O chefe da aliança automotiva Renault-Nissan foi um dos homens mais poderosos no mundo dos negócios. Em pouco tempo, ele passou de celebrado executivo a fugitivo internacional. Saiba como isso aconteceu.
Anúncio
O ex-executivo do setor automotivo Carlos Ghosn esteve entre as pessoas mais poderosas do mundo corporativo. Mas questões envolvendo sobre seus vencimentos na montadora Renault-Nissan levaram à destruição de sua imagem e, no final, acabaram por fazer dele um fugitivo.
Nascido no Brasil, ele tem ascendência libanesa e, além da nacionalidade dos dois países, possui passaporte francês. A seguir, os principais pontos para entender a ascensão e queda do empresário:
Como Carlos Ghosn se tornou tão famoso?
Ghosn é uma das figuras mais proeminentes, se não a mais proeminente da indústria automobilística. Ele trabalhou como engenheiro na fabricante de pneus Michelin por 18 anos antes de começar na Renault em 1996. Ele criou um nome, ou melhor, um apelido, para si mesmo ao liderar uma reestruturação maciça. A partir de então, passou a ser chamado "Le Cost Cutter".
Ghosn levou a espada para o Japão em 1999, quando a Renault chegou para salvar a fabricante japonesa de automóveis em dificuldades. Ele cortou 21 mil empregos, fechou fábricas, cortou custos de compra e reinvestiu a economia em 22 novos modelos de carros e caminhões em apenas três anos. O renascimento da Nissan tornou Ghosn uma espécie de herói nacional. Ele até inspirou um mangá (tipo de história em quadrinhos japonesa).
Quem era Ghosn para a Renault-Nissan?
Ele era tido como o elo crucial da aliança automobilística franco-japonesa. Enquanto outras fusões no setor, como que uniu a alemã Daimler e a americana Chrysler, não sobreviveram, ele manteve a Renault-Nissan viva. Ele liderou a empresa durante a crise financeira de 2008, com diminuição das vendas de carros na Europa e alguns escândalos corporativos. Também houve uma trágica onda de suicídios na empresa em 2011.
Em 2016, a próspera aliança ganhou um terceiro parceiro, a Mitsubishi. Um ano depois, vendeu 10,6 milhões de veículos, mais do que seus eternos rivais na luta pela supremacia da indústria automobilística, Volkswagen e Toyota. Ghosn atuava como presidente executivo da Renault, presidente do conselho de administração das três empresas e chefe do grupo. Mas sua remuneração generosa pelo seu papel central causou repetidamente controvérsia na França e no Japão.
O que explica a tensão entre Ghosn e Nissan?
A ascensão e queda de Ghosn na empresa é uma história de poder e controle. Quando a Renault salvou a Nissan, a montadora francesa adquiriu uma participação de 43% da Nissan, conferindo-lhe consideráveis poderes de gestão. O governo francês, que é o maior acionista da Renault, também ganhou influência significativa.
Por outro lado, a Nissan recebeu apenas 15% da Renault sem direito a voto. Mas nos últimos anos a Nissan recuperou sua antiga força financeira, enquanto a Renault teve que lutar contra a queda nas vendas de carros na Europa. A reviravolta da Nissan levou o ex-presidente executivo da empresa Hiroto Saikawa a pressionar para ganhar mais poder na aliança, enquanto Ghosn buscava uma integração mais próxima entre as duas montadoras. Como resultado, os executivos da Nissan ficaram cada vez mais preocupados com a possibilidade de a Renault engolir seu parceiro japonês.
Em uma declaração que Ghosn fez em vídeo após sua prisão, ele culpou a má administração da Nissan pelo surgimento das acusações e alegou que alguns executivos da Nissan temiam perder seus empregos.
Quais são as acusações?
Ghosn foi acusado no Japão de subestimar em cerca de 80 milhões de dólares seus ganhos na Nissan entre 2010 e 2014. Em setembro, Ghosn fechou um acordo com a comissão de valores imobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) sobre acusações de que ele não havia reportado 140 milhões de dólares de remuneração na Nissan.
Os promotores também alegam que Ghosn usou indevidamente os fundos da empresa para seu próprio benefício e o benefício de sua família e amigos. Isso inclui canalizar 5 milhões de dólares da Nissan para contas que ele controlava e que seriam usadas para ou financiar uma empresa de investimentos de um de seus filhos ou para comprar um iate para uma empresa de propriedade de sua mulher. Ghosn nega todas as acusações.
Como está a Renault-Nissan sem Ghosn?
A prisão de Ghosn abalou a parceria dos dois lados. Sem ele no comando, as ações da Renault e da Nissan tiveram em 2019 os piores desempenhos entre as montadoras. Segundo a Bloomberg, as ações da Renault caíram 23%, e a Renault corrigiu para baixo suas diretrizes financeiras em outubro. A Nissan perdeu 28% em valor e sofreu um êxodo de executivos. Isso incluiu o ex-presidente executivo da Nissan Hiroto Saikawa – um crítico das supostas irregularidades de Ghosn durante o período da prisão –, que teve que deixar o cargo em meio a um escândalo por excesso de remuneração. Os lucros da empresa foram os mais baixos em uma década, e a empresa planeja maciços cortes de empregos.
