Inquérito da PF aponta participação de ministro, assessores, agência de promoção de exportação, gabinete de documentação histórica, além do uso do avião presidencial e uma tentativa de cooptar o Itamaraty em Orlando.
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Mesmo depois do fim de seu mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro teria usado membros de sua equipe e recursos estatais para assegurar que as joias recebidas de autoridades estrangeiras, cujo valor é estimado em 6,8 milhões de reais, permanecessem fora do radar oficial. Isso é o que indicam documentos e conversas obtidos pela Polícia Federal.
O inquérito que trata do desvio das joias sauditas, tornado público na segunda-feira (08/07), após decisão do ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, descreve a formação de uma suposta associação criminosa para desviar para o patrimônio pessoal de Bolsonaro os presentes que ele recebeu na condição de chefe de Estado. O texto detalha como órgãos e membros do governo brasileiro teriam sido acionados para o plano em ao menos três ocasiões diferentes.
Além dos 12 indiciados pelos crimes de peculato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e advocacia criminosa – como o próprio Bolsonaro e assessores próximos, o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e o ex-secretário da Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes –, outros funcionários e estruturas do Estado foram convocados nas tentativas de desviar as joias.
É apontado o uso de avião presidencial, atuação do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência da República, participação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e investimentos (Apex), além de uma tentativa de influência no consulado do Brasil em Orlando.
De acordo com o relatório, o esquema funcionou pelo menos desde outubro de 2019. Na época, Bolsonaro esteve na Arábia Saudita, onde recebeu de presente o conjunto de joias denominado "kit ouro branco”, formado por um anel, abotoaduras, um rosário islâmico (masbaha) e um relógio da marca Rolex, de ouro.
A PF afirma que esses itens foram desviados por Bolsonaro, seu então ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cesar Cid, e pelo e pelo então chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), Marcelo Vieira.
As joias foram trazidas em bagagens diplomáticas, o que dificultou a fiscalização alfandegária e permitiu que fossem desviadas sem a devida declaração às autoridades competentes, relatou a PF.
O uso de veículos oficiais, como o avião presidencial, e o envolvimento de funcionários públicos faziam parte do esquema e facilitava o transporte e armazenamento das peças em locais seguros, longe da supervisão dos órgãos de controle.
Ministério de Minas e Energia, Receita Federal e Gabinete de Documentação
Em outubro de 2021, o então Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, recebeu um conjunto de joias masculinas em ouro rosé cravejado de brilhantes e um conjunto de joias femininas durante viagem à Arábia Saudita, na qual representou o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na volta, o ministro e seu assessor ignoraram a opção de declarar as joias como bens destinados ao patrimônio da União na aduana. As joias femininas foram descobertas na mochila do assessor durante uma inspeção em Guarulhos. O oficial da alfândega as reteve justamente por não terem sido declaradas.
Já o kit masculino passou despercebido e ficou escondido por mais de um ano no Ministério de Minas e Energia, com a ajuda de José Roberto Bueno Junior, assessor do ministro, conforme relata a PF.
Em novembro de 2022, os investigados usaram o GADH para "legalizar" e viabilizar o desvio das joias e do relógio que compunham o conjunto de joias para incorporação ao acervo privado do ex-presidente.
O secretário especial da Receita Federal Julio Cesar Vieira Gomes foi indiciado por também ter supostamente ajudado a incorporar ilegalmente as joias ao patrimônio pessoal do ex-presidente e, dessa forma, "patrocinou diretamente" os interesses de Bolsonaro, diz a PF.
Em uma das mensagens encontradas no celular de Mauro Cid, Gomes escreve: "Avisou ao presidente que vamos recuperar os bens?".
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Uso do avião presidencial, Itamaraty e Apex
Segundo a PF, essas joias saíram depois do país em uma mala transportada por Mauro Cid no avião presidencial em 30 de dezembro de 2022, quando Bolsonaro abandonou a Presidência para passar uma temporada nos Estados Unidos ao fim de seu mandato.
Em de fevereiro de 2023, o kit foi colocado em leilão em Nova York, só que não foi arrematado.
