Comissão Europeia quer análise de esgoto contra covid-19
2 de maio de 2021
Comissário de Meio Ambiente da UE diz que medida pode ser fonte rápida e barata de informações para ajudar autoridades sanitárias a monitorar disseminação do coronavírus e de suas mutações.
Anúncio
A Comissão Europeia quer que todos os países da UE analisem regularmente seu sistema de esgoto para encontrar vestígios do coronavírus. "É crucial que os países da UE estabeleçam sistemas eficazes de monitoramento de águas residuais o mais rápido possível e garantam que os dados relevantes sejam disponibilizados às autoridades de saúde responsáveis imediatamente", disse o comissário do Meio Ambiente da UE, Virginijus Sinkevicius, em entrevista publicada neste domingo (02/05) pelo jornal Welt am Sonntag.
Ele acrescentou ser necessário usar "todas as opções disponíveis" para descobrir o vírus e suas mutações. "O monitoramento de águas residuais pode ser uma fonte barata, rápida e confiável de informações sobre a propagação do vírus e suas variantes na população", afirmou Sinkevicius. Segundo ele, esse sistema de monitoramento de águas residuais pode ser instalado no prazo máximo de seis meses.
Ferramenta de gestão sanitária
Sinkevicius ressaltou que esta seria uma ferramenta adicional para acompanhar os desenvolvimentos e apoiar o processo de tomada de decisão das autoridades de saúde pública.
Sinkevicius também apresentou um cronograma, segundo o qual cidades e municípios maiores deveriam realizar, "se possível, duas amostras aleatórias semanalmente", as quais devem, então, ser analisadas regularmente, "de preferência duas vezes por mês". De acordo com o comissário, se o vírus não for detectado nas águas residuais, isso pode "ser uma indicação de que as áreas examinadas podem ser consideradas de baixo risco".
Ele ressaltou que a investigação de águas residuais é "um conceito comprovado na vigilância da saúde pública", citando várias metrópoles europeias, como Barcelona, que usam amostras de águas residuais para obter conhecimento uso de drogas entre a população.
md (AFP, DPA)
World Press Photo revela as melhores imagens de 2020
O ano passado foi marcado não só pela pandemia de covid-19, mas também por conflitos esquecidos. Fotografia feita no Brasil levou o prêmio principal.
Foto: Mads Nissen/Politiken/Panos Pictures
Assuntos contemporâneos: Melhor Foto
O fotojornalista argentino Pablo Tosco fala de excluídos. Seu trabalho reflete a desigualdade e as tragédias resultantes de migração e deslocamentos. Aqui, Fátima e um de seus nove filhos preparam uma rede de pesca na costa do Iêmen para garantir o sustento da família.
Foto: Pablo Tosco
Assuntos contemporâneos: Melhor Narrativa
Para a série intitulada "Sakhawood", o documentarista russo AIexey Vasilyev acompanhou várias gravações de filmes na república russa de Sakha, no extremo leste do país. Mesmo sendo pequena, a indústria cinematográfica local foi apelidada de "Sakhawood". A arte é uma forma de mostrar e preservar a cultura, tradições e histórias Sakha.
Foto: Alexey Vasilyev
Meio Ambiente: Melhor Foto
De acordo com um relatório da BBC, cerca de 129 bilhões de máscaras e 65 bilhões de luvas descartáveis são usadas a cada mês na pandemia. Com esta foto intitulada "California Sea Lion Plays with Mask" (Leão do Mar da Califórnia brinca com máscara), Ralph Pace, um fotógrafo autônomo subaquático e ambiental da Califórnia, ilustra como o lixo que cai na natureza é uma ameaça para os animais.
Foto: Ralph Pace
Meio Ambiente: Melhor Narrativa
Em 2020, ocorreram os piores incêndios em décadas no Pantanal. Nesta imagem, capturada pelo fotógrafo brasileiro Lalo de Almeida, um voluntário busca focos de fogo sob uma ponte de madeira. Entre 140 mil e 160 mil quilômetros quadrados de área foram destruídos pelos incêndios.
Foto: Lalo de Almeida
Notícias gerais: Melhor Foto
O fotógrafo dinamarquês Mads Nissen ganhou o primeiro prêmio da categoria com a foto de uma mulher de 85 anos sendo abraçada pela primeira vez em meses por uma enfermeira no asilo Viva Bem, em São Paulo, através de uma "cortina de abraços". É uma "rara foto positiva sobre a era covid-19", disse o membro do júri Ahmed Najm. Atualmente, o Brasil é um dos países mais afetados pelo coronavírus.