Como Ghosn escapou do Japão?
Um planejamento meticuloso ao longo de meses esteve por trás da fuga digna de Hollywood de Ghosn. Depois de passar mais de 100 dias na prisão, Ghosn foi libertado sob fiança para morar em uma casa alugada e fortemente protegida em Tóquio, esperando o julgamento, adiado seguidas vezes. O Ano Novo é um dos feriados mais importantes do Japão, quando uma parcela dos policiais costuma trabalhar. Uma empresa de segurança privada contratada pela Nissan recentemente interrompeu a vigilância após denúncias de violações de direitos humanos. Era a hora oportuna. Relatos da mídia japonesa sugerem que Ghosn pegou um trem-bala de Tóquio para Osaka, onde embarcou em um jato particular com destino à Turquia em uma mala destinada a equipamentos de áudio. De Istambul, ele teria embarcado em um voo comercial para o Líbano, país do qual tem cidadania.
Qual é o problema de Ghosn com o sistema legal do Japão?
Ghosn disse que fugiu do país para escapar de um sistema judicial "parcial", um "sistema de reféns". Ele tinha se queixado antes ter ficado preso em uma cela sem aquecimento. A Anistia Internacional acusa há muito tempo que algumas confissões no Japão são provocadas por força, que há duras condições nas prisões no país e que os acusados não têm acesso a um advogado. A situação do Japão é realmente incomum, com suas longas detenções preventivas, longos atrasos nos julgamentos e condições severas de fiança.
Ghosn pagou as mais altas taxas de fiança da história japonesa: 1 bilhão de ienes (9,2 milhões de dólares) pela sua primeira fiança e outros 500 mil ienes quando foi preso novamente por outras acusações. Uma prisão no Japão é mais ou menos equivalente a ser considerado culpado. Mais de 99% das denúncias apresentadas pela promotoria terminam em condenação.
Ghosn está a salvo no Líbano?
O Líbano não tem um acordo de extradição com o Japão nem geralmente extradita seus cidadãos. No entanto, advogados libaneses agora estão atrás de Ghosn, não por seus erros financeiros, mas por acordos comerciais com o arqui-inimigo do Líbano, Israel. Ghosn viajou a Israel a negócios, o que é uma ofensa, no caso de cidadãos libaneses, que pode render até 15 anos de prisão. A secretária de Estado de Economia e Finanças da França, Agnès Pannier-Runacher, disse recentemente que não extraditaria Ghosn se ele chegasse ao país. Ele também está sob investigação na França, mas ainda não foi acusado de nenhum crime no país.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Forstreuter
Reino Unido deixa a União Europeia
O Reino Unido deixou oficialmente a União Europeia, encerrando uma relação de 47 anos. Milhares de apoiadores do Brexit se reuniram em frente ao Parlamento britânico em Londres para aguardar e celebrar esse momento histórico. Alguns chegaram a queimar uma bandeira do bloco europeu. (31/01)
Foto: Getty Images/AFP/D. Leal-Olivas
Exposição controversa
Um monumento móvel que retrata três informantes que vazaram milhões de documentos secretos dos Estados Unidos – Julian Assange, Edward Snowden e Chelsea Mannig – foi apresentado em Bruxelas. A obra foi criticada por mostrar Chelsea como um homem, apesar de há anos ela ter assumido sua identidade feminina. A obra foi feita em 2015 e até agora o autor não a modificou. (30/01)
Foto: Imago Images/Belga/O. Delarouzee
Filme brasileiro concorrerá ao Urso de Ouro na Berlinale
O longa "Todos os mortos", dos brasileiros Caetano Gotardo e Marco Dutra, concorrerá na mostra principal do Festival de Cinema de Berlim deste ano. O filme retrata um país em transição, após o fim da escravidão e no início da República e concorrerá com produções como "The Roads Not Taken", da britânica Sally Porter; "Le sel des larmes", do francês Philippe Garrel. (29/01)
Foto: Dezenove Som e Imagens/Hélène Louvart
Quatro casos de coronavírus na Alemanha
A Alemanha confirmou quatro casos do novo tipo de coronavírus no país. Os casos são considerados as primeiras transmissões de pessoa para pessoa fora da Ásia. O primeiro teria sido infectado na Baviera por colega chinesa que não apresentava sintomas no momento do contágio. Os outros três trabalham no mesmo local. (28/01)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Gebert
Preparação para a estreia
Os dois filhotes de panda nascidos no zoológico de Berlim receberam chips e foram examinados em preparação para sua primeira apresentação ao público. Apesar de serem batizados de Meng Xiang e Meng Yuan, os pandas foram apelidados de Pit e Paule pelos cuidadores. A partir de 30 de janeiro, eles poderão ser visitados no zoológico. (28/01)
Foto: picture-alliance/dpa/C.Soeder
Holanda pede perdão por papel no Holocausto
