Autores de atos terroristas em Paris, Bruxelas e Berlim se radicalizaram na prisão. Sem perspectivas, detentos acabam sendo presa fácil para radicais islâmicos, dizem especialistas. Berlim busca formas de impedir isso.
Anúncio
A escultura entalhada de Jesus pendurada no teto observa o vitral fosco dividido por listras azuis decorativas. Através do vidro, vê-se o contorno borrado de barras brilhantes. Se elas não estivessem ali, seria facilmente possível esquecer que esse espaço eclesiástico faz parte de um centro correcional em Bochum, na Renânia do Norte-Vestfália, o estado mais populoso da Alemanha.
A igreja da prisão é grande e luminosa. No altar de madeira se encontra uma Bíblia aberta, com velas dos dois lados. A porta se abre, e um homem enorme de 50 e tantos anos é trazido para a sala. Ele usa calças cargo e tênis e tem uma fina trança escorrendo pelo pescoço debaixo de um boné preto de beisebol.
O prisioneiro tem um aperto de mão firme e faz contato visual direto, mas se recusa a revelar seu nome. Neste artigo, ele é chamado de Batuhan.
Aos olhos das autoridades alemãs, Batuhan é um detento exemplar: arrependido, reflexivo e tolerante. Nascido na Turquia, ele vive na Alemanha desde os quatro anos de idade. Em março de 2014, foi preso após ser condenado por fraude. Ele não quis entrar em detalhes sobre o assunto, mas disse que o caso envolve carros e imóveis.
Um quarto dos detentos é muçulmano
Batuhan é um dos cerca de 16 mil prisioneiros na Renânia do Norte-Vestfália. Desse total, aproximadamente um quarto é muçulmano, e isso inclui um pequeno grupo de radicais islâmicos. Em meados de 2019, 33 pessoas "do espectro islamista" estavam detidas em prisões do estado, informou a secretaria de Justiça estadual à DW.
Esses detentos estão espalhados por diferentes presídios – incluindo Bochum – para impedi-los de formar uma célula radical. A DW não teve acesso a essas áreas, mas foi autorizada a entrevistar um preso, Batuhan. Segundo o prisioneiro, a religião desempenha um papel importante para muitos na prisão – independentemente da sua fé. Ele mesmo diz ter encontrado Deus atrás das grades.
Hoje, conta Batuhan, os presos lhe fazem perguntas sobre o islã. Por exemplo, depois que chega à prisão a notícia de que um ataque islâmico foi realizado em algum lugar, Batuhan recebe questionamentos. "Nós então falamos sobre o 'porquê'", afirma.
O número de presos radicalizados tende a crescer. Somente no ano passado, a Procuradoria-Geral em Karlsruhe deu início a 855 investigações preliminares contra supostos radicais islâmicos.
Pesquisas da emissora pública alemã WDR também constataram que, desde a derrota militar do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI), mais de 120 jihadistas ligados à Alemanha foram detidos em áreas curdas da Síria. Eles se encontram agora detidos em prisões iraquianas. Se retornarem à Alemanha, muitos deles deverão ser processados.
O país se encontra num momento crítico, adverte o pesquisador de extremismo Michael Kiefer. "Se personalidades inteligentes que ainda mantêm fortes visões [radicais islâmicas] voltam para a Alemanha, elas não vão parar o incitamento nas prisões."
Presa fácil para radicais islâmicos
A maioria dos ataques de cunho radical islâmico na Europa foi cometida por pessoas que foram radicalizadas na prisão, como Anis Amri, que em dezembro de 2016 entrou com um caminhão dentro de um mercado de natal em Berlim, matando 11 pessoas.
Mais da metade dos mais de 5 mil jihadistas que deixaram a Europa Ocidental para se juntar ao "Estado Islâmico" na Síria e no Iraque tem antecedentes criminais, geralmente como membros de gangues, traficantes ou ladrões, segundo um estudo de 2018 publicado pelo Centro Internacional para o Estudo da Radicalização (ICSR, na sigla em inglês), do King's College de Londres.
Os presídios alemães, portanto, tentam assegurar que os extremistas não atuem como missionários e não tenham contato com pessoas com a mesma opinião. Aqueles em risco estão sendo cada vez mais vigiados e separados de outros internos.
Mas eles não são isolados 24 horas por dia. Durante exercícios no pátio, por exemplo, eles têm contato com outros prisioneiros. Batuhan diz acreditar que tais ocasiões poderiam ser exploradas para tentar influenciar os outros: "Vou colocar desta forma: é mais fácil convencer alguém aqui", afirma ele, acrescentando, contudo, que ainda não vivenciou tal situação.
