Menos de um ano após "casamento político", presidente americano e bilionário protagonizam estrondoso rompimento público repleto de insultos e ameaças nas redes sociais. Veja como a aliança começou – e implodiu.
Trump e Musk conversam após evento no Salão Oval há uma semana que selou a despedida do empresário de seu cargo no governoFoto: Roberto Schmidt/AFP
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O casamento político de ocasião entre o homem mais rico do mundo e o homem mais poderoso do mundo implodiu com acusações recíprocas, declarações de decepção e ameaças na quinta-feira (05/06) – tudo feito aos olhos do público, cada um deles usando sua própria rede social: Elon Musk no X, e Donald Trump na Truth Social.
Há apenas uma semana, ambos tentaram fazer a separação parecer amigável – o presidente dos EUA organizou um evento de despedida no Salão Oval da Casa Branca para o empresário dono da Tesla, SpaceX e outras companhias, que deixava a seu pedido o cargo de assessor e chefe informal do Departamento de Eficiência Governamental (Doge).
Na ocasião, Trump elogiou o trabalho de Musk à frente do órgão, criado para reduzir gastos públicos federais, e disse que ele continuaria sendo seu conselheiro próximo. O empresário, que doou centenas de milhões de dólares à campanha de Trump em 2024, respondeu que esperava "continuar sendo um amigo e conselheiro" do presidente.
Aliança formal após atentado contra Trump
A aliança entre Musk e Trump não foi um amor à primeira vista. Antes de se aproximar oficialmente do republicano Trump em 2024, Musk era alinhado com os democratas. Ele chegou a afirmar que votou em Hillary Clinton, em 2016. No passado, ele também criticou Trump em seu primeiro mandato e se demitiu de dois conselhos consultivos do governo depois que o governo sob o republicano abandonou o acordo climático de Paris. Nos anos seguintes, ocorreram várias tentativas de aproximação, mas elas não duraram muito.
Em 2022, Trump chamou Musk de "picareta". No mesmo ano, Musk disse: "Eu não odeio o homem [Trump], mas é hora de Trump pendurar seu chapéu e navegar em direção ao pôr do sol", escreveu ele.
No entanto, na mesma época, Musk concluiu a aquisição da rede social Twitter (renomeada posteriormente como X) e passou a intensificar a propagação de opiniões alinhadas com a extrema direita, além de espalhar teorias conspiratórias.
Em julho de 2024, após a tentativa de assassinato contra Trump em um comício de campanha no estado da Pensilvânia, Musk finalmente declarou apoio à candidatura presidencial e Trump.
Nas semanas seguintes, os dois bilionários subiriam juntos em palanques de campanha. A imprensa americana aponta que o empresário acabou injetando pelo menos 250 milhões de dólares na campanha do republicano. Algumas dessas doações provocaram acusações de compra de votos, especialmente após Musk organizar sorteios diários de 1 milhão de dólares para eleitores do candidato republicano em estados decisivos nas eleições.
Trump e Musk dividindo o palco de campanha em outubro de 2024Foto: Evan Vucci/AP/picture alliance
Passagem tumultuada pelo governo
Após Trump vencer a eleição, Musk foi nomeado como assessor especial da Casa Branca e recebeu o comando informal do chamado Departamento de Eficiência Governamental (Doge), uma autarquia desenhada para cortar gastos federais. A entrada de Musk no governo logo levantou temores de possíveis conflitos de interesse, considerando os contratos que suas empresas possuíam com o governo.
O Doge sob Musk acabou eliminando milhares de empregos federais e cortou bilhões de dólares em ajuda humanitária no exterior e outros programas sociais, além de causar interrupções em agências federais. Membros da base republicana de Trump também acabaram sendo confrontados por eleitores furiosos que haviam perdido seus empregos.
Vários dessas iniciativas, somadas ao endosso de Musk a movimentos de ultradireita mundo afora, acabaram por respingar nas empresas do bilionário, provocando movimentos de boicote internacional, que atingiram especialmente a montadora Tesla, que viu suas vendas desabarem.
Além disso, Musk também não era visto com unanimidade entre a base de apoio de Trump. Alguns membros radicalmente anti-imigração do movimento trumpista "Maga" (Make America Great Again) capitaneados pelo ideólogo Steve Bannon criticaram seguidas vezes Musk por seu apoio à manutenção de um programa emissão de vistos para trabalhadores estrangeiros altamente qualificados.