A investigação da PF identificou que esse modo de agir foi utilizado para retirar do país pelo menos três conjuntos de bens recebidos pelo ex-presidente em viagens internacionais, na condição de chefe de Estado. A troca de mensagens entre Mauro Cid e Bolsonaro revela que o ex-presidente tinha conhecimento dos leilões realizados nos Estados Unidos para vender as joias.
"Após o segundo turno das eleições presidenciais, frustrada a tentativa de Golpe de Estado em curso naquele momento (...) o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu sair do país com destino aos Estados Unidos. Dentro de sua estratégia, o ex-presidente levou para o exterior quase a totalidade de seus recursos financeiros, que estavam disponíveis para imediata movimentação, transferindo 80% do montante depositado em contas bancárias no Brasil para sua nova conta no Banco BB Américas sediada em Miami/FL", diz o inquérito.
"Além disso, [Bolsonaro] determinou o envio, ao exterior, de bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras, para serem vendidos de forma escamoteada, longe do alcance das autoridades brasileiras", completa.
De acordo com as mensagens obtidas pela PF, Mauro Cid levou consigo uma mala que deveria ter como destino a casa de seu pai, o general do Exército Mauro Cesar Lorena Cid, que chefiou o escritório da Apex em Miami de junho de 2019 a janeiro de 2023. No cargo, ele usou a estrutura do órgão para apoiar movimentos golpistas no Brasil.
O reflexo do rosto de Lourena Cid aparece, inclusive, em uma das fotos identificadas pela PF e que foi usada para negociar a venda, nos Estados Unidos, de esculturas recebidas pelo governo como presente oficial. Tratava-se de uma palmeira e um barco dourados. Depois de consultar especialistas nos Estados Unidos, os bolsonaristas descobriram que elas não tinham valor no mercado por não conter ouro em sua composição.
Como o avião presidencial chegou em Orlando, era preciso encontrar meios de enviar a mala para Miami, a 380 quilômetros, onde morava Lorena Cid. Foi então que Mauro Cid tentou usar a estrutura do Itamaraty para esse deslocamento.
O ajudante de ordens mandou mensagem para então vice-cônsul do Brasil em Orlando, Marcela Magalhães Braga, no dia 30 de dezembro, pedindo apoio para levar a mala de Orlando para Miami. Ela foi auxiliar da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro. No entanto, o plano não se concretizou, e Mauro Cid contratou alguém para fazer o transporte.
PF também relata que o general Mauro Lourena Cid repassou 25 mil dólares em espécie ao ex-presidente, valor oriundo das joias.
"Os elementos de prova colhidos demonstraram que Mauro Cesar Lourena Cid recebeu, em nome e em benefício de Jair Messias Bolsonaro, pelo menos US$ 25 mil, que teriam sido repassados em espécie para o ex-presidente, visando, de forma deliberada, não passar pelos mecanismos de controle e pelo sistema financeiro formal", diz a PF no documento.
"Operação resgate"
Após a repercussão na imprensa do recebimento de kits de joias por integrantes do governo brasileiro em nome do ex-presidente, a PF identificou que os envolvidos estruturaram uma operação para resgatar os bens.
Já era um novo governo, Bolsonaro ex-presidente, e as joias estavam em estabelecimentos comerciais nos Estados Unidos, como casas de leilão. Elas deveriam retornar ao Brasil e serem devolvidos ao governo brasileiro, pois o Tribunal de Contas da União havia determinado a devolução ao Estado brasileiro.
O kit masculino em ouro rosé foi transportado de Nova York para Orlando, onde Bolsonaro estava hospedado no início de 2023. Em seguida, o kit foi transportado para o Brasil e entregue, em 24 de março de 2023, na agência da Caixa Econômica Federal, em Brasília.
Para resgatar outro kit de joias, Mauro Cid desembarcou no dia 27 de março de 2023, pela manhã, na cidade de Fort Lauderdale, no estado americano da Flórida. Pegou os itens de luxo e, no final do mesmo dia, retornou ao Brasil. Ao chegar ao aeroporto de Brasília, entregou o kit a Osmar Crivelatti, outro assessor de Bolsonaro.
