Como a China se posiciona no conflito Israel-Hamas?
Dang Yuan
6 de novembro de 2023
Pequim quer exercer papel de mediador no Oriente Médio e vem condenado a violência entre as duas partes. Na prática, tem desconfiança pragmática sobre Israel e proximidade política com palestinos.
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Ao caminhar pelas margens do rio Huangpu, na metrópole financeira chinesa de Xangai, é impossível não notar um edifício alto com um telhado de cobre verde. Convidados de Estado, como os presidente americanos Ronald Reagan e Bill Clinton, além de personalidades como Charlie Chaplin e George Bernard Shaw, já passaram noites agradáveis no local que abriga atualmente o hotel Peace.
O que poucos sabem é que até 1949 o local se chamava hotel Cathay. O edifício construído em 1929 pelo comerciante judeu Victor Sassoon foi durante muitos anos o mais alto da cidade.
Sasson se mudou para Xangai nos anos 20 e construiu ali um império. Durante a Segunda Guerra Mundial, com seu apoio, foi construído em Xangai um assentamento de 2,5 quilômetros quadrados onde cerca de 20 mil judeus da Europa encontraram proteção da perseguição nazista.
Mas após a guerra e a ascensão dos comunistas ao poder, a maioria dos judeus deixou Xangai. Victor Sassoon foi obrigado a vender suas empresas ao Partido Comunista Chinês por um valor bem mais baixo do que o real.
O caso de Sassoon serve como exemplo de como os comunistas tratavam de maneira preconceituosa os judeus e, mais tarde, o jovem Estado de Israel. Durante a Guerra Fria, a China declarou solidariedade a seus aliados árabes e votou sempre contra Israel na ONU. Somente em 1992 Pequim estabeleceu relações diplomáticas com Tel Aviv.
Comércio forte
Desde a normalização das relações, Israel se tornou um dos parceiros comerciais prioritários para a China. Em 2023, 22 bilhões de dólares em produtos foram comercializados entre os dois países. Esse volume corresponde ao balanço das relações comerciais chinesas com a Suécia.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu , tinha uma visita oficial a Pequim marcada para outubro, que acabou sendo adiada em razão do ataque terrorista do Hamas ao território israelense. Na agenda da visita estava a assinatura de um acordo comercial entre Israel e China.
Segundo documentos oficiais, os dois países tratam quase que exclusivamente de economia e comércio em suas tratativas. O conflito entre o Oriente Médio nunca foi um tema central.
Por exemplo, a declaração final da última vista de Netanyahu a Pequim, em 2017, afirmava simplesmente que a China desejava promover inovações, como impulsionar as start-ups de tecnologia.
China vê Israel como aliado dos EUA
Ao mesmo tempo, a China sempre vê um alinhamento político entre Israel e os Estados Unidos, seu maior rival geopolítico.
"A China pede que a potência que possui maior influência sobre a parte em questão coloque de lado seus interesses e considerações geopolíticas e faça todos os esforços para pôr fim à guerra e restaurar a paz" afirmou em novembro no Conselho de Segurança o embaixador chinês na ONU, Zhang Jun. Ele se referia aos EUA, presumindo que o país rival teria interesses no conflito.
"Israel é uma democracia consolidada, firmemente ancorada em sua aliança com os Estados Unidos da América", afirmou à DW o cientista político e sócio da empresa de consultoria Berlin Global Advisors. "Da perspectiva chinesa, Israel está geopoliticamente no lado oposto ao do objetivo que Pequim busca no momento, que é reforçar a aliança anti-Ocidente."
Vozes críticas a Israel e "cabeças ocas"
Os sentimentos antiocidentais também estão refletidos nos fóruns online chineses, monitorados de perto pelos censores. Os atos de guerra são vistos como uma "aterrorização do povo muçulmano, mais fraco, pelo povo judaico, claramente mais forte". Esse estereótipo racista permeia as redes sociais chinesas.
