1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Comitê Olímpico dos EUA pede desculpas ao Brasil

19 de agosto de 2016

Órgão reconhece que nadadores mentiram sobre assalto no Rio de Janeiro após ato de vandalismo em posto de gasolina, classificando comportamento dos atletas de "inaceitável".

Nadador Ryan Lochte, dos EUA
Medalhista Ryan Lochte foi responsabilizado pelos colegas por depredaçãoFoto: picture-alliance/dpa/P. B. Krämer

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC) reconheceu nesta quinta-feira (18/08) que quatro de seus nadadores inventaram um suposto assalto no Rio de Janeiro e pediu desculpas à organização dos Jogos Olímpicos e ao Brasil.

"Em nome do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, pedimos desculpas aos nossos anfitriões no Rio e ao povo brasileiro por essa distração no meio do que deveria ser uma celebração de excelência", disse o comitê em comunicado.

"Os quatro nadadores foram de táxi da Casa da França em direção à Vila Olímpica na manhã do último domingo. Eles pararam em um posto de gasolina para usar o banheiro e um dos atletas cometeu um ato de vandalismo", reconheceu o USOC, confirmando o que foi mostrado em imagens registradas pela câmera de segurança do posto. Eles deram, então, uma quantia em dinheiro à segurança do local, que exigiu que os danos fossem pagos.

O órgão afirmou que estudará "potenciais consequências" para os nadadores. "O comportamento desses atletas é inaceitável e também não representa os valores da equipe dos EUA nem a conduta da maioria de seus integrantes", afirmou o USOC.

O comitê aceitou, assim, a investigação das autoridades brasileiras sobre o incidente que resultou na acusação dos nadadores James Feigen e Ryan Lochte por falsa comunicação de crime. A punição para Feigen, segundo a imprensa americana, será doar o equivalente a 11 mil dólares a uma instituição de caridade. Os outros nadadores envolvidos no incidente, Gunnar Bentz e Jack Conger, não serão acusados.

Contradições

Lochte havia alegado que ele e os três colegas foram assaltados por bandidos disfarçados de policiais, que os abordaram no táxi em que voltavam de uma festa na Casa da França. Lochte, que retornou aos EUA na segunda-feira, disse que teve uma arma apontada para sua cabeça.

No entanto, as versões dos demais atletas sobre o incidente, assim como o vídeo que mostra a chegada deles à Vila Olímpica, horas depois do suposto assalto, revelaram contradições e levaram a polícia a abrir uma investigação para averiguar a veracidade das declarações.

Após serem retirados de um avião no Aeroporto Internacional do Rio, o Galeão, e serem levados para prestar depoimento na delegacia do local, Bentz e Conger retornaram aos EUA na noite de quinta-feira.

A polícia do Rio de Janeiro disse que um dos dois nadadores confirmou que a história do roubo havia sido inventada e que eles responsabilizaram Lochte pela depredação do banheiro.

O USOC também afirmou nesta quinta-feira que Feigen, o único dos nadadores que ainda se encontra no Brasil também revisou seu depoimento às autoridades brasileiras. "Feigen deu um novo depoimento nesta noite na esperança de conseguir que seu passaporte fosse liberado o mais rápido possível."

LPF/efe/rtr

Pular a seção Mais sobre este assunto
Pular a seção Manchete

Manchete

Pular a seção Outros temas em destaque