Desse conjunto de joias, fazia parte um relógio da marca Rolex, de ouro branco, que teria sido recuperado de outra loja no estado da Pensilvânia. Segundo a PF, uma pessoa ainda não identificada recuperou o Rolex, que foi devolvido no dia 4 de abril de 2023 em uma agência da Caixa Econômica Federal.
Um terceiro conjunto de joias, que teria sido negociado pelos investigados, ainda não foram localizados. "As investigações prosseguem", informa a PF.
Mensagens entre o assessor especial coronel Marcelo Camara e Mauro Cid indicam que outros presentes recebidos por Bolsonaro podem ter sido vendidos, sem respeitar as restrições legais. Um deles "sumiu", inclusive, "com a dona Michelle", em referência à ex-primeira dama.
Michelle Bolsonaro não foi indiciada no inquérito. Ela foi apontada como destinatária de algumas das joias, mas a PF não encontrou provas sobre seu envolvimento nas negociações em torno das joias que chegaram a ser vendidas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem até 23 de julho para manifestar sua decisão em relação ao inquérito, se irá arquivar o caso, pedir investigações adicionais ou denunciar os envolvidos ao STF.
A defesa de Bolsonaro afirma que os presentes ofertados à Presidência da República “obedecem a um rígido protocolo de tratamento e catalogação”, sobre o qual “o Chefe do Executivo não tem qualquer ingerência, direta ou indireta”.
O mês de julho em imagens
O mês de julho em imagens
Foto: Evan Vucci/AP Photos/picture alliance
Líder do Hamas é morto no Irã
O Hamas e a Guarda Revolucionária Iraniana confirmaram que Ismail Haniyeh, um dos principais líderes do grupo radical islâmico no exílio, foi morto na capital iraniana, Teerã. O assassinato ocorreu em um momento extremamente delicado, aumentando temores de uma guerra generalizada na região. O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança a Israel. (31/07).
Foto: Iran's Presidency/WANA/REUTERS
Israel lança ataque contra Hezbollah em Beirute
Uma explosão foi registrada em Beirute, capital do Líbano. Pouco depois, Israel confirmou ter lançado um "ataque direcionado" contra um um comandante do grupo Hezbollah, supostamente responsável por um ataque que provocou a morte de 12 crianças israelenses. O alvo seria Fuad Shukr, um veterano do Hezbollah. Israel afirma que o bombardeio foi bem-sucedido e que Shukr está morto. (30/07)
Foto: ANWAR AMRO/AFP/Getty Images
Maduro é declarado vencedor após contagem de votos nebulosa
Sem divulgar dados completos, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, um órgão fortemente controlado pelo regime chavista, declarou que Nicolás Maduro, no poder desde 2013, conquistou um terceiro mandato de seis anos como presidente. O anúncio foi imediatamente visto com ceticismo por parte da comunidade internacional e levantou acusações de fraude pela oposição. (29/07)
Foto: Fausto Torrealba/REUTERS
Israel à beira de guerra total contra o Hezbollah após ataque a vilarejo druso matar 12
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu que a milícia terrorista libanesa Hezbollah "pagará um alto preço" após um ataque no dia anterior matar 12 civis crianças e adolescentes israelenses e ferir outros 30 na cidade de Majdal Shams, nas Colinas de Golã, uma região ocupada por Israel desde 1967. (28/07)
Foto: picture alliance/dpa
Compositor Wolfgang Rihm morre aos 72 anos
Um dos mais tocados compositores da música contemporânea europeia, alemão deixa mais de 500 obras, entre elas óperas e músicas para orquestra e de câmara. Entre seus trabalhos mais famosos estão "Dionysos", "Jakob Lenz", "Proserpina", "Das Gehege" e "Die Hamletmaschine". (27/07)
Foto: Uli Deck/dpa/picture alliance
É dada a largada dos Jogos Olímpicos de Paris
Sob chuva e após sabotagem à rede ferroviária, abertura do evento esportivo transcorreu sem maiores incidentes e encantou público, que assistiu a um espetáculo tendo como cenário o rio Sena, a torre Eiffel e o Trocadéro. É a primeira vez que a abertura do evento esportivo ocorre fora de um estádio. (26/07)