O advogado Numan Özer também diz estar convencido de que as prisões são o terreno fértil perfeito para grupos extremistas. Durante sete anos, ele trabalhou para a 180-Degree Turnaround, iniciativa baseada em Colônia que agora recebe recursos federais para combater o extremismo religioso nas prisões.
Desde 2015, Özer tem visitado regularmente prisões na Renânia do Norte-Vestfália. Em quatro delas, sua iniciativa realiza palestras regulares para prisioneiros muçulmanos sobre boa cooperação, autorreflexão e discernimento.
"Os prisioneiros se encontram num abismo, pelo menos emocionalmente", afirma Özer. Segundo ele, isso os torna presa fácil para os radicais islâmicos, que podem convencê-los de que o sistema é o culpado por suas desgraças.
Algumas interpretações radicais do islã argumentam que o Ocidente está travando uma guerra contra os muçulmanos. Os radicais usam esse argumento para justificar as rendas obtidas em furtos, roubos ou tráfico de drogas como legítimos saques de guerra, retratando pequenos criminosos como heróis. "Extremistas podem facilmente atrair esses jovens usando esse argumento", aponta o ativista.
Trata-se de um cenário perigoso: jovens detentos desesperados, agressivos, solitários e com poucas perspectivas encontram pessoas que lhes trazem respostas simples a todas as suas perguntas.
Como governo e Justiça tentam impedir
As autoridades alemãs dizem ter acordado para o que consideram um perigo iminente. Desde o ataque aos escritórios da revista satírica francesa Charlie Hebdo em janeiro de 2015, muitas prisões na Renânia do Norte-Vestfália nomearam funcionários de integração para que estes funcionem como pontos de contanto para os detentos com origem migratória.
Os centros de detenção também trabalham em estreita colaboração com estudiosos do islã, como Mustafa Doymus e Mehmet Bilekli. Em nome da Secretaria de Justiça, os dois treinaram cerca de 3 mil dos 8.600 policiais na Renânia do Norte-Vestfália desde 2016. Doymus afirma que a perda da liberdade inevitavelmente provoca crises pessoais entre os detentos, o que "torna todo mundo um filósofo" e leva muitos a se perguntarem questões religiosas.
O trabalho de Doymus, Bilekli e outros estudiosos se concentra em "sensibilizar" os funcionários da Justiça para que eles possam ajudar em tempos de crise e reconhecer sinais de radicalização o mais cedo possível. Isso inclui descobertas de escritos e livros que chamem a atenção durante buscas em uma cela, ou o recebimento de cartas suspeitas por prisioneiros.
Dentro da cena radical islâmica, há redes ativas que enviam cartas e pacotes aos prisioneiros: um aparente gesto de caridade, mas que visa fortalecer ideologicamente os detentos e recrutar novos seguidores.
Cuidado pastoral para prisioneiros muçulmanos
O estudioso islâmico Bilekli defende que as prisões trabalhem não apenas com aqueles que correm risco de extremismo, mas também com aqueles que já foram radicalizados. Em algum momento, os prisioneiros "serão soltos novamente na sociedade", afirma. Portanto, o tempo na prisão conta.
Nesse sentido, a compreensão do cuidado da pastoral muçulmana atrás das grades e de sua importância vem crescendo há alguns anos. "Quando se recebe assistência e apoio aqui, isso pode ter um efeito imunizante", diz o pesquisador de extremismo Michael Kiefer.
Para as 36 prisões da Renânia do Norte-Vestfália, existem atualmente 26 imãs. Todos passaram por verificações de segurança. Contudo, os clérigos muçulmanos ainda não conseguem viver do trabalho que realizam atrás das grades. Ali, os imãs têm permissão para trabalhar até 10 horas por semana, ganhando 20 euros por hora. Até 2016, o trabalho não era sequer remunerado.
Em comparação, os pastores protestantes e padres católicos são pagos pelo Estado, trabalham em tempo integral e podem se dedicar inteiramente a seu trabalho na prisão. As duas igrejas cristãs fornecem um total de 86 agentes pastorais para os presídios na Renânia do Norte-Vestefália.
Os imãs, por sua vez, oferecem horas de atendimento pessoal, e as orações de sexta-feira são realizadas a cada 14 dias. Mas quem já é radicalizado não pode participar, admite abertamente o imã de uma prisão em Düsseldorf: "Eu não posso alcançá-los com minhas mensagens." Ele também se concentra em prevenir a radicalização.