Os usuários do Weibo, a rede social mais popular na China, sabem que o governo alemão está "inabalavelmente" ao lado de Israel.
Em consequência, centenas de comentários antissemitas podem ser encontrados na página da embaixada alemã na China, como um usuário que chama os alemães de "agressores" e outro que disse que "os nazistas na Alemanha e em Israel se uniram e tramam juntos contra a humanidade."
A resposta da missão diplomática alemã a essas e outras postagens semelhantes é inequívoca e direta. "É bastante estúpido chamar indiscriminadamente qualquer tipo de pessoa de nazista. Quem combina a bandeira de Israel e a suástica nazista em sua foto de perfil ou é um cabeça oca desinformado ou um cafajeste inescrupuloso. Esses perfis serão bloqueados."
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A relevância da Palestina para a China
Ao contrário dessas opiniões, o governo da China alega ser neutro no conflito no Oriente Médio, mesmo que o país seja mais crítico a Israel.
O ministro chinês do Exterior, Wang Yi, descreveu as ações militares israelenses como "desproporcionais", que excedem os limites da autodefesa, e disse que a população de Gaza não deve ser punida coletivamente. No Conselho de Segurança, o embaixador chinês Zhang disse que é necessário levar em conta os legítimos interesses de segurança de ambas as partes para restaurar a paz.
Pequim não mantém contatos regulares com o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, mas sim com a liderança da Autoridade Palestina (AP) nos territórios palestinos, reconhecidos como um Estado por 138 países, mas não por Israel, Estados Unidos ou Alemanha. Há poucos meses, a China concluiu uma "ampla parceria estratégica" com os territórios palestinos.
Após conversas entre o presidente da AP, Mahmoud Abbas, e da China, Xi Jinping, o comunicado final da parceria, de 14 de junho de 2023, afirma que "a China apoia a criação de um Estado palestino soberano com base na demarcação de fronteiras de 1967, com sua capital em Jerusalém Oriental".
"A China apoia a retomada das negociações de paz entre Palestina e Israel com base no princípio 'terra por paz' [que implica na troca de determinados territórios por uma paz duradoura], nas resoluções pertinentes da ONU e na solução de dois Estados", diz o texto.
Silêncio palestino sobre uigures em Xinjiang
Em troca, a Palestina, representada pela AP, compromete-se com a chamada "política de uma só China", que significa que a República Popular é o único governo legítimo da China, inclusive sobre Taiwan. Além disso, a Palestina adota a narrativa chinesa de que as questões em torno da província predominantemente muçulmana de Xinjiang "não dizem respeito a direitos humanos, mas ao contrário, ao combate ao terrorismo, radicalização e separatismo".
Pequim mantem há anos um amplo aparato de vigilância em Xinjiang para controlar a minoria uigur. A ONU denunciou "graves violações dos direitos humanos" na região, além de "possíveis crimes contra a humanidade".
A China sempre manteve laços estreitos com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), diz o cientista político Sandschneider. "Há razões históricas para isso. Apoiar movimentos de libertação é parte da identidade da política externa chinesa". Mas não quando se trata de Taiwan ou Xinjiang.
Nesse contexto, a China busca apoiadores no mundo árabe que defendam sua repressão aos uigures. Se perder o apoio dos árabes, aquilo que Pequim vê como forças separatistas em Xinjiang poderão receber maior apoio do mundo muçulmano. Levantes de minorias nacionais seriam o pior cenário possível para a liderança do Partido Comunista, para o qual a unidade do país é uma de suas maiores prioridades.
Papel de mediadora no Oriente Médio
A China tem um enviado especial para o Oriente Médio desde 2019. Entre outras funções, o cargo visa promover o processo de paz entre Israel e seus vizinhos árabes. Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, o atual enviado, Zhai Jun, vem mantendo contatos com diversos atores e países da região.