Foto: Cheng Min-Pool/Getty Images
Humanidade sofre "epidemia de calor extremo", alerta ONU
Embora muitas vezes menos visível que outros efeitos devastadores da mudança climática, como tempestades ou inundações, o calor intenso é mais mortal: ceifou cerca de 489 mil vidas a cada ano entre 2000 e 2019, segundo a entidade. Apelo é por ações de mitigação, melhores sistemas de alerta e contenção do aquecimento global – algo que não ocorrerá sem a redução das emissões de carbono. (25/07)
Foto: ETIENNE LAURENT/AFP/Getty Images
Maduro provoca Lula às vésperas das eleições na Venezuela
"Quem se assustou que tome chá de camomila", disse Nicolás Maduro, ditador venezuelano, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestar preocupação com ameaça do autocrata de que país será palco de "banho de sangue" em caso de derrota do chavismo nas eleições. (24/07)
Foto: Gustavo Moreno/AP Photo/picture alliance
Deslizamento de terra causa centenas de mortes no sul da Etiópia
Segundo país mais populoso da África, com cerca de 120 milhões de habitantes, Etiópia é altamente vulnerável a catástrofes climáticas, incluindo inundações e secas. Dois deslizamentos de terra ocorridos após fortes chuvas deixaram centenas de mortos no distrito de Gofa, no sul do país. Maior parte das vítimas estava no local para ajudar os afetados pelo primeiro deslizamento. (23/07)
Foto: Gofa Zone Government Communication Affairs Department
Arrecadação recorde após Kamala ser cotada para disputa presidencial
Campanha democrata arrecada mais de 81 milhões de dólares (R$ 450 milhões) nas primeiras 24 horas após a desistência de Joe Biden da corrida eleitoral no domingo, o maior volume diário de doação desde as eleições de 2020. A atual vice presidente, Kamala Harris, é a favorita a conquistar a nomeação do partido para concorrer contra Donald Trump. (22/07)
Foto: Susan Walsh/AP Photo/picture alliance
Biden desiste de candidatura e endossa vice Kamala Harris
O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que desistiu de disputar a reeleição e declarou que apoia que sua vice, Kamala Harris, assuma a cabeça da chapa como candidata democrata à Presidência. A desistência ocorre após semanas de pressão sobre o presidente de 81 anos, que vinha sendo instado a desistir após um desempenho desastroso contra o rival Donald Trump num debate em junho. (21/07)
Foto: Susan Walsh/AP/dpa/picture alliance
Scholz exalta militares que tentaram matar Hitler há 80 anos
Membros da classe política alemã, incluindo o chanceler federal Olaf Scholz, participaram de uma cerimônia que marcou o 80º aniversário da tentativa de assassinato de Adolf Hitler por oficiais do exército alemão. "A tentativa de golpe em 20 de julho de 1944 fracassou. Mas os objetivos unificadores da resistência não falharam", disse Scholz durante a cerimônia comemorativa em Berlim. (20/07)
Foto: Hannes P Albert/dpa/picture alliance
Apagão cibernético paralisa setores essenciais ao redor do mundo
Falha em software da empresa global de cibersegurança Crowdstrike levou ao colapso do sistema operacional Windows. Aviões tiveram que pousar às pressas, aeroportos e estações de trens paralisaram, hospitais cancelaram atendimentos e até mesmo emissoras de TV saíram do ar. Recuperação pode levar semanas, e computadores afetados podem ter que ser consertados manualmente. (19/07)
Foto: Bodo Marks/dpa/picture alliance
Ursula von der Leyen é reeleita presidente da Comissão Europeia
Com 401 votos favoráveis, novo Parlamento Europeu deu à alemã um segundo mandato de cinco anos no órgão executivo da UE – ela precisava de ao menos 361 votos. Bloco tem pela frente crises que vão desde a guerra na Ucrânia até mudanças climáticas, migração, falta de moradia e alta no custo de vida. Von der Leyen prometeu reduzir emissões de carbono e reforçar a segurança nas fronteiras. (18/07)