Musk também se estranhou no governo com figuras por trás do "tarifaço" imposto por Trump a centenas de países. Em abril, Musk chegou a chamar o economista Peter Navarro, o arquiteto do pacote de tarifas, de "imbecil".
Em abril, diante da pressão de acionistas insatisfeitos, Musk anunciou que reduziria seu papel no governo Trump, voltando a focar suas atenções nas empresas.
Em março de 2024, após as vendas da Tesla desabarem, Trump comprou um veículo da marca para se desafiar pedidos de boicoteFoto: Getty Images
Rapidamente, divórcio se revelou litigioso
Inicialmente, o "mandato" no governo Trump havia sido fixado em 130 dias, com fim previsto em 30 de maio. O anúncio da sua saída no final do mesmo mês deixou claro que não houve interesse em renovar sua participação.
No entanto, a imprensa logo apontou que um dos motivos para saída foi a insatisfação de Musk com o projeto orçamentário de Trump, que prevê mais cortes de impostos e amplia o déficit público do país.
Dias após deixar o governo, o bilionário finalmente lançou o primeiro ataque público, classificando o projeto de "abominação repugnante".
A Casa Branca não reagiu imediatamente. Em uma reunião privada com seus assessores na quarta-feira, Trump expressou estar confuso e frustrado com a ofensiva pública de Musk, pouco mais de quatro meses após sua posse na Casa Branca. Mas decidiu não rebater, segundo oficiais relataram anonimamente à agência de notícias Reuters. Seu objetivo era tentar preservar o apoio político e financeiro do empresário para as eleições de meio de mandato, que ocorrem em 2026 e serão importantes para manter a maioria republicana no Congresso.
Mas, no dia seguinte, Trump estava furioso. Musk continuou fustigando o projeto orçamentário: prometeu fazer oposição a qualquer político republicano que votasse a favor do texto, e convocou os americanos a pressionar seus congressistas a enterrarem o projeto. O presidente, então, disse a seus assessores que era hora de partir para a briga pública.
Enquanto recebia o chanceler federal alemão, Friedrich Merz, no Salão Oval, Trump disse a jornalistas que estava "muito decepcionado" com Musk. Afirmou que o bilionário conhecia o projeto minuciosamente e que "de repente, tinha um problema" com ele, sugerindo que o motivo da insatisfação seria o fim de subsídios públicos para veículos elétricos, que afeta a Tesla e outras montadoras.
Segundo o site Axios, a Tesla de fato vinha fazendo lobby pela manutenção do incentivo fiscal que beneficia as montadoras de veículos elétricos. No X, porém, Musk negou que o fim do subsídio seria um problema, "apesar de que nenhum subsídio para petróleo e gás foi afetado". E mostrou a escala de sua decepção: disse que, se não fosse por ele, Trump teria sido derrotado nas eleições de 2024 e o Partido Democrata teria hoje o controle da Câmara. "Que ingratidão", escreveu.
O empresário criou uma enquete perguntando a seus seguidores se era hora de criar um novo partido nos EUA que representasse "os 80% no centro", repostou uma mensagem de um usuário do X pedindo que o presidente renunciasse e sugeriu, sem apresentar provas, que Trump estaria ligado aos casos de escândalo sexual de abuso de menores de Jeffrey Epstein.
Em fevereiro, ambos transpareciam otimismo no Salão OvalFoto: Alex Brandon/AP/dpa
O próximo passo do rompimento público foi Trump escrever que Musk "ficou louco". E em seguida afirmar: "A forma mais fácil de economizar no nosso orçamento, bilhões e bilhões de dólares, é encerrar subsídios e contratos governamentais com Elon. Sempre fiquei surpreso que Biden nunca tenha feito isso!"
O governo americano tem diversos contratos com empresas de Musk – a SpaceX presta serviços para a Nasa em seu programa de exploração espacial, e a Starlink oferece acesso à internet para diversos órgãos governamentais.
O bilionário não se fez de rogado. Disse que começaria a desativar imediatamente a espaçonave Dragon – usada pela Nasa para transportar pessoas e cargas para a Estação Espacial Internacional. E afirmou que a tarifas de importação criadas por Trump provocariam no país uma recessão no segundo semestre deste ano.