No presídio em Bochum, Batuhan aceita todas as ofertas que quebram a monotonia de sua vida no cárcere – e as orações de sexta-feira se tornaram um ponto alto.
Antes de entrar na prisão, a religião não tinha um papel em sua vida, afirma. Mas estando numa cela de apenas alguns metros quadrados, ele de repente se viu com bastante tempo para refletir, até que sua pena chegue ao fim, em 2021.
Batuhan garante que manterá sua fé recém-descoberta após deixar a cadeia: "É parte de mim agora, não vai sair de novo."
Há mais de uma década, ataques conduzidos por radicais islâmicos assombram o continente. Nesta galeria, apresentamos uma cronologia.
Foto: Picture alliance/Zumapress/V. Flores
Solingen: 23 de outubro de 2024
Um ataque a faca deixou três mortos e oito feridos em um festival de rua em Solingen, no oeste da Alemanha, nas celebrações do 650º aniversário da cidade. O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque. Dois dias depois, a polícia anunciou que um homem sírio de 26 anos, identificado como Issa al H., se entregou às autoridades alegando ser responsável pelo atentado. Ele foi preso.
Foto: Medana Weident/DW
Oslo: 25 de junho de 2022
Um ataque a tiros numa casa noturna em Oslo, na Noruega, deixou dois mortos e mais de 20 feridos. A polícia tratou o tiroteio como um ato de "terrorismo islâmico extremista". As vítimas foram baleadas dentro e fora do London Pub, uma casa noturna LGBT+, bem como em outro dois locais nas proximidades. O atirador, um norueguês de 42 anos de origem iraniana, foi detido pela polícia.
Foto: JAVAD PARSA/NTB/AFP
Viena: 2 de novembro de 2020
Um ataque a tiros deixou ao menos quatro mortos e vários feridos, sete deles com gravidade, no centro de Viena. Os disparos foram efetuados em seis pontos diferentes da cidade. Um suspeito foi abatido pela polícia e uma megaoperação foi realizada para capturar outros possíveis envolvidos. O grupo jihadista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque.
Foto: Matthias Schrader/AP Photo/picture alliance
Nice: 29 de outubro de 2020
Um ataque a faca na Basílica de Notre-Dame, na cidade francesa de Nice, matou três pessoas, incluindo a brasileira Simone Barreto Silva, de 44 anos. O prefeito de Nice, Christian Estrosi, disse a jornalistas no local do ocorrido que o agressor ficou repetindo as palavras "Allah Akbar" (Deus é o maior, em árabe) e foi "neutralizado com tiros" pela polícia.
Foto: Marina Strauß/DW
Paris: 16 de outubro de 2020
O professor de história Samuel Paty, de 47 anos, foi decapitado próximo à escola em que lecionava, em Paris. O autor do ataque, um refugiado tchetcheno de 18 anos, foi morto a tiros pela polícia. Segundo testemunhas, ele gritou "Allahu Akbar" ("Deus é grande", em árabe) ao ser abatido. Paty era alvo de ameaças por ter mostrado uma caricatura do profeta Maomé em aula sobre liberdade de expressão.
Foto: Hans Lucas/Imago Images
Hanau: 19 de fevereiro de 2020
Ataques a dois bares de narguilé em Hanau, no oeste da Alemanha, resultaram na morte de nove pessoas. Horas depois dos crimes, a polícia encontrou o cadáver do atirador na residência dele e também o corpo de uma mulher. Investigadores localizaram um bilhete do criminoso, no qual ele reivindica a autoria do crime, e um vídeo no qual ele faz declarações racistas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Probst
Londres: 29 de novembro de 2019
Na capital britânica, um homem atacou vários pedestres com uma faca na Ponte de Londres. Duas pessoas morreram e três ficaram feridas. A polícia matou a tiros o suspeito do crime. A Scotland Yard afirmou tratar-se de um atentado terrorista e disse que o criminoso vestia um colete explosivo falso. O agressor era um radical islâmico que já havia sido condenado por atividades terroristas em 2012.