Zhai declarou que a China defende a paz e vê "o fracasso da proteção aos direitos nacionais legítimos do povo palestino" como a causa do conflito. Ele sustenta que a China e a Rússia compartilham do mesmo ponto de vista e trabalham juntas para aliviar as tensões.
A ênfase na proximidade com a Rússia segue um padrão. Nos anos recentes, a China se apoiou cada vez mais em parceiros não ocidentais, ao mesmo tempo em que aumentou significativamente sua visibilidade global, avalia Sandschneider.
"A China se manteve essencialmente fora do Oriente Médio nas últimas décadas. Agora, no entanto, vemos Pequim se colocar como mediador, como entre a Arábia Saudita e o Irã", observou o politólogo.
Em abril de 2023, a China iniciou com êxito uma reaproximação dos dois rivais no Golfo Pérsico e ganhou destaque internacional por seu papel de mediadora.
Sandschneider, porém, acredita que esse sucesso não deverá se repetir no conflito entre Israel e o Hamas. "Nesse caso, em particular, a credibilidade da China não vai muito longe."
O mês de novembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Natacha Pisarenko/AP Photo/picture alliance
Morre Henry Kissinger, o diplomata que marcou século 20
Ex-secretário de Estado americano e vencedor do Prêmio Nobel da Paz, ele mantinha-se ativo ainda aos 100 anos de idade. Alemão de família judia, ele fugiu do nazismo, naturalizou-se americano e, mais tarde, teve papel central na Guerra do Vietnã e no golpe no Chile, deixando um legado controverso: para apoiadores, ele era um gênio; para críticos, um criminoso de guerra. (30/11)
Foto: Adam Berry/Getty Images
Na Índia, 41 operários são resgatados após ficarem mais de duas semanas soterrados
Presos sob escombros há 17 dias, os operários que trabalhavam em um túnel na região do Himalaia que colapsou foram resgatados com vida. A operação foi bem sucedida graças à ação de mineradores que cavaram artesanalmente passagens por onde as máquinas convencionais não conseguiam avançar, após a perfuração de um cano garantir o envio de mantimentos e oxigênio ao grupo. (29/11)
Foto: Uttarakhand State Department of Information and Public Relations/AP/picture alliance
Nevasca provoca caos em partes da Alemanha
Uma intensa nevasca e temperaturas congelantes causaram grandes distúrbios na Alemanha. Em Rheingau-Taunus, uma centena de veículos ficaram presos, tendo que ser libertados com ajuda de bombeiros. Nos arredores de Eltville, 100 pessoas foram retiradas de seus carros por causa da queda de árvores. No aeroporto de Frankfurt, o maior da Alemanha, 161 decolagens e pousos foram cancelados. (28/11)
Foto: Kai Osthoff/dpa/picture alliance
Israel e Hamas decidem prolongar cessar-fogo
Poucas horas antes do fim do quarto e último dia do cessar-fogo no conflito na Faixa Gaza, Israel e o grupo radical islâmico Hamas concordaram em prolongar a trégua por mais dois dias. O cessar-fogo iniciado após dias de bombardeios veio após um acordo firmado entre os dois lados no conflito. O fluxo de ajuda humanitária, médica e combustível também continuará em todo o enclave palestino. (27/11)
Foto: Ibraheem Abu Mustafa/REUTERS
Bulgária debaixo de neve
A pouco menos de um mês do começo do inverno, o governo da Bulgária declarou estado de emergência em grande parte do país depois que fortes nevascas e ventos causaram interrupções no fornecimento de energia, bloqueios de estradas e acidentes de trânsito. Na foto, Isperih, no nordeste da Bulgária. (26/11)
Foto: Mehmed Aziz/AP Photo/picture alliance
Lava escorre sobre montanha de gelo na Sicília
