sexto pódio em Jogos Olímpicos, o maior medalhista brasileiro (junto com o também velejador Torben Grael), Robert Scheidt voltou à classe Laser, pela qual é eneacampeão mundial. Na vela, destaque também para a dupla Martine Grael e Kahena Kunze, campeãs mundiais na classe 49er FX e eleitas as melhores velejadoras do mundo em 2014, além de Ricardo Winicki, na classe RS-X.
Foto: Imago
Sarah Menezes - judô
Desde Los Angeles 1984, o judô brasileiro conquistou medalhas em todas as edições dos Jogos Olímpicos. A atual campeã olímpica Sarah Menezes é forte candidata a repetir a dose no Rio de Janeiro. Rafael Silva, o Baby, as campeãs mundiais Mayra Aguiar e Rafaela Silva, além do veterano Tiago Camilo, também estão bem colocados nos rankings de suas respectivas categorias.
Foto: Getty Images/B. Mendes
Arthur Zanetti - ginástica
Único campeão olímpico latino-americano na história da ginástica olímpica, Arthur Zanetti vem dominando as provas nas argolas, onde conquistou um ouro e uma prata nos dois últimos mundiais. Ao lado de Diego Hypólito e Sérgio Sasaki, primeiro brasileiro a ser finalista no individual geral nos Jogos Olímpicos, em Londres 2012, Zanetti quer levar o Brasil ao inédito pódio na competição por equipes.
Foto: Reuters
Fabiana Murer - atletismo
Em 2008, equipamento roubado; em 2012, a culpa foi do vento. Após duas decepcionantes participações, Fabiana Murer quer se redimir com uma medalha no Rio de Janeiro. A missão da campeã mundial do salto com vara de 2011, porém, é complicada: a cubana Yarisley Silva, melhor marca do ano, a americana Jennifer Suhr e a russa Yelena Isinbayeva, dona do recorde mundial, são as principais concorrentes.
Foto: Imago
Bruno Fratus - natação
A cena de Bruno Fratus (dir.) cumprimentando César Cielo, em Londres 2012, não irá se repetir nos Jogos do Rio. Com a ausência de Cielo, Fratus se tornou a principal esperança de medalhas. Bronze no Mundial de 2015, ele detém o segundo melhor tempo nos 50m livres em 2016. Outros bons nomes são Felipe França, Nicholas Santos, além de Thiago Pereira, maior medalhista pan-americano da história.
Foto: picture-alliance/dpa/B. Walton
Duda Amorim - handebol
A seleção feminina de handebol conquistou o inédito título mundial em 2013, na Sérvia. Treinada pelo dinamarquês Morten Soubak, a equipe espera superar a campanha de Londres (6º lugar) e se recuperar do fraco Mundial de 2015, quando caiu nas oitavas de final. O time conta com Alexandra Nascimento e Duda Amorim (foto), eleitas as melhores jogadoras do mundo em 2012 e 2014, respectivamente.
Foto: Imago
Isaquias Queiroz - canoagem
Atual bicampeão mundial da prova não olímpica do C1 500m e medalhistas nos últimos dois mundiais nas provas C1 1.000m, C1 200m e C2 200m, Isaquias Queiroz quer conquistar a primeira medalha olímpica para a canoagem brasileira. Atenção também para a mineira Ana Sátila, que esteve em Londres com apenas 16 anos e foi campeã mundial júnior de slalom em 2014.
Foto: picture-alliance/dpa/R. Weihrauch
Yane Marques - atletismo
Grande surpresa em Londres 2012, quando conquistou a inédita medalha de bronze no pentatlo moderno, Yane Marques manteve a sequência de bons resultados, conquistando uma prata e um bronze em dois mundiais da modalidade. Além disso, ela já conseguiu derrotar as últimas duas campeãs olímpicas: Laura Asadauskaite, da Lituânia, e Lena Schöneborn, da Alemanha.
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Schmidt
Ágatha e Bárbara Seixas - vôlei
Nenhuma modalidade deu tantas medalhas olímpicas ao esporte brasileiro como o vôlei: 20, sendo seis de ouro. O Brasil é potência mundial na quadra e na areia, tanto no masculino como no feminino. Destaque para as duplas femininas do vôlei de praia, que ocuparam todas as três posições do pódio na Holanda, coroando Ágatha e Bárbara Seixas como campeãs mundiais de 2015.
Foto: Getty Images/G. Arroyo Moreno
Neymar - futebol
Pentacampeão mundial, fábrica de craques e maior exportador de jogadores do mundo. Em Jogos Olímpicos, no entanto, o futebol brasileiro tem um retrospecto decepcionante: três pratas, em 1984, 1988 e 2012. Para quebrar o jejum, o craque Neymar está pedindo dispensa do Barcelona para aproveitar a segunda chance em dois anos de ser campeão no Maracanã e levar o Brasil ao ouro inédito.