Em Halle, no leste da Alemanha, um homem vestindo uniforme de combate lançou um explosivo sobre o muro de um cemitério judaico e tentou entrar em uma sinagoga. Como não conseguiu, começou a disparar contra pedestres, matando uma mulher, e efetuou disparos contra uma lanchonete turca, matando um homem. Outras duas pessoas ficaram feridas. O autor do crime admitiu motivações antissemitas.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Willnow
Utrecht: 18 de março de 2019
Quatro pessoas morreram em decorrência de disparos efetuados por um homem em um bonde na cidade holandesa de Utrecht. Após oito horas de buscas, a polícia prendeu Gokmen Tanis, de 37 anos e de origem turca. De acordo com as autoridades, a forma de ataque e uma carta encontrada no bonde indicam um ato terrorista.
Foto: picture-alliance /ANP/R. van Lonkhuijsen
Estrasburgo: 11 de dezembro de 2018
Um atirador abriu fogo perto de um mercado de Natal no centro da cidade francesa de Estrasburgo, sede do Parlamento Europeu, matando cinco pessoas. Após uma caçada de dois dias, o autor do atentado, Chérif Chekatt, um cidadão francês de origem norte-africana de 29 anos, foi abatido pela polícia. Autoridades francesas afirmam que Chekatt se radicalizou como extremista islâmico.
Foto: Reuters/C. Hartmann
Liège: 29 de maio de 2018
Armado com uma faca, um criminoso atacou duas policiais e usou as armas de fogo delas para matá-las. Depois, abriu fogo e matou um jovem de 22 anos. Em seguida, entrou em um colégio, onde fez uma funcionária refém. A polícia interveio e, na troca de tiros, o terrorista foi morto. A Procuradoria Federal belga afirmou que vários elementos indicavam que o caso se tratou de uma ação terrorista.
Foto: Reuters/F. Lenoir
Trèbes: 23 de março de 2018
Um homem armado roubou um carro em Carcassonne, no sul da França, e seguiu para a vizinha Trèbes, onde fez diversas pessoas reféns dentro de um supermercado. Lá, o atirador, marroquino, teria gritado "Deus é grande" em árabe e dito ser um soldado do "Estado Islâmico". Após horas de impasse, ele foi morto pela polícia. O episódio deixou três mortos. Um policial morreu no dia seguinte.
Foto: Reuters/R. Duvignau
Marselha: 1 de outubro de 2017
Ahmed H. esfaqueou e matou duas mulheres na estação de trens de Marselha, na França, antes de ser morto a tiros pela polícia. O "Estado Islâmico" reivindicou a autoria do ataque, referindo-se a Ahmed H. como um de seus "soldados". Dois funcionários do Ministério do Interior renunciaram após a revelação de que Ahmed H. era um imigrante ilegal que escapou de suas mãos.
Foto: Reuters/J.P. Pelissier
Turku: 18 de agosto de 2017
Duas pessoas morreram e outras oito ficaram feridas em atentado no centro de Turku, na Finlândia. O autor do ataque, um marroquino de 18 anos e requerente de asilo, foi baleado na perna e preso pela polícia.
Foto: Reuters/LehtiKuva/Roni Lehti
Barcelona e Cambrils: 17 de agosto de 2017
Uma camionete atropelou pedestres no movimentado calçadão de Las Ramblas, no centro da capital catalã. Ataque foi reivindicado pelo "Estado Islâmico" e três pessoas foram detidas. Horas mais tarde, atentado semelhante ocorreu na cidade costeira de Cambrils, deixando um morto, mas os cinco envolvidos foram mortos a tiros pela polícia.
Foto: Imago/E-Press Photo.com
Londres: 19 de junho de 2017
Uma van avançou contra fiéis que saíam da mesquita de Finsbury Park em Londres deixando um morto e dez feridos. O motorista, um homem de 48 anos, foi detido pelas pessoas que estavam no local antes de ser preso pela polícia. Relatos de testemunhas indicam que o atropelamento teria sido proposital. A polícia confirmou que todas as vítimas pertenciam à comunidade muçulmana de Londres.
Foto: Getty Images/AFP/D. Leal-Olivas
Londres: 3 junho de 2017
Três homens em uma van avançaram contra pedestres na Ponte de Londres, na região central da capital britânica, atropelando dezenas de pessoas antes de se dirigirem ao Borough Market, um local repleto de bares e restaurantes, e esfaquearem diversas vítimas. O ataque deixou sete mortos e 48 feridos. Os suspeitos, que vestiam coletes com explosivos falsos, foram mortos pela polícia.
Foto: Picture alliance/empics/F. De Caria/PA Wire
Manchester: maio de 2017
Um atentado perpetrado por um suicida deixou ao menos 22 mortos e mais de 50 feridos em 23 de maio, quando uma bomba explodiu ao fim do show da cantora Ariana Grande em Manchester, Inglaterra. Entre os mortos, houve várias crianças e jovens – o público da cantora é majoritariamente adolescente.