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Disputas por cargos nos bastidores
O engajamento com o corte de gastos e a redução do déficit público dos EUA é uma causa pública de Musk e era seu principal objetivo à frente do Departamento de Eficiência Governamental. Ao assumir o cargo, ele disse que faria cortes de 2 trilhões de dólares, mas quando deixou a posição o órgão estimava os cortes realizados em 180 bilhões de dólares – há controvérsias sobre o número.
No entanto, a inserção de Musk no governo americano foi muito além da questão orçamentária. Ele participava de reuniões em que se decidiram políticas públicas do governo americano e tentava nomear pessoas de sua confiança para cargos-chave.
Segundo dois oficiais da Casa Branca relataram à Reuters, outra gota d'água para o rompimento teria sido a decisão de Trump de retirar a nomeação de Jared Isaacmann para ser o novo chefe da Nasa. Isaacmann é um empresário bilionário aliado de Musk e havia sido indicado por ele ao cargo.
A retirada da nomeação foi interpretada por integrantes do governo americano com uma afronta direta a Musk, que representava perda de poder político do empresário e um distanciamento de Trump.
Retirada da nomeação de Jared Isaacmann, aliado de Musk, para o comando da Nasa contribuiu para azedar a relaçãoFoto: Bonnie Cash/UPI Photo/Newscom/picture alliance
Antes disso, oficiais da Casa Branca já estavam atuando para, nos bastidores, reduzir a autoridade de Musk sobre a nomeação de funcionários e decisões orçamentárias. No início de março, Trump disse ao seu gabinete que os secretários, e não Musk, tinham a decisão final sobre a operação das agências do governo.
Outro ponto de discórdia foi uma decisão tomada pela agência federal de controle aéreo dos EUA (FAA), segundo o site Axios. Musk queria que o órgão utilizasse o sistema de internet via satélite da Starlink para realizar o controle aéreo, mas a FAA se opôs a isso alegando razões tecnológicas e possível conflito de interesse.
Chance de reconciliação?
Ambos os homens têm muito a perder com o rompimento. Para Trump, o afastamento do bilionário ameaça sua influência sobre barões da tecnologia, usuários de redes sociais que apoiam Musk e eleitores homens jovens, e complicam os esforços para arrecadar recursos para as campanhas republicanas nas eleições de meio de mandato.
Para Musk, o risco também é alto. Ter a Casa Branca como inimiga pode levar a investigações sobre suas práticas comerciais e contratos públicos, com reflexo sobre os lucros de suas companhias. Na quinta-feira, as ações da Tesla caíram 14%.
Alguns amigos do empresário relataram ter confiança de que a parceria entre os dois homens será retomada. E Musk deu alguns poucos sinais nessa direção. Depois de ter anunciado que desativaria a espaçonave Dragon, ele respondeu a um usuário que o instou a não fazer isso: "Ok, não vamos desativar a Dragon".
Na noite de quinta-feira, o investidor bilionário Bill Ackman postou no X que Trump e Musk deveriam parar de brigar: "Apoio Donald Trump e Elon Musk e eles deveriam fazer as pazes em benefício de nosso grande país. Somos muito mais fortes juntos do que separados", escreveu. Musk respondeu: "Você não está errado".
No entanto, Trump ainda não emitiu sinais de queres desescalar. Nesta sexta-feira, em duas entrevistas distintas para as redes CNN e ABC, o presidente voltou a se referir a Musk como um "homem que perdeu a cabeça".
"Não estou nem pensando no Elon. Ele tem um problema. O pobre rapaz tem um problema", disse Trump à CNN.
Ainda segundo a imprensa americana, Trump está até mesmo planejando vender o Tesla vermelho que comprou em março. O veículo havia sido adquirido como parte de um gesto de apoio público à montadora de Musk, que à época enfrentava pedidos e boicote.