Foto: Johanna Geron/REUTERS
O 10° aniversário da derrubada do voo MH17 na Ucrânia
Em cerimônia no monumento ao MH17 no povoado de Vijfhuizen, na Holanda, familiares e autoridades lembraram as 298 vítimas do voo da Malaysian Airlines, que foi abatido sobre a Ucrânia em 17 de julho de 2014 por um míssil de fabricação russa disparado de território controlado por rebeldes e tropas ligadas ao Kremlin. (17/07)
Foto: Sem van der Wal/ANP/picture alliance
Roberta Metsola é reeleita presidente do Parlamento Europeu
A eurodeputada maltesa de centro-direita Roberta Metsola foi reeleita para a exercer por mais dois anos e meio a presidência do Parlamento Europeu. Representante do Partido Popular Europeu (PPE), ela foi reconduzida ao cargo por 562 dos 623 parlamentares que participaram da votação, a maior margem de vitória já registrada para um presidente do Parlamento. (16/07)
Foto: Jean-Francois Badias/AP/picture alliance
Trump é candidato oficial
A decisão foi rápida: em sua convenção nacional em Milwaukee, Wisconsin, o Partido Republicano a candidatura do ex-presidente Donald Trump na eleição presidencial de novembro. Como vice, ele escolheu o senador do Ohio J.D.Vance. (15/07)
Foto: Ines Pohl/DW
Trump passa bem após atentado em comício na Pensilvânia
Candidato republicano à Casa Branca, ex-presidente sobreviveu a uma tentativa de assassinato enquanto discursava a apoiadores no dia anterior. A ação durou segundos, e Trump foi escoltado às pressas for agentes do Serviço Secreto, com a orelha ferida por uma bala. Além do suspeito, uma pessoa que acompanhava o evento da plateia foi morta. Outras duas estão gravemente feridas. (14/07)
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
A 13 dias de início dos Jogos, ministra francesa dos Esportes nada no Rio Sena
Ao lado do triatleta triatleta paralímpico Alexis Hanquinquant, Amélie Oudéa-Castéra quis mostrar que as águas do rio parisiense estão prontas para acolher as provas de natação. Ao custo de 1,4 bilhão de euros, a descontaminação das águas do Sena era um dos principais pontos de dúvida da competição, já que chuvas recorrentes nos últimos meses comprometeram a qualidade da água. (13/07)
Foto: Ministry Of Sport, Olympic And Paraolympic Games/AP/picture alliance
Selo azul no X de Elon Musk viola regras da UE, diz bloco
Rede social do bilionário viola regras para conteúdo digital, aponta relatório preliminar da Comissão Europeia. Órgão alega que comercialização do "selo azul" na plataforma outrora conhecida como Twitter "afeta negativamente a capacidade que os usuários têm de tomar decisões livres e informadas sobre a autenticidade das contas e do conteúdo com o qual interagem". (12/07)
Foto: Alain Jocard/AFP [M]
Envio de mísseis americanos à Alemanha irrita Rússia
Reagindo ao anúncio de que a Alemanha abrigará bases de mísseis americanos de longo alcance a partir de 2026, a Rússia disse que avalia medidas para frear a "séria ameaça à segurança" do país por parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). "Essa decisão foi preparada por muito tempo e não é uma surpresa", afirmou o chanceler alemão, Olaf Scholz. (11/07)
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
Perigo de vida no Vale da Morte
O Death Valley, no deserto do leste da Califórnia e condado de Nevada, já é considerado o local mais quente do planeta. Em meio à atual onda de calor, então, as temperaturas nesse parque nacional americano têm ultrapassado diariamente os 50ºC. As autoridades dos EUA expediram alertas aos visitantes. (10/07)
Foto: Mario Tama/Getty Images
Rússia condena artistas de teatro à prisão
Em nova ofensiva contra liberdade artística, regime russo considerou que peça teatral "Finist", escrita cinco anos atrás e encenada em 2020, sobre o destino de "noivas do Estado Islâmico", é "apologia do terrorismo" e sentenciou diretora Zhenya Berkovich e dramaturga Svetlana Petriychuk a seis anos de prisão. (09/07)