Foto: Mads Nissen/Politiken/Panos Pictures
Notícias gerais: Melhor Narrativa
A série "Paraíso Perdido", de Valeriy Melnikov, trata do impacto do conflito entre os armênios étnicos e o Azerbaijão na disputada região de Nagorno-Karabakh. Após o acordo de paz de novembro de 2020, alguns moradores, como este homem, decidiram queimar suas casas antes de deixar áreas que deveriam retornar ao controle do Azerbaijão.
Foto: Valeriy Melnikov
Grande Reportagem (57214180)
"Habibi", do italiano Antonio Faccilongo, documenta as consequências do conflito entre Israel e os territórios palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Aqui, mulheres, mães e crianças palestinas chegam a um posto de controle na fronteira com Israel. Freqüentemente, elas viajam por horas para visitar seus maridos que se encontram sob custódia israelense – em visitas que duram 45 minutos.
Foto: Antonio Faccilongo
Natureza: Melhor Foto
Intitulada "Resgate de girafas da ilha Flooding", a imagem do fotógrafo, escritor e cineasta Ami Vitale mostra uma girafa sendo transportada para um local seguro em uma barcaça de uma ilha inundada de Longicharo, no Lago Baringo, oeste do Quênia. "Como toda a natureza, a girafa é cheia de majestade, mas também vulnerabilidade, como ilustrado lindamente nesta foto", disse o jurado Kevin WY Lee.
Foto: Ami Vitale/CNN
Natureza: Melhor Narrativa
No meio da pandemia, a família do fotógrafo holandês Jasper Doest, em Vlaardingen, recebeu visitas regulares de um par de pombos, que foram então batizados de Ollie e Dollie. A curiosidade e o destemor que Ollie demonstra na borda de um prato na máquina de lavar louça merece o primeiro lugar na categoria "Natureza: Narrativas".
Foto: Jasper Doest
Esportes: Melhor Foto
O fotógrafo esportivo australiano Adam Pretty capturou o alpinista Georg durante um treinamento de escalada em Kochel am See, na Bavária, aparentemente flutuando em uma pilha de troncos de madeira. Em Munique, as academias de escalada e instalações esportivas foram fechadas devido à pandemia de covid-19, forçando os atletas a usarem criatividade em seus métodos de treinamento.
Foto: Adam Pretty/Getty Images
Esportes: Melhor Narrativa
O documentarista canadense Chris Donovan ganhou o primeiro prêmio na categoria de esportes com sua série "Aqueles que ficarem serão campeões", que o júri elogiou por ser "belamente capturada com molduras em preto e branco" que dão uma "visão diferenciada da vida dos negros nos EUA, muito além dos protestos e do movimento Black Lives Matter. "
Foto: Chris Donovan
Notícias de Última Hora: Melhor Foto
Um homem branco e uma mulher negra discutem sobre o Memorial da Emancipação em Washington, que mostra o ex-presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, segurando a proclamação da abolição da escravidão em uma das mãos, enquanto a outra está sobre a cabeça de um homem negro de tanga que se ajoelha diante dele. Com esta imagem, Evelyn Hockstein venceu na categoria de "Notícias de Última Hora".
Foto: Evelyn Hockstein/For The Washington Post
Notícias de Última Hora: Melhor Narrativa
A cobertura do fotógrafo italiano Lorenzo Tugnoli da explosão do porto em Beirute lhe rendeu o prêmio na categoria Spot News (Notícias de Última Hora). As imagens da explosão devastadora que abalou a capital libanesa em 4 de agosto de 2020 resumem "a dor da situação", disse o membro do júri Gurung Kakshapati.
Foto: Lorenzo Tugnoli/Contrasto for The Washington Post
Retratos: Melhor Foto
"A Transição: Ignat", do fotógrafo autônomo Oleg Ponomarev, é o único retrato vencedor deste ano, mostrando um homem transgênero e sua namorada em São Petersburgo, Rússia, um país onde as pessoas LGBTQ + são extremamente marginalizadas. "As primeiras impressões que tive quando vi esta fotografia foram de dignidade e amor", disse o membro do júri Andrei Polikanov.
Foto: Oleg Ponomarev
Retratos: Melhor Narrativa
Torrell Jasper, também conhecido como Black Rambo, tornou-se uma estrela do Instagram ao exibir suas armas. Com a série intitulada "Ameriguns", que mostra diferentes proprietários de armas de fogo nos EUA, o fotógrafo italiano Gabriele Galimberti ganhou o prêmio de melhor narrativa na categoria "Retratos".