Pela estatística, não há crise. O número de chegadas é menos da metade do registrado em 2017. Mas o bloco se vê refém de partidos populistas de direita, que tornam o assunto motivo de disputa dentro da UE.
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Para um continente com meio bilhão de cidadãos, o número de migrantes recém-chegados deveria ser suportável. Até junho deste ano chegaram à União Europeia cerca de 33 mil pessoas, menos da metade do registrado em 2017.
A Grécia é o país mais sobrecarregado relativamente à sua população, mas ultimamente o maior número de imigrantes tem chegado à Espanha. Em seguida vem a Itália.
Em quase todos os países da UE, porém, os populistas de direita se tornaram uma força política. Eles governam ou participam de coalizões de governo. E devem sua ascensão sobretudo ao medo de estrangeiros.
A UE abandonou a Itália
Desde a gestão de Silvio Berlusconi, a Itália reclama do Regulamento de Dublin e da responsabilidade do governo italiano pelos migrantes que cruzam a rota do Mediterrâneo central. O governo de Roma, no entanto, adotou uma abordagem pragmática do problema: não registrou os migrantes que chegaram e lhes deixou a opção entre sobreviver na economia paralela italiana ou seguir rumo ao norte da Europa.
Somente quando, a partir de 2014, os números dispararam, e um ano depois mais de 1,2 milhão de refugiados chegaram à UE, Bruxelas pressionou pelo respeito às regras: o governo do então primeiro-ministro, Matteo Renzi, começou a registrar a maioria dos migrantes nos portos italianos.
Ao mesmo tempo, nenhuma cúpula da UE ocorria sem que o país pedisse ajuda e redistribuição de algumas dessas pessoas. A reação foi um dar de ombros dos demais países-membros.
No início de 2017, a Itália recorreu à autoajuda e fechou um acordo com milícias líbias, que recebem dinheiro e armas em troca da manutenção dos refugiados na costa. E a UE começou a treinar a Guarda Costeira da Líbia e a pagar para que ela leve os botes de volta à sua orla. No entanto, as milícias apoiadas pela Itália e os traficantes de pessoas muitas vezes pertencem aos mesmos clãs. Seus negócios estão prosperando, e eles não têm interesse em acabar totalmente com a migração.
Os agitadores estão agora em Roma
Desde a eleição de junho e a vitória de dois partidos populistas na Itália, o novo ministro do Interior, Matteo Salvini, da Lega, é quem dá as cartas. Ele solta sua raiva nas mídias sociais de hora em hora contra migrantes e seus ajudantes e fechou os portos italianos aos barcos de resgate de organizações não governamentais.
No entanto, ele fracassou em sua visita à Líbia na segunda-feira, quando levou a proposta de estabelecer centros de refugiados no país. O vice-primeiro-ministro do governo em Trípoli rejeitou categoricamente a ideia e recomendou que ele falasse com os países de trânsito no sul, Níger ou Chade.
O pai da retórica antimigrantes
O húngaro Viktor Orbán foi a primeira pessoa na UE a mostrar que se pode usar o medo e a demagogia para gerar ódio contra os migrantes – num país que, na prática, não tem imigrante algum. No ano passado, apenas 3.400 refugiados chegaram à Hungria. A incitação ao ódio é destinada principalmente aos imigrantes muçulmanos, a quem Orbán culpa por um suposto declínio das tradições cristãs na Europa.
O primeiro-ministro disputou a campanha eleitoral no começo do ano exclusivamente usando a questão da migração. Para este fim, ele inventou a lenda da "conspiração de Soros", segundo a qual o bilionário nascido na Hungria e radicado nos EUA George Soros planeja colocar migrantes na sua terra natal.
Desde então, Orbán tornou a ajuda a refugiados um ato criminoso. Ele usa o ódio contra os migrantes, por ele criado, para eliminar os remanescentes da democracia liberal na Hungria. No entanto, o país continua a ser um dos maiores beneficiários líquidos dos fundos da UE, que financiam grande parte das despesas públicas.