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. Byrne
Estocolmo: abril de 2017
Pelo menos quatro pessoas morreram e 15 ficaram feridas depois de um caminhão ter avançado contra pedestres numa movimentada rua comercial no centro de Estocolmo. O atentado apresentou os mesmos padrões dos atropelamentos em massa realizados em Nice, Berlim e, mais recentemente, em Londres.
Foto: picture-alliance/AP Photo/TT News Agency
Londres: março de 2017
Um ataque nos arredores do Parlamento do Reino Unido paralisou o coração de Londres em 22 de março. Um veículo avançou contra pedestres na ponte Westminster, matando pelo menos três pessoas e deixando dezenas de feridos. Próximo dali, no perímetro do Parlamento, o motorista esfaqueou um policial, que também morreu, antes de ser baleado e morto por policiais.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Brady
Berlim: dezembro de 2016
Pouco antes do Natal, a capital alemã foi alvo de um atentado. Doze pessoas morreram quando um terrorista do IS sequestrou um caminhão e invadiu um mercado de Natal lotado. Poucos dias depois, o tunisiano de 24 anos foi morto a tiros perto de Milão pela polícia italiana.
Foto: picture-alliance/dpa/B. Pedersen
Würzburg: julho de 2016
Em 18 de julho de 2016, um jovem de 17 anos atacou passageiros de um trem em Würzburg, no sul da Alemanha. Com um machado e uma faca, ele deixou cinco feridos. O agressor entrou na Alemanha em junho de 2015, como um requerente de asilo afegão, e foi morto pela polícia durante a fuga. O "Estado Islâmico" reivindicou o ataque.
Foto: picture-alliance/dpa/K.-J. Hildenbrand
Nice: julho de 2016
Um caminhão avançou sobre uma multidão em Nice, no sul da França, em 14 de julho de 2016, durante festividades do Dia da Bastilha. Ao menos 84 pessoas morreram e outras 18 ficaram feridas em estado grave. O presidente francês, François Hollande, classificou o ataque de atentado terrorista e prorrogou o estado de emergência no país por mais três meses.
Foto: picture-alliance/AP Photo/S. Goldsmith
Istambul: julho de 2016
Em 28 de junho de 2016, três homens-bomba atacaram o Aeroporto Atatürk de Istambul, o terceiro maior da Europa. Mais de 40 pessoas morreram e mais de 230 ficaram feridas. Chama a atenção o fato de o ataque ter ocorrido dois dias antes do segundo aniversário da proclamação do califado do "Estado Islâmico" (EI), o que sugere uma nova fase do grupo em sua estratégia na Turquia.
Foto: Reuters/M. Sezer
Bruxelas: março de 2016
Em 22 de março de 2016, dois terroristas explodiram malas com explosivos na área de embarque do Aeroporto Internacional de Zaventem, em Bruxelas. Um terceiro conseguiu fugir. Minutos depois, outra bomba foi detonada por um suicida na estação de metrô Maelbeek, no bairro onde ficam escritórios da Comissão Europeia. Trinta e dois morreram e mais de 300 foram feridos.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Waem
Ancara: março de 2016
A Turquia vem sofrendo atentados desde junho de 2015. Istambul e Ancara são as cidades mais visadas. Em 13 de março de 2016, um carro-bomba matou 37 pessoas e deixou 125 feridos. A violência é uma resposta à ação turca na guerra civil síria.
Foto: Reuters/U. Bektas
Paris: novembro de 2015
Uma série de ataques a tiros e bombas em diversos pontos da capital francesa deixou 130 mortos. O maior número de vítimas foi registrado na casa de espetáculos Bataclan, que foi invadida por um grupode atiradores que dispararam a esmo. O local estava lotado. O grupo "Estado Islâmico" reivindicou a autoria dos ataques.
Foto: Getty Images/AFP/K. Tribouillard
Saint-Quentin-Fallavier: junho de 2015
Um ataque contra uma fábrica de gás na cidade de Saint-Quentin-Fallavier, próximo a Lyon, no leste da França, deixou ao menos um morto e vários feridos. Um corpo decapitado foi encontrado próximo à fábrica de gás, ao lado de uma bandeira islâmica. Logo após o incidente, o presidente François Hollande afirmou não haver dúvidas de que se trata de um ataque terrorista.
