1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Comissão Europeia autoriza compra da Monsanto pela Bayer

21 de março de 2018

Negócio, no valor de 66 bilhões de dólares, deve criar a maior empresa de sementes e pesticidas do mundo. Para obter permissão, Bayer se comprometeu a vender parte de seu negócio à Basf. EUA ainda têm que aprovar fusão.

Fábrica da Bayer em Leverkusen, na Alemanha
Fábrica da Bayer em Leverkusen, na AlemanhaFoto: Getty Images/V. Hartmann

A Comissão Europeia autorizou nesta quarta-feira (21/03), mediante condições, a compra da agroquímica americana Monsanto pela gigante farmacêutica e química alemã Bayer. O negócio, no valor de 66 bilhões de dólares (cerca de 53,7 bilhões de euros), deve criar a maior empresa mundial de sementes e pesticidas.

Para obter a aprovação, a Bayer se comprometeu a vender parte de seu negócio de agroquímicos, incluindo a maior parte de seus negócios de sementes e glifosato, à concorrente Basf. A operação, no valor de 5,9 bilhões de euros, foi anunciada já em outubro, precisamente para conseguir o sinal verde da Comissão Europeia.

"Isso garante que também após a fusão continue a haver concorrência efetiva e inovações nos mercados de sementes, pesticidas agrícolas e de agricultura digital", afirmou a comissária da UE para Concorrência, Margrethe Vestager, em relação às condições impostas pela Comissão.

Entretanto, a compra da Monsanto ainda não pode ser concluída, já que ainda falta a importante aprovação das autoridades antitruste dos EUA.

Em 22 de agosto, a Comissão Europeia tinha anunciado a abertura de uma profunda investigação sobre a compra da americana Monsanto, produtora de sementes geneticamente modificadas (OGMs), pela Bayer, afirmando haver "preocupações preliminares" relacionadas com a possibilidade de a aquisição "poder reduzir a concorrência em diferentes mercados, levando a preços mais altos, menos qualidade, menos escolha e menos inovação".

A investigação de mercado inicial identificou preocupações nas áreas dos pesticidas e das sementes. A Comissão, que serve como regulador antitruste para os países da UE, citou na ocasião preocupações de que a fusão poderia reduzir a competição entre produtos usados por agricultores.

A Monsanto é a maior fornecedora de sementes do mundo, com a maior parte das suas vendas nos EUA e na América Latina, sendo também fabricante do glifosato, o herbicida mais utilizado no mundo. A Bayer, por sua vez, é o segundo fornecedor mundial de pesticidas, desenvolvendo a maioria das suas atividades na Europa.

A decisão de Bruxelas foi criticada por ambientalistas, que temem que o negócio dê poder demais aos líderes mundiais da produção de OGMs e do controverso herbicida glifosato.

Em uma carta a Vestager, ativistas da ONG Friends of Europe alertaram contra a fusão, devido a possíveis consequências para o meio ambiente.

"Bloquear essa fusão profundamente impopular seria uma grande vitória para a UE – mais de um milhão de cidadãos pediram à chefe da Competição da UE, Margrethe Vestager, que bloqueasse essa fusão do inferno", disseram os ativistas, em comunicado.

MD/efe/afp/dpa/lusa

----------------

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App

Pular a seção Mais sobre este assunto

Mais sobre este assunto

Mostrar mais conteúdo