Uma série de bombardeios russos na Ucrânia deixou mais de 35 mortos em vários pontos do país e atingiu dois hospitais, um deles em Kiev, especializado no atendimento de crianças. Os ataques geraram condenação internacional e levaram à convocação de uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU, agendada para o dia seguinte. (08/07)
Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo/picture alliance
Esquerda e centro conseguem frear ultradireita na França
A esquerda e o centro conseguiram frear o que parecia uma ascensão implacável da ultradireita francesa no segundo turno da eleição legislativa francesa. A aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP) e a coligação de centro Juntos, do presidente Emmanuel Macron, conseguiram formar as maiores bancadas de deputados, ficando à frente da ultradireitista Reunião Nacional (RN). (07/07)
Foto: Christophe Ena/AP/picture alliance
Reforma vence pleito presidencial do Irã
O reformista Masud Pezeshkian se impôs no segundo turno do pleito presidencial do Irã, que teve uma participação nas urnas de 49,9 %. Ele obteve 53,6 % dos votos, contra 44,3 % para o ultraconservador Saeed Jalili. Em seus primeiros comentários após o resultado eleitoral, o presidente eleito definiu a votação como o início de uma "parceria" com o povo iraniano. (06/07)
Foto: Vahid Salemi/AP/picture alliance
Após 14 anos com conservadores no poder, Reino Unido tem premiê trabalhista
Consagrado com uma maioria esmagadora na eleição legislativa antecipada, Keir Starmer, 61, é o sétimo primeiro-ministro do Partido Trabalhista. Ele substitui o conservador Rishi Sunak, que ficou menos de dois anos no cargo. O Partido Conservador perdeu as eleições ao conquistar apenas 121 assentos na Câmara dos Comuns (baixa), contra 412 do Trabalhista. (05/07)
Foto: JUSTIN TALLIS/AFP/Getty Images
Bolsonaro vira alvo da PF em duas frentes
Não foi uma quinta-feira fácil para o ex-presidente. Primeiro, a PF deflagrou a segunda fase da Operação Venire, que apura inserção de dados falsos nos registros de vacinação contra a covid-19 e uma suposta fraude nos cartões de vacinação de sua família. Mais tarde, saiu a notícia de que ele foi indiciado no caso das joias sauditas por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. (04/07)
Foto: Eraldo Peres/AP/picture alliance
Furacão Beryl avança pelo Caribe
O furacão Beryl, de categoria 4, atingiu com força a costa sul da Jamaica após deixar um rastro de destruição em outras regiões do Caribe, com ao menos sete mortos. Serviços meteorológicos registraram ventos de até 220 quilômetros por hora. O governo impôs um toque de recolher em todo país e pediu que a população de 2,8 milhões obedeça possíveis ordens de evacuação. (03/07)
Foto: Curlan Chrissey Campbell/Reuters
Tumulto em cerimônia hindu na Índia deixa mais de 100 mortos
Mais de uma centena de pessoas, incluindo mulheres e crianças, morreram após um tumulto ocorrido ao final de uma cerimônia religiosa hindu no norte da Índia. Forte calor e falta de ar no local do evento podem ter contribuído para a tragédia. Pessoas que participaram da cerimônia disseram que cerca de 50 mil devotos estavam presentes no local. (02/07)
Foto: Manoj Aligadi/AP/picture alliance
Suprema Corte dos EUA diz que Trump tem imunidade contra processos criminais em ações oficiais como presidente
A Suprema Corte dos EUA decidiu que o ex-presidente Donald Trump tem direito a blindagem parcial contra acusações criminais. A corte entendeu que ex-chefes de Estado têm imunidade contra processos por ações tomadas como presidente, mas que o mesmo não se aplica a atos como pessoa física. Assim, diminui a chance de que seja julgado em três processos antes das eleições, em 5 de novembro. (01/07)