jps/bl (Reuters, EFE, AFP, ots)
O mês de junho em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
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Onda de calor sufocante dispara alertas no sul da Europa
Países como Portugal, Espanha, Itália e França são afetados por uma onda de calor com temperaturas de mais de 40 graus Celsius que se dirige para o norte, chegando também à Alemanha. A ministra francesa da Transição Ecológica, Agnès Pannier-Runacher, descreveu o caso como um "fenômeno sem precedentes" no país. Na Turquia, 50 mil pessoas foram evacuadas devido a incêndios florestais. (30/06)
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Bolsonaro participa de ato em sua defesa na Avenida Paulista
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi neste domingo à Avenida Paulista, em São Paulo, em ato no qual se defendeu da acusação de tentativa de golpe, pela qual responde a uma ação penal no Supremo Tribunal Federal. A ONG Monitor do Debate Político do Cebrap e a ONG More in Common estimaram o público em 12,4 mil pessoas. (29/06)
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Parada LGBTQ+ de Budapeste reúne multidão apesar de veto
Milhares de defensores dos direitos LGBTQ+ na Hungria desafiaram uma lei recém-aprovada pelo governo de Viktor Orbán e foram às ruas de Budapeste neste sábado para uma parada repleta de símbolos do movimento, como bandeiras do arco-íris, e de celebração da diversidade sexual. Os organizadores estimaram que havia de 180 mil a 200 mil participantes. (28/06)
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Suprema Corte dos EUA limita poder de juízes federais para bloquear Trump
Em vitória para Donald Trump, tribunal restringe capacidade de juízes de instâncias inferiores de barrar políticas potencialmente inconstitucionais, ao julgar um caso envolvendo o direito à cidadania por nascimento. Decisão altera o equilíbrio de poder entre o Judiciário e a Presidência. (27/06)
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"Demos um tapa na cara da América", afirma líder do Irã
Em seu primeiro pronunciamento desde o cessar-fogo que pôs fim a 12 dias de guerra contra Israel, Khamenei contrariou a narrativa utilizada por Washington e Tel Aviv e disse que seu país saiu vitorioso após o conflito contra Israel e os EUA. Ministro iraniano do Exterior contradiz Trump e nega planos de voltar a negociar com os Estados Unidos. (26/06)
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Corpo de Juliana Marins é resgatado na Indonésia
Equipes de resgate recuperaram o corpo da turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, encontrada morta no vulcão Monte Rinjani. O resgate foi feito por meio de cordas e içamento. A brasileira caiu em uma área de difícil acesso na sexta-feira (20/06) e foi encontrada sem vida na terça, após tentativas frustradas de alcançá-la. (25/06)
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Irã e Israel aceitam cessar-fogo proposto por Trump
Nas primeiras horas da trégua, países se acusaram mutuamente de violá-la. O presidente americano Donald Trump reagiu com irritação: "Não estou feliz com Israel. Não estou feliz com o Irã também, mas Israel tem de se acalmar", disse. A advertência parece ter surtido efeito: Israel cancelou um ataque mais amplo contra Teerã e ordenou a volta de seus aviões. (24/06)
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Em ação sem maiores danos, Irã responde a EUA com mísseis no Catar
Em resposta ao bombardeio dos EUA a instalações nucleares, o Irã disparou mísseis contra uma base militar americana no Catar. A ação – "fraca", nas palavras de Donald Trump, que teria sido avisado com antecedência – não deixou feridos. Segundo o Catar, os mísseis foram interceptados. (23/06)
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EUA entram na guerra no Irã e atacam instalações nucleares
Nove dias após início da campanha militar israelense, o presidente Donald Trump anuncia que aviões dos EUA "obliteraram" três instalações nucleares iranianas e ameaça Teerã com mais ataques se regime não aceitar imposição de um acordo. Um dos alvos foi o complexo subterrâneo de Fordo (foto). Ataques foram confirmados pelo Irã, mas a extensão dos danos ainda é desconhecida. (22/06)
EUA enviam bombardeiros, e tensão no Oriente Médio escala
Apontados como os únicos capazes de bombardear alvos subterrâneos de difícil acesso no Irã, aviões americanos B-2 foram enviados a Guam, uma ilha no Pacífico. Embora motivo do deslocamento não estivesse claro, ele ocorreu num momento em que o presidente americano Donald Trump avaliava a possibilidade de interferir diretamente na guerra entre Israel e Irã. (21/06)
Foto: Matrixpictures/picture alliance
Parlamento britânico aprova legalização do suicídio assistido
A câmara baixa do Parlamento do Reino Unido aprovou um projeto de lei que permite a adultos com doenças terminais encerrarem voluntariamente suas vidas. A votação representa um passo rumo à legalização do suicídio assistido, sendo considerada uma das mudanças mais significativas na política social britânica em décadas. O procedimento já é legal em países como Espanha e Áustria. (20/06)
A escalada militar entre Israel e Irã se agravou no sétimo dia do conflito, quando um míssel iraniano provocou danos ao principal hospital do sul de Israel e ataques aéreos israelenses atingiram uma importante instalação nuclear iraniana. O centro médico Soroka, na cidade de Bersebá, foi atingido por um míssil balístico, deixando vários feridos. (19/06)
Foto: Tsafrir Abayov/Anadolu /picture alliance
Milhares protestam na Argentina contra prisão de Cristina Kirchner
Apoiadores da ex-presidente da Argentina saíram às ruas em defesa da líder peronista, que começou a cumprir seis anos de prisão domiciliar por corrupção. Os manifestantes se concentraram em frente à casa do governo argentino e se espalharam pelas ruas vizinhas. Em discurso, Kirchner prometeu "voltar com sabedoria", apesar de não poder mais se candidatar a cargos públicos. (18/06).