Mais ativo vulcão da Europa, o Etna proporcionou imagens impressionantes ao expelir lava que escorreu sobre o monte coberto de neve na ilha italiana da Sicília. Povoados no entorno do vulcão ficaram cobertos de cinzas. O Etna retomou a sua atividade em agosto, produzindo uma nuvem eruptiva dispersa pelos ventos em direção a sul. (25/11)
Foto: Giuseppe Di Stefano/AP Photo/picture alliance
Começa cessar-fogo de quatro dias entre Israel e o Hamas
Israel e o grupo terrorista Hamas deram início a uma trégua de quatro dias no conflito na Faixa de Gaza iniciado em 7 de outubro. O cessar-fogo temporário foi acordado para que 50 reféns mulheres e menores de 19 anos em poder do Hamas sejam libertados em troca da soltura de 150 mulheres e adolescentes palestinos detidos em Israel. Veículos de ajuda humanitária puderam ingressar em Gaza. (24/11)
Foto: Ibraheem Abu Mustafa/REUTERS
Dublin tem violentos protestos após esfaqueamento de quatro pessoas
A capital irlandesa, Dublim, foi palco de violentos protestos, que resultaram na prisão de ao menos 34 pessoas. Um policial ficou gravemente ferido, 13 lojas foram seriamente danificadas ou saqueadas e 11 veículos da polícia sofreram danos. A manifestação, atribuída a grupos de extrema direita anti-imigração, teve início após o esfaqueamento de quatro pessoas, três delas menores de idade. (23/11)
Foto: Brian Lawless/PA via AP/picture alliance
Extrema direita comemora após eleição na Holanda
O partido anti-islâmico do populista Geert Wilders venceu as eleições legislativas na Holanda, segundo pesquisas de boca de urna. De acordo com os prognóticos, o Partido para a Liberdade (PVV) obteria 35 assentos no Parlamento de 150 cadeiras, ficando à frente da aliança de esquerda de Frans Timmermans, com 26 assentos, e do bloco de centro-direita, com 23. (22/11)
Foto: Remko de Waal/ANP/IMAGO
Ucrânia homenageia mortos em protestos pró-Europa
A Ucrânia prestou homenagens ao mais de 100 mortos nos chamados "protestos de Maidan", há dez anos. Em novembro de 2013, teve início uma série de manifestações que duraram três meses e culminaram na fuga para Rússia do então presidente ucraniano Viktor Yanukovych, figura próxima ao Kremlin. Meses depois, a Rússia respondeu invadindo e anexando ilegalmente a península ucraniana da Crimeia. (21/11)
Foto: Sergei Supinsky/AFP
Aquecimento global fica acima de 2ºC pela primeira vez
O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia (UE), anunciou que, pela primeira vez, a temperatura média global ficou acima de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais (1850 a 1900). O Acordo de Paris, que entrou em vigor em 2016, estabeleceu o objetivo de manter o aumento da temperatura média global em 1,5ºC. (20/11)
Foto: TERCIO TEIXEIRA/AFP/Getty Images
Javier Milei vence eleição presidencial argentina
Em meio a uma crise econômica, a Argentina optou pela ruptura numa eleição histórica, elegendo o populista de direita Javier Milei para a Presidência. Ele derrotou Sergio Massa, o candidato governista e atual ministro da Economia. Com a vitória de Milei, a Argentina entra na onda de ultradireita que sacudiu países como EUA e Brasil a partir da segunda metade dos anos 2010. (19/11)
Foto: Luis Robayo/AFP/Getty Images
SpaceX lança Starship, mas perde contato com a cápsula
A SpaceX lançou com sucesso a Starship, considerada a maior e mais poderosa nave do mundo a chegar ao espaço, depois de um primeiro teste fracassado em abril. Menos de três minutos após a decolagem, as partes se separaram. Apesar de o lançamento ter sido um sucesso, o propulsor usado pelo veículo espacial explodiu, e a SpaceX perdeu contato com a cápsula. (18/11)
Foto: GO NAKAMURA/REUTERS
Com a chegada do inverno, Rússia intensifica ataques a infraestrutura da Ucrânia