Em 2015, Orbán selou hermeticamente com cercas as fronteiras com seus vizinhos Croácia e Sérvia e se apresentou como um pioneiro na UE. Se a UE quiser agora fortalecer a proteção das suas fronteiras externas, o húngaro vai fazer menção a seu governo como um exemplo a ser seguido.
Ele também é um líder ideológico do grupo de Visegrad, em que Polônia, República Tcheca, Eslováquia e Hungria negam, em conjunto, qualquer recepção a migrantes e, em particular, a redistribuição deles na Europa.
O eixo dos dispostos
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, sabe que o progresso na migração só pode ser alcançado com uma parte dos Estados-membros da UE, um número de 16 para cima.
Porém, países grandes, como a França e a Espanha, estão do lado da Alemanha, e as regras da UE permitem esse tipo de "cooperação reforçada". Um acordo entre esses países seria suficientemente amplo para ser vendido como uma solução europeia.
Seja como for, deve ser aprovada uma melhor salvaguarda das fronteiras externas da UE. Entretanto, a porta de entrada para a UE são as rotas marítimas, sendo que rota do Mediterrâneo Ocidental, do norte da África para a Espanha, vem sendo de novo mais usada este ano. No Mediterrâneo, seria preciso muito mais embarcações dos Estados-membros da UE para reforçar as patrulhas.
Ao mesmo tempo, existe uma proposta da Comissão Europeia para designar dez portos seguros nos quais os migrantes seriam imediatamente recolhidos em centros de trânsito. Com um exame inicial devem ser identificados imediatamente migrantes econômicos, os quais devem ser diretamente devolvidos a seus países de origem.
As organizações de refugiados da ONU, por sua vez, querem apresentar à UE um plano de "plataformas regionais de desembarque" no Mediterrâneo, que seria algo semelhante. Os detalhes e, acima de tudo, a cooperação de Estados como França e Espanha ainda estão sendo discutidos.
Acordos bilaterais
Para a Alemanha, sobretudo a Itália conta como um país de origem para a chamada migração secundária, ou seja, quando o requerente veio de um outro país da UE. Mas é questionável que Roma esteja disposta a fechar um acordo com Merkel. A chanceler vem sendo retratada pelo governo populista como a principal inimiga da Europa. E o recebimento, mesmo de refugiados já registrados, é algo que, a princípio, não é desejado.
Um objetivo alcançável, no entanto, são outros acordos com os países de origem do norte da África e na África Subsaariana. A chanceler alemã citou especificamente o acordo com a Turquia como modelo na reunião de domingo passado, em Bruxelas.
A UE quer fornecer até 6 bilhões de euros para esses acordos. A Espanha já tem acordos similares com Marrocos, Senegal e Mauritânia, de modo que, nos últimos anos, o trânsito da África Subsaariana foi amplamente reduzido. Também estão incluídos aí acordos de repatriação.
Na UE, as repatriações são um tema controverso. No máximo, metade de todos os pedidos de proteção na UE foi concedida. Mas o Paquistão, por exemplo, continua bloqueando a acolhida de seus cidadãos, a Nigéria é insegura demais, e, também nos casos dos migrantes claramente econômicos de África Ocidental, Tunísia e Marrocos, os processos correm vagarosamente. Nesse aspecto, os países da UE planejam acelerar seus processos e recompensar a boa vontade dos respectivos governos com dinheiro.
