Comissão do impeachment no Senado elege presidente
26 de abril de 2016
Raimundo Lira, do PMDB, preside a comissão especial, e Antonio Anastasia, do PSDB, é o relator. Parecer do colegiado será votado no dia 6 de maio.
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A comissão especial do Senado que analisará a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff elegeu nesta terça-feira (26/04) para presidente do colegiado o senador Raimundo Lira, do PMDB.
Lira, o único indicado para assumir o comando da comissão, foi aclamado por governistas e oposição. O senador prometeu conduzir com afinco e responsabilidade os trabalhos. "É preciso que todos saibam que a comissão não pode falhar em dar ampla defesa e direito ao contraditório", ressaltou.
A comissão também elegeu o senador Antonio Anastasia, do PSDB, relator do processo. Anastasia, que é ligado ao senador Aécio Neves, também do PSDB e candidato derrotado por Dilma na última eleição presidencial, foi o único indicado para a posição.
O passo a passo do impeachment
03:07
A indicação de Anastasia foi criticada por parlamentares governistas, que alegaram que o partido da oposição declarou ser a favor do afastamento de Dilma. Assim, o parecer dele seria previsível. Dos 21 integrantes da comissão, apenas 5 votaram contra Anastasia.
O presidente da comissão também apresentou o cronograma de trabalho do colegiado. A votação do parecer de Anastasia na comissão está programada para o dia 6 de maio.
CN/rtr/abr
Quem são os senadores da comissão do impeachment
Os parlamentares escolheram os 21 titulares da comissão especial que vai analisar as acusações contra a presidente Dilma Rousseff. Veja quem são os políticos que vão decidir pela instauração ou não do processo.
Foto: Agência Brasil/F. Rodrigues Pozzebom
PMDB
O partido do vice-presidente Michel Temer, que assumirá a Presidência da República caso Dilma seja destituída, tem a maior bancada no Senado e, assim, cinco vagas na comissão. Os titulares são: Raimundo Lira (PB, foto), que foi eleito presidente da comissão, além de Rose de Freitas (ES), Simone Tebet (MS), Dário Berger (SC) e Waldemir Moka (MS).
Foto: Agência Brasil/F. Rodrigues Pozzebom
Bloco Parlamentar da Oposição (PSDB, DEM e PV)
O segundo maior bloco do Senado, que não apoia o governo Dilma Rousseff, conta com quatro vagas na comissão especial do impeachment. Os representantes escolhidos são Antônio Anastasia (PSDB-MG, foto), que será o relator do parecer pela admissibilidade ou não do processo, além de Aloysio Nunes (PSDB-SP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Foto: Agência Brasil/F. Rodrigues Pozzebom
Bloco de Apoio ao Governo (PT e PDT)
O partido da presidente Dilma Rousseff e o PDT contam com quatro representantes na comissão instalada pelo Senado. Os titulares são: Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR, foto), José Pimentel (PT-CE) e Telmário Mota (PDT-RR).
Foto: Agência Brasil/M. Camargo
Bloco Moderador (PTB, PR, PSC, PRB e PTC)
Os partidos PTB, PR, PSC, PRB e PTC têm direito a duas vagas e elegeram os senadores Wellington Fagundes (PR-MT) e Zezé Perrella (PTB-MG, foto) como seus representantes na comissão especial do impeachment.
Foto: Agência Senado/G. Magela
Bloco Parlamentar Democracia Progressista (PP e PSD)
As legendas PP e PSD, que respectivamente têm seis e quatro representantes no Senado, possuem três titulares na comissão do impeachment: José Medeiros (PSD-MT), Ana Amélia Lemos (PP-RS, foto) e Gladson Cameli (PP-AC).
Foto: Agência Senado/M. Oliveira
Bloco Parlamentar Socialismo e Democracia (PSB, PPS, PCdoB e Rede)
As legendas PSB, que tem sete senadores, e PPS, PCdoB e Rede, que têm um senador cada, são representadas na comissão do impeachment pelos titulares Fernando Bezerra (PSB-PE), Romário (PSB-RJ, foto) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).