Ucranianos temem por mais um inverno sofrido enquanto a Rússia volta a bombardear a infraestrutura do país, deixando ao menos 45 mil sem energia no sul e leste do país. Em Kharkiv, alvo de bombardeios frequentes, o governo começou a construir escolas subterrâneas, à prova de mísseis, para que crianças possam voltar à sala de aula. (17/11)
Foto: Yevhen Titov/Zumapress/picture alliance
Ativistas voltam a pintar colunas do Portão de Brandemburgo
As colunas do Portão de Brandemburgo, um dos principais monumentos de Berlim, voltaram a serem tingidas de laranja durante um protesto de ativistas do clima, e dois manifestantes foram presos. Um ação semelhante havia sido realizada em setembro, liderada pelo grupo "Die Letze Generation" (A Última Geração), que cobra medidas mais drásticas para reduzir emissões de gases de efeito estufa. (16/11)
Foto: Annette Riedl/dpa/picture alliance
Biden e Xi reúnem-se nos Estados Unidos
O presidente chinês, Xi Jinping, teve uma rara reunião presencial com o presidente dos EUA, Joe Biden. Os dois líderes estão em São Francisco para a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que reúne 21 países. Biden disse que o objetivo do encontro era os dois "se entenderem". (15/11)
Foto: Doug Mills/AP Photo/picture alliance
Rio tem sensação recorde de 58,5 °C em meio a onda de calor
O Rio de Janeiro registrou sensação térmica de 58,5°C, a maior desde o início das medições do serviço Alerta Rio. A onda de calor afetou os estados do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, aumentando os perigos da exposição à radiação solar. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ampliou o alerta de "grande perigo" para 15 estados e o Distrito Federal. (14/11)
Foto: TERCIO TEIXEIRA/AFP/Getty Images
Premiê derrotado pelo Brexit volta ao governo britânico
Ex-primeiro-ministro britânico David Cameron voltou ao governo do Reino Unido como ministro do Exterior, em meio a uma remodelação anunciada pelo atual premiê, Rishi Sunak. Ele renunciou em 2016 depois de convocar e perder o referendo sobre o Brexit, inaugurando um período tumultuado na política britânica no qual o Partido Conservador se inclinou ainda mais para a direita populista. (13/11)
Foto: Sam Hall/empics/picture alliance
Brasileiros deixam a Faixa de Gaza
Um grupo de 32 brasileiros e familiares cruzou a fronteira com o Egito e deixou a Faixa de Gaza, após mais de um mês de espera, em meio a incessantes bombardeios no enclave palestino. Segundo o Itamaraty, o grupo chegou ao posto fronteiriço de Rafah, no sul de Gaza, passou pelo controle migratório e em seguida se dirigiu para o posto egípcio, num percurso de dois quilômetros de ônibus. (12/11)
Foto: privat
Islândia evacua cidade de 3 mil habitantes
A cidade de Grindavik, no sudoeste da Islândia, que conta com cerca de 3 mil habitantes, foi evacuada devido a temores de uma possível erupção vulcânica. A Islândia declarou estado de emergência depois que terremotos sacudiram o sudoeste da península de Reykjanes, um possível prenúncio de uma erupção vulcânica. (11/10)
Foto: Raul Moreno/SOPA Images/IMAGO
Usina solar flutuante na Indonésia
A Indonésia inaugurou uma usina de energia solar flutuante que pode gerar 192 megawatts de eletricidade. A obra é uma cooperação entre o governo indonésio e a empresa Masdar, dos Emirados Árabes Unidos, e foi construída no reservatório de Cirata, na província de Java Ocidental, na ilha de Java. (10/11)
Foto: Bay Ismoto/AFP/Getty Images
Alemanha lembra pogroms nazistas de 1938
O chanceler Olaf Scholz (foto) e outras autoridades participaram de cerimônia na sinagoga Beth Zion, em Berlim, em memória dos Pogroms de Novembro, quando judeus em toda a Alemanha foram brutalmente perseguidos, agredidos e assassinados. Evento completa 85 anos sob a sombra de nova onda de antissemitismo. (09/11)