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O mês de junho em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/A. Machado
UE chega a acordo sobre migração
Após 12 horas de intensas negociações em Bruxelas, os líderes da União Europeia conseguiram chegar a um acordo sobre a migração, tema que vem causando atritos entre os Estados-membros. O novo pacto prevê medidas abrangentes para diminuir o fluxo migratório e traz alívio à chanceler federal alemã, Angela Merkel, evitando uma grave crise política em sua coalizão de governo. (29/06)
Foto: Reuters/F. Lenoir
Cota racial para estagiários
O presidente Michel Temer assinou um decreto que prevê que 30% das vagas de estágio na administração pública sejam destinadas a candidatos negros. A medida, segundo o governo, busca fortalecer a inserção desses jovens no mercado de trabalho. Empresas como Banco do Brasil, Caixa Econômica e Petrobras assinaram compromisso para a reserva das vagas, que vale também para jovens aprendizes. (28/06)
Foto: Reuters/U. Marcelino
Vice de Trump no Brasil
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, visitou famílias de imigrantes venezuelanos que vivem num abrigo em Manaus e aproveitou para reiterar suas críticas ao governo da Venezuela. "Uma ditadura brutal", afirmou o político. Na véspera, Pence se reuniu com o presidente Michel Temer em Brasília e prometeu destinar um milhão de dólares aos refugiados venezuelanos no Brasil. (27/06)
Foto: Getty Images/AFP/R. Oliveira
Vitória para o veto migratório de Trump
A Suprema Corte dos Estados Unidos confirmou a validade do controverso decreto do presidente Donald Trump proibindo a entrada de cidadãos de vários países de maioria muçulmana, rejeitando objeções de que a lei é discriminatória. A medida envolve a maior parte dos nacionais de Líbia, Irã, Somália, Síria e Iêmen. Trump saudou a decisão como uma "vitória tremenda para o povo americano". (26/06)
Foto: Getty Images/D. McNew
O desfecho da agressão antissemita em Berlim
Um refugiado sírio de origem palestina de 19 anos foi considerado culpado por um tribunal de Berlim por lesão corporal grave e por ofender dois homens que caminhavam pela capital alemã usando quipás – chapéu característico do judaísmo. O ataque, ocorrido em abril, provocou indignação na Alemanha e incendiou o debate sobre a integração de jovens muçulmanos à sociedade alemã. (25/06)
Foto: Jüdisches Forum JFDA
Poder absoluto em pleito polêmico
Segundo resultados inoficiais, o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), do presidente Recep Tayyip Erdogan, venceu as eleições presidenciais e parlamentares da Turquia, com maioria absoluta. O principal oposicionista, Partido Republicano do Povo (CHP), que teria ficado em segundo lugar, questiona os resultados divulgados, alegando ser necessário um segundo turno. (24/06)
Foto: picture-alliance/A. Hudaverdi Yaman
Britânicos querem definir Brexit
Dezenas de milhares foram às ruas no centro de Londres, exatamente dois anos depois da consulta em que os britânicos decidiram a saída de seu país da UE. Objetivo do movimento é conseguir que governo permita ao povo votar sobre o acordo que a primeira-ministra Theresa May fizer com o bloco comunitário. O Reino Unido está na fase final das negociações com Bruxelas sobre a separação. (23/06)
Foto: Imago/PA Images/M. Crossick
Homem que escapou do nazismo refaz rota
Um grupo de 40 ciclistas que partiu de Berlim chegou a Londres após cinco dias e mais de mil quilômetros de viagem. A rota foi a mesma feita por crianças judias há quase 80 anos, escapando do Holocausto. O mais velho deles é Paul Alexander, de 81 anos, um dos 10 mil menores que embarcaram em trens do chamado Kindertransport, iniciativa para salvar crianças do extermínio pelos nazistas. (22/06)
Foto: picture-alliance/empics/Yui Mok
Melania Trump visita crianças imigrantes
A primeira-dama dos EUA, Melania Trump, fez uma visita surpresa a um centro de acolhimento em McAllen, no Texas, que abriga cerca de 60 menores de idade. Eles foram separados de seus pais na fronteira com o México sob a política migratória de tolerância zero de seu marido, o presidente Donald Trump. Ali, ela disse querer ajudá-los a se reunir com suas famílias "o mais rápido possível". (21/06)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Harnik
