Comissão do Senado inicia audiências sobre impeachment
28 de abril de 2016
Senadores ouvem argumentos da acusação, nesta quinta, e de defesa do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, na sexta. Relatório sobre pedido de destituição deve ser votado pela comissão especial em 6 de maio.
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A comissão especial que analisa o pedido de impeachment da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, no Senado inicia, nesta quinta-feira (28/04) o período de audiências, ouvindo os advogados da acusação.
De acordo com o cronograma decidido na quarta-feira, depois da audiência dos autores do pedido de impeachment, nesta quinta-feira (programada às 16h, horário de Brasília), na sexta-feira será a vez da defesa, a cargo do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.
Nesse dia, serão também ouvidos dois ministros convidados, Nelson Barbosa, da Fazenda, e Kátia Abreu, da Agricultura, e um representante do Banco do Brasil.
Composta por 21 senadores titulares e 21 suplentes, a comissão também aprovou a audiência, segunda e terça-feira da próxima semana, de professores e advogados pró e contra o impeachment de Dilma.
A comissão especial havia iniciado os trabalhos na terça-feira com a eleição do presidente, o senador Raimundo Lira (PMDB/PB), e o relator do processo, Antonio Anastasia (PSDB/MG).
Pelo calendário aprovado, o relatório deve ser apresentado em 4 de maio e, no dia seguinte, a defesa da presidente terá mais uma oportunidade para se manifestar, desta vez com o parecer em mãos. Em 6 de maio, o relatório deve ser votado pelos senadores que compõem a comissão especial.
O parecer da comissão especial será, 48 horas depois, votado em plenário, sendo que, nesta fase, basta apenas uma maioria simples de 41 dos 81 senadores para aprovar o pedido de impeachment.
Se isso acontecer, Dilma será temporariamente afastada do cargo, por um tempo de até 180 dias, durante o qual o vice-presidente, Michel Temer, assumirá a presidência do Brasil.
PV/lusa/ots
Quem são os senadores da comissão do impeachment
Os parlamentares escolheram os 21 titulares da comissão especial que vai analisar as acusações contra a presidente Dilma Rousseff. Veja quem são os políticos que vão decidir pela instauração ou não do processo.
Foto: Agência Brasil/F. Rodrigues Pozzebom
PMDB
O partido do vice-presidente Michel Temer, que assumirá a Presidência da República caso Dilma seja destituída, tem a maior bancada no Senado e, assim, cinco vagas na comissão. Os titulares são: Raimundo Lira (PB, foto), que foi eleito presidente da comissão, além de Rose de Freitas (ES), Simone Tebet (MS), Dário Berger (SC) e Waldemir Moka (MS).
Foto: Agência Brasil/F. Rodrigues Pozzebom
Bloco Parlamentar da Oposição (PSDB, DEM e PV)
O segundo maior bloco do Senado, que não apoia o governo Dilma Rousseff, conta com quatro vagas na comissão especial do impeachment. Os representantes escolhidos são Antônio Anastasia (PSDB-MG, foto), que será o relator do parecer pela admissibilidade ou não do processo, além de Aloysio Nunes (PSDB-SP), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Foto: Agência Brasil/F. Rodrigues Pozzebom
Bloco de Apoio ao Governo (PT e PDT)
O partido da presidente Dilma Rousseff e o PDT contam com quatro representantes na comissão instalada pelo Senado. Os titulares são: Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR, foto), José Pimentel (PT-CE) e Telmário Mota (PDT-RR).
Foto: Agência Brasil/M. Camargo
Bloco Moderador (PTB, PR, PSC, PRB e PTC)
Os partidos PTB, PR, PSC, PRB e PTC têm direito a duas vagas e elegeram os senadores Wellington Fagundes (PR-MT) e Zezé Perrella (PTB-MG, foto) como seus representantes na comissão especial do impeachment.
Foto: Agência Senado/G. Magela
Bloco Parlamentar Democracia Progressista (PP e PSD)
As legendas PP e PSD, que respectivamente têm seis e quatro representantes no Senado, possuem três titulares na comissão do impeachment: José Medeiros (PSD-MT), Ana Amélia Lemos (PP-RS, foto) e Gladson Cameli (PP-AC).
Foto: Agência Senado/M. Oliveira
Bloco Parlamentar Socialismo e Democracia (PSB, PPS, PCdoB e Rede)
As legendas PSB, que tem sete senadores, e PPS, PCdoB e Rede, que têm um senador cada, são representadas na comissão do impeachment pelos titulares Fernando Bezerra (PSB-PE), Romário (PSB-RJ, foto) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).