Foto: John Macdougall via REUTERS
Atendendo a avisos de Israel, mais civis deixam norte de Gaza
Centenas de milhares de palestinos começaram a rumar para o sul da Faixa de Gaza, atendendo aos avisos das forças israelenses, que têm intensificado os bombardeios no norte após isolar a região militarmente. O Hamas reagiu acusando a ONU de colaborar com Israel no "deslocamento forçado" de civis – um número incerto deles permanece na área, inclusive em hospitais. (08/11)
Foto: Mohammed Al-Masri/REUTERS
Primeiro-ministro de Portugal renuncia após escândalo
O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, pediu demissão do cargo após ter seu nome envolvido em uma investigação de corrupção relacionada a concessões de minas de lítio e a um projeto para uma usina de hidrogênio verde no país. O anúncio foi feito horas após a polícia ter prendido seu chefe de gabinete e cumprido mandados de busca e apreensão. Ele afirma ser inocente. (07/11)
Foto: Leonardo Negrão/GlobalImagens/IMAGO
Ambientalistas danificam vidro que protegia obra de Velázquez em museu
Dois ativistas do movimento Just Stop Oil ("Apenas pare o petróleo", em tradução livre) foram presos após danificarem o vidro que protegia uma pintura de Diego Velázquez na National Gallery, em Londres. O governo britânico anunciou recentemente planos para exploração de óleo e gás no mar do Norte. (06/11)
Foto: Just Stop Oil/AP Photo/picture alliance
Temporal deixa milhões sem luz em São Paulo
A forte chuva que caiu sobre o Estado no fim de semana deixou sete mortos e causou uma série de transtornos, principalmente na capital paulista, deixando 3,7 milhões sem energia elétrica. Passadas quase 48 horas, 1,2 milhão de endereços continuavam no escuro. (05/11)
Foto: Vincent Bosson/Fotoarena/IMAGO
Ato em Berlim reúne 8,5 mil por cessar-fogo em Gaza
Marcha teve teor "predominantemente pacífico", informou a polícia. Desde a eclosão do conflito, 20 de um total de 45 manifestações pró-Palestina foram vetadas por antissemitismo e discurso de ódio. O Hamas tem apostado no prolongamento da guerra, que afeta duramente civis, para pressionar por um cessar-fogo. Israel, que perdeu 1.400 civis em um ataque terrorista, condena a tática. (04/11)
Foto: Jörg Carstensen/dpa/picture alliance
Terremoto mata dezenas no Nepal
Mais de 50 pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas depois que um terremoto de magnitude 6,4 atingiu o oeste do Nepal. O tremor ocorreu pouco antes da meia-noite, quando muitas pessoas já estavam dormindo, e teve o epicentro registrado em Jajarkot, distante cerca de 400 quilômetros a nordeste da capital, Katmandu. (03/11)
Foto: Balkumar Sharma/AFP/Getty Images
Alemanha bane Hamas e associação palestina
A ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, anunciou a proibição de qualquer atividade vinculada ao Hamas e baniu também uma rede palestina atuante no país, chamada Samidoun, que promoveu comemorações pelo ataque do grupo radical islâmico contra Israel no dia 7 de outubro. O Hamas é considerado uma organização terrorista pela Alemanha, e também pelos EUA e União Europeia. (02/11)
Foto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance
Alemanha pede perdão por crimes coloniais na Tanzânia
O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pediu perdão pelos crimes cometidos na Tanzânia durante o domínio colonial alemão. "Gostaria de pedir perdão pelo que os alemães fizeram com seus ancestrais aqui", disse Steinmeier durante uma visita. A parte continental da Tanzânia fazia parte da antiga África Oriental Alemã, colônia criada nos anos 1880 e dissolvida durante a 1° Guerra. (01/11)