Foto: Gustavo Garello/AP Photo/picture alliance
PF indicia Carlos Bolsonaro e Ramagem por "Abin paralela"
A PF concluiu a investigação sobre esquema de espionagem ilegal de celulares na Abin e indiciou mais de 30 pessoas, incluindo o ex-diretor da agência Alexandre Ramagem e o vereador Carlos Bolsonaro. A investigação mira servidores e políticos que teriam monitorado telefones e computadores de desafetos de Jair Bolsonaro durante seu governo. Ele é acusado de se beneficiar do esquema (17/06)
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Agência para refugiados da ONU demitirá 3,5 mil funcionários
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) anunciou que cortará 3,5 mil empregos – quase um terço de seus custos com a força de trabalho – devido à escassez de recursos, e reduzirá a escala de sua ajuda em todo o mundo após uma queda no financiamento à ajuda humanitária, principalmente dos recursos vindos dos EUA sob Donald Trump. (16/06)
Foto: Florian Gaertner/IMAGO
Milhares protestam nos EUA contra Trump
Uma multidão tomou as ruas de 2 mil cidades americanas em oposição à gestão de Donald Trump, acusado de autoritário pelos manifestantes. O envio de forças federais para reprimir protestos em Los Angeles na última semana e a convocação de um desfile militar que acontece neste sábado em Washington também pautaram as críticas nos atos apelidados de "No Kings" (Sem Reis). (14/04)
Foto: Yuki Iwamura/AP/dpa/picture alliance
Israel e Irã trocam agressões em escalada militar
Israel lançou um ataque contra instalações nucleares do Irã, matando 78 pessoas, incluindo três dos chefes militares do país e dezenas de civis. A ofensiva desencadeou uma troca de agressões sem precendentes entre os países. Em retaliação, a República Islâmica disparou dezenas de mísseis contra Tel Aviv e Jerusalém, furando o Domo de Ferro israelense e ferindo 34 pessoas. (13/06)
Foto: Leo Correa/AP/picture alliance
Queda de avião na Índia deixa mais de 200 mortos
Um avião da Air India com 242 pessoas a bordo caiu em uma área residencial logo após decolar perto do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia. Apenas um dos passageiros a bordo sobreviveu. A polícia indiana contabiliza ainda outras 24 vítimas que estavam no solo e morreram no momento do acidente. A causa do acidente está sendo investigada (12/06)
Foto: Ajit Solanki/AP Photo/picture alliance
Ajuda humanitária em Gaza na mira de militares israelenses
Pelo menos 21 palestinos morreram enquanto se dirigiam a locais de distribuição de ajuda humanitária em Gaza. Entidades denunciam, além da violência, quantidade insuficiente de alimentos, após meses de bloqueio à entrada de itens básicos por Israel. O exército israelense alegou que disparou "tiros de advertência". O número de palestinos mortos em 20 meses de guerra já supera 55 mil. (11/06)
Foto: Saeed Jaras/Middle East Images/AFP/Getty Images
Réu no STF, Bolsonaro é interrogado em processo da trama golpista
Ao longo de dois dias, ex-presidente e outros sete ex-auxiliares acusados de integrar "núcleo crucial" da trama golpista depuseram na Primeira Turma. Político negou ter discutido planos de golpe após perder a eleição e disse que só debateu medidas constitucionais com militares, mas que não editou "minuta do golpe". (10/06)
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Israel detém barco que levava Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila
A Marinha de Israel interceptou um barco que tentava levar ajuda humanitária a Gaza. O veleiro Madleen, da iniciativa internacional Flotilha da Liberdade, levava 12 ativistas a bordo. Eles foram escoltados até um porto e, segundo o governo israelense, serão deportados. (09/06)