Trump suspende separação de famílias
O presidente americano, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para impedir que crianças sejam separadas de seus familiares na fronteira com o México. A situação das famílias gerou críticas e indignação dentro e fora do país. O decreto de Trump impede a separação de pais e filhos ao permitir que eles sejam mantidos juntos em centros de detenção após entrarem ilegalmente no país. (20/06)
Foto: picture-alliance/dpa/Abac Press/O.Douliery
EUA deixam Conselho de Direitos Humanos
Os Estados Unidos anunciaram que estão deixando o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, mencionando como uma das principais razões um "viés crônico contra Israel" dentro do órgão. A embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, acusou a entidade de hipocrisia ao proteger violadores dos direitos humanos. País só retornará ao grupo se conselho passar por reformas, afirmou ela. (19/06)
Foto: Reuters/T.S. Jordan
Direitista é eleito presidente da Colômbia
O candidato direitista Iván Duque foi eleito o novo presidente da Colômbia, com 53,98% dos votos, frente a 41,81% obtidos por seu oponente de esquerda, Gustavo Petro. Seu partido conservador Centro Democrático é liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe. Em discurso de vitória, Duque declarou querer construir consensos e unir o país, e prometeu "correções" no acordo de paz com as Farc. (17/06)
Foto: Getty Images/AFP/P. Arboleda
EUA e China à beira de guerra comercial
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou a imposição de novas tarifas às importações chinesas, no valor de 50 bilhões de dólares, levando ao campo comercial uma guerra que, até então, estava sendo travada nas palavras. Pequim, por sua vez, anunciou que reagirá na mesma moeda, impondo sobretaxas no mesmo valor que atingirão 659 produtos vindos dos EUA, incluindo a soja. (15/06)
Foto: picture alliance/AP/A. wong
Começa a Copa da Rússia
Foi dada a largada à Copa do Mundo de 2018, com uma goleada da Rússia contra a Arábia Saudita logo no jogo de abertura. Em Moscou, os anfitriões fizeram 5 a 0. Antes disso, o cantor britânico Robbie Williams e a russa Aida Garifullina cantaram na cerimônia de abertura, que contou ainda com o jogador brasileiro Ronaldo, campeão nas Copas de 1994 e 2002, eleito pela Fifa para abrir o evento. (14/06)
Foto: picture-alliance/empics/T. Goode
Copa de 2026 tem local definido
A Fifa decidiu que a candidatura conjunta entre México, EUA e Canadá sediará a Copa do Mundo de 2026. Contou na escolha sobretudo o fato de a tríplice candidatura não demandar grande investimento. O valor estimado pelos três países é de 2,16 bilhões de dólares. Como comparação, a Rússia, sede de 2018, já desembolsou mais de 11 bilhões. Estima-se que o Brasil tenha gastado 10 bilhões. (13/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. Golovkin
Trump e Kim assinam acordo histórico
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, protagonizaram um encontro histórico em Cingapura e assinaram um acordo que promete encerrar décadas de tensões militares. Na declaração conjunta, Pyongyang assegurou "seu firme compromisso com a completa desnuclearização da Península Coreana", e Washington prometeu garantias de segurança à Coreia do Norte. (12/06)
Foto: Reuters/K. Lim
Robert de Niro xinga Trump em premiação
"Vou dizer uma coisa: 'Fuck' Trump", começou Robert de Niro seu discurso na entrega do Prêmio Tony. Ator deixou a etiqueta de lado, e plateia do prêmio dedicado ao teatro americano aplaudiu efusivamente. "Não é mais 'fora, Trump'. É 'fuck' Trump", concluiu. Não é a primeira vez que De Niro, crítico aberto de Trump, xinga o presidente dos EUA. (11/06)
Foto: Getty Images/T. Wargo
Cem anos do voto feminino no Reino Unido