Foto: picture-alliance/dpa
Paris: janeiro de 2015
Um ataque ao semanário Charlie Hebdo, em Paris, matou 12 pessoas. O presidente francês, François Hollande, condenou o atentado, classificando o ato como "barbárie extraordinária". Políticos e jornalistas na Europa dizem que o atentado à redação do "Charlie Hebdo" foi um ataque à liberdade de imprensa no continente.
Foto: picture-alliance/dpa/AP Photo/T. Camus
Bruxelas: setembro de 2014
Em setembro de 2014, foi evitado um ataque ao prédio da Comissão Europeia, em Bruxelas. Segundo especialistas, o perigo de atentados de radicais islâmicos na Europa continua. Hoje eles também são perpetrados por terroristas solitários. Aliado a isto, vários cidadãos europeus na Síria e no Iraque, engajados em tropas do "Estado Islâmico", que retornam à Europa entram na mira das autoridades.
Foto: picture alliance/ZUMA Press/M. Dairieh
Bruxelas: maio de 2014
Um homem armado abriu fogo na entrada do museu judaico, em Bruxelas, no dia 24 de maio de 2014, matando quatro pessoas. Após a sua identificação na França, ele foi extraditado para a Bélgica. Suspeita-se de que o homem, de nacionalidade francesa, teria combatido na Síria por mais de um ano ao lado de guerreiros islâmicos. Ele já esteve na prisão por roubo.
Foto: Reuters
Toulouse: março de 2012
Entre 11 e 22 de março de 2012, a França foi tomada pelo medo. Um homem em uma motocicleta baleou dois soldados. Oito dias depois, em 19 de março, ele matou três estudantes e um professor em uma escola judaica. A polícia procurou o autor dos crimes durante dias até cercarem a casa de um suspeito. No dia 22 de março, os policiais invadiram a residência e o mataram.
Foto: AP
Paris: novembro de 2011
O semanário "Charlie Hebdo" já havia sido alvo de ataques há quase quatro anos. Um coquetel molotov foi arremessado para dentro da redação, mas ninguém ficou ferido. A pessoa que cometeu o atentado não foi identificada até hoje. O motivo do ataque, supostamente, foram as publicações críticas ao islã. O periódico está há bastante tempo sob proteção policial.
Foto: picture-alliance/abaca
Estocolmo: dezembro de 2010
Um pouco antes do Natal, no dia 11 de dezembro, duas bombas explodiram em uma área comercial bastante movimentada da capital sueca. Duas pessoas ficaram feridas. O autor do atentado, um iraquiano de 28 anos, se matou. Durante muito tempo ele foi considerado o único responsável pelo crime, no entanto, há informações de que mais pessoas teriam sido cúmplices.
Foto: AFP/Getty Images/J. Nackstrand
Dinamarca: setembro de 2005
No dia 30 de setembro, o diário "Jylannds Posten" publicou 12 charges críticas relacionadas ao islã. Uma delas mostrava o profeta Maomé com uma bomba como turbante. Os desenhos provocaram vários protestos violentos pelo mundo. Além disso, houve uma tentativa de atentado ao jornal.
Foto: picture-alliance/dpa
Londres: julho de 2005
Quatro ataques suicidas aconteceram quase simultaneamente nas principais vias da capital inglesa na manhã do dia 7 de julho de 2005. Três bombas explodiram em linhas do metrô e uma em um ônibus de dois andares. Ao todo, 52 pessoas morreram, incluindo os quatro terroristas. Estes atentados foram os piores da história da Grã-Bretanha.
Foto: picture-alliance/dpa/P. MacDiarmid
Madri: março de 2004
No dia 11 de março, 191 pessoas morreram no maior atentado da história da Espanha. Várias bombas explodiram em quatro trens diferentes, um deles numa linha de metrô. Os terroristas foram condenados a 43 mil anos de prisão. Mas como não há prisão perpétua na Espanha, os criminosos ficarão, no máximo, 40 anos na prisão.
Foto: PAUL WHITE/AP/picture alliance
Istambul: novembro de 2003
Ao longo de cinco dias, radicais islâmicos praticaram diversos atentados em Istambul. Na ocasião, 58 pessoas morreram e 600 ficaram feridas. Em 15 de novembro, dois carros-bomba explodiram em frente a uma sinagoga, na qual vários fiéis estavam reunidos para rezar. No dia 20 de novembro, os radicais atacaram um banco e o consulado britânicos. Os terroristas foram condenados em 2007.