Trump chama militares para reprimir protestos na Califórnia contra prisão de imigrantes
O presidente americano Donald Trump enviou militares da Guarda Nacional a Los Angeles para conter protestos que eclodiram na esteira de uma série de operações de detenção de supostos migrantes irregulares. A medida não tem apoio do governo do estado da Califórnia, que acusou Trump de tentar provocar uma crise. (08/06)
Foto: Frederic J. Brown/AFP
Rússia amplia ataques contra 2ª maior cidade da Ucrânia
A Rússia executou diversos ataques no centro de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, deixando cinco civis mortos e mais de 61 feridos, incluindo um bebê e uma adolescente de 14 anos. Bombas planadoras, um míssil e 53 drones atingiram prédios residenciais. O prefeito do município classificou a ação como o ataque mais severo desde o início da guerra. (07/06)
Foto: Sofiia Gatilova/REUTERS
Marcelo livre
Um juiz americano determinou a libertação do estudante brasileiro Marcelo Gomes da Silva, de 18 anos, que chegou aos Estados Unidos com cinco anos de idade e foi detido pelo Serviço de Imigração (ICE) a caminho de um treino de vôlei. Ele ficou preso por cinco dias, durante os quais dormiu em chão de concreto, sem acesso a chuveiro, acompanhado de homens com o dobro da sua idade. (06/06)
Foto: Rodrique Ngowi/AP
Musk e Trump trocam insultos e rompem relações
Bilionário que atuou como conselheiro da Casa Branca criticou projeto de lei de Orçamento de Trump que prevê cortes de impostos e aumento de gastos batizado pelo presidente como "Big Beautiful Bill". Musk chegou a endossar impeachment de Trump e associou presidente ao pedófilo Jeffrey Epstein. Trump reagiu dizendo que Musk "enlouqueceu" e ameaçou cortar contratos da SpaceX com governo. (05/06)
Foto: Nathan Howard/REUTERS
Moraes ordena prisão de Carla Zambelli após deputada deixar o país
O ministro do STF acatou pedido da PGR de prisão preventiva contra a deputada federal e determinou a inclusão dela na lista de procurados da Interpol. Moraes determinou bloqueio de salários, bens, contas bancárias e perfis em redes sociais. Parlamentar deixou o país após ser condenada a 10 anos de prisão e à perda de mandato por envolvimento na invasão do CNJ. (04/06)
Foto: Adriano Machado/REUTERS
Governo da Holanda desmorona após saída de ultradireitista
Alegando insatisfação com a política migratória, Gert Wilders – também conhecido como "Trump holandês" – e seu partido deixaram coalizão de governo, levando primeiro-ministro Dick Schoof (foto) à renúncia após menos de um ano de mandato. Sem maioria no parlamento, Schoof permanecerá interinamente no cargo até a realização de novas eleições e formação de um novo gabinete. (03/06)
Foto: Peter Dejong/AP/picture alliance
Conservador Karol Nawrocki vence eleição presidencial na Polônia
Resultado é derrota para o governo do primeiro-ministro Donald Tusk e deve dificultar andamento de políticas pró-União Europeia. Apoiado pelo partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS), Nawrocki poderá vetar leis e desgastar o governo com bloqueios no Parlamento. Aliança frágil de Tusk pode não resistir até 2027. (02/06)
Foto: Czarek Sokolowski/AP/dpa/picture alliance
Ucrânia destrói aviões de guerra da Rússia em ataque massivo de drones
Na véspera de uma nova rodada de negociações de paz, Ucrânia e Rússia intensificaram sua ofensiva militar e protagonizaram ataques sem precedentes. Enquanto, Kiev destruiu 41 aviões militares na Sibéria, ofensiva de maior alcance no território russo em três anos de guerra, Moscou lançou número recorde de drones contra território ucraniano. (1º/06)