Milhares de mulheres saíram às ruas em várias cidades do Reino Unido para celebrar o centenário da lei que deu às primeiras mulheres o direito ao voto no país. As manifestantes aproveitaram para reivindicar a plena igualdade de direitos. As capitais das quatro nações britânicas, Londres, Edimburgo, Cardiff e Belfast, sediaram marchas simultâneas, que homenagearam o movimento sufragista. (10/06)
Foto: Imago/i Images
Londres celebra 92 anos da rainha
A rainha Elizabeth 2ª, que completou 92 anos em 21 de abril, assistiu ao tradicional desfile militar Trooping the Colour, que desde 1748 comemora oficialmente o aniversário dos monarcas britânicos. Mais de mil soldados participaram da celebração. Estiveram presentes os príncipes Charles, William e Harry, com suas respectivas esposas, Camilla, Kate Middleton e Meghan Markle. (09/06)
Foto: Reuters/P. Nicholls
Astronautas chegam à ISS
A tripulação da missão 'Horizons' chegou à Estação Espacial Internacional (ISS) para realizar mais de 60 experimentos científicos. O primeiro a entrar na ISS foi o comandante da agência russa Roscosmos, Sergei Prokopyev, seguido do astronauta alemão da Agência Espacial Europeia (ESA) Alexander Gerst e, por último, da astronauta americana da NASA Serena Auñón-Chancellor. (08/06)
Foto: picture-alliance/dpa
Governo majoritariamente feminino
Os 17 ministros e ministras que formam o governo espanhol do socialista Pedro Sánchez tomaram posse, diante do rei Felipe 6°. O novo gabinete é formado por 11 mulheres e seis homens: o Executivo mais feminino da história da Espanha e da União Europeia (UE). (07/06)
Foto: picture-alliance/dpa/J.J. Guillen
Fogo em Londres
Mais de 100 bombeiros trabalharam na extinção de um incêndio num hotel de luxo, de 12 andares, no centro de Londres. A densa coluna de fumaça que saía do hotel Mandarin Oriental, inaugurado em 1902, podia ser vista em diversos pontos da cidade. As causas do incêndio estão sendo investigadas. (06/06)
Foto: picture-alliance/J. Stillwell
Rastro de destruição na Guatemala
O governo da Guatemala anunciou um plano de reconstrução viária e de casas para as pessoas atingidas pela erupção do Vulcão de Fogo no domingo, que deixou ao menos 70 mortos, 476 feridos e mais de 3,2 mil desabrigados. Ao todo, mais de 1,7 milhão de guatemaltecos foram afetados pela erupção . As equipes de busca continuam procurando desaparecidos em meio às cinzas. (05/06)
Foto: Reuters/L. Echeverria
Primeiras motoristas
A Arábia Saudita começou a expedir carteiras de motorista para mulheres que poderão dirigir em seu território a partir de 24 de junho. O país era o único do mundo que ainda proibia mulheres de conduzir automóveis. Em comunicado, o governo afirmou que expediu a carteira para dez mulheres que já tinham permissão de dirigir em outros países. (04/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/Saudi Information Ministry
Presidente alemão pede perdão por perseguição de homossexuais
O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pediu perdão aos homossexuais pelos crimes do nazismo e pelas perseguições sofridas no pós-guerra. Em cerimônia em Berlim comemorando os 10 anos de inauguração do monumento às vítimas homossexuais do regime nazista, ele frisou que gays e lésbicas continuaram sendo perseguidos mesmo após o fim do Terceiro Reich. (03/06)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Hirschberger
Sánchez toma posse na Espanha
O socialista Pedro Sánchez tomou posse oficialmente como presidente do governo da Espanha, diante do rei Felipe 6° e na presença de seu antecessor, o conservador Mariano Rajoy. Na cerimônia, Sánchez prestou juramento sem fazer uso da Bíblia e do crucifixo, como é tradicional na Espanha. A ascensão de Sánchez marcou a volta dos socialistas ao poder na Espanha após hiato de quase sete anos. (02/06)
Foto: picture-alliance/dpa
Demissão de presidente da Petrobras
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão do cargo, durante uma reunião com o presidente Michel Temer. Parente vinha enfrentando críticas devido à sua política de combustíveis, que elevou valores dos combustíveis e culminou na greve dos caminhoneiros. Em sua carta de demissão, ele disse que sua permanência na estatal "deixou de ser positiva". (01/06)