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, pediu desculpas, em nome do governo, pela perseguição de judeus no país durante a Segunda Guerra e a deportação deles para campos de extermínio. Ele afirmou que muito pouco foi feito na época para protegê-los das atrocidades da Alemanha nazista. O governo holandês nunca tinha expressado um pedido oficial de desculpas por seu papel no Holocausto. (26/01)
Foto: picture-alliance/Pro Shots/K. Laureij
Bolsonaro na Índia
Na primeira viagem oficial do presidente Jair Bolsonaro à Índia, ele e o primeiro-ministro Narendra Modi assinaram acordos de parceria entre os dois países nas áreas de biocombustíveis e cibersegurança. A visita de Bolsonaro coincide com o Dia da República e provocou críticas ao governo indiano, que anunciou o presidente brasileiro como convidado de honra ao evento. (25/01)
Foto: Getty Images/AFP/M. Sharma
Europa confirma primeiros casos de coronavírus
Ministério de Saúde da França confirma infecções e alerta que novos casos da doença que se originou na China, onde já matou dezenas de pessoas, ainda poderão surgir no país. Autoridades dos EUA registram a segunda infecção em solo americano. (24/01)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Mortagne
Presidente alemão alerta contra antissemitismo
Em cerimônia pela libertação de Auschwitz em Israel, o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, afirma que memória dos crimes alemães no Holocausto jamais terá fim e que antissemitismo e "veneno do nacionalismo" devem ser combatidos hoje e sempre. (23/01)
Foto: Reuters/Pool/R. Zvulun
Trump ameaça UE com novas tarifas de importação
Após trégua na guerra comercial com a China, presidente dos EUA volta seus canhões para a Europa e ameaça taxar em 25% os automóveis importados do continente. Comissão Europeia contradiz o americano e se diz otimista quanto a um acordo com Washington. (22/01)
Foto: picture-alliance/dpa/I. Wagner
Ativista Greta Thunberg cobra líderes politicos em Davos
No Fórum Econômico Mundial, em Davos, a ativista sueca Greta Thunberg lamentou a falta de ações para reduzir as emissões de CO2 e pediu que a voz dos jovens e a ciência tenham mais peso nas discussões sobre a proteção climática. (21/01)
Foto: Reuters/D. Balibouse
Regina Duarte fará "teste" à frente da Secretaria de Cultura
Bolsonaro se reuniu com a atriz e ambos disseram que estão "noivos", antes de possível confirmação oficial. Ela vai a Brasília conhecer a pasta. "Quero pacificar a relação da classe artística com o governo" afirmou. Ela vinha sendo cogitada para o cargo desde a queda de Roberto Alvim, demitido após discurso no qual plagiou fala do antigo ministro nazista Joseph Goebbels. (20/01)
Foto: Imago-Images/Fotoarena/A. Horta
Deusa do mar de plástico
Nascida do lixo, esta marionete de vários metros de altura atravessa as ruas de Glasgow suspensa por guidantes e manipulada por artistas. "Storm", uma deusa do mar de altura recorde, confeccionada exclusivamente com plástico reciclado, está destinada a ser a estrela do festival Celtic Connections, realizado na maior cidade da Escócia. (19/01)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Barlow
Sobre um mar de névoa
O castelo de Vyšehrad parece saído de um conto de fadas. Normalmente ele dá vista sobre o rio Danúbio. Porém nesta manhã a construção de 1247, situada no topo de uma colina a 40 km de Budapeste está cercada por névoa densa. (18/01)
Foto: picture-alliance/dpa/B. Mohai
Bolsonaro demite secretário que plagiou ministro de Hitler
O secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, foi exonerado após ter copiado um trecho de um discurso do ministro nazista da Propaganda, Joseph Goebbels. O texto foi lidon um vídeo repleto de referências estéticas que remetem ao nazismo. As imagens e a fala provocaram repúdio maciço em redes sociais, no meio político e da embaixada da Alemanha. (17/01)
Foto: Secretária Especial da Cultura/bpk
Alemanha rejeita doação automática de órgãos
O Parlamento alemão rejeitou um projeto de lei que transformaria todo cidadão alemão num potencial doador de órgãos. A proposta defendida pelo ministro da Saúde, Jens Spahn, previa que todo cidadão seria doador, exceto aqueles quem tivesse se oposto expressamente. Os parlamentares aprovaram outra proposta, subordinando a doação de órgãos à concordância expressa do cidadão, em vida. (16/01)
Foto: picture-alliance/KEYSTONE/G. Bally
Premiê renuncia após Putin propor reformas constitucionais
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs um referendo sobre um pacote de reformas à Constituição para fortalecer o papel do Parlamento. A medida levantou suspeitas de que se trata de uma manobra para sua permanência no poder após o término de seu mandato. A desconfiança aumentou com a renúncia do premiê Dmitri Medvedev e de todo o seu gabinete, logo após o discurso do presidente. (15/01)
Foto: Reuters/M. Shemetov
Bento 16 nega coautoria de livro sobre celibato
Bento 16 pediu que o seu nome seja retirado como coautor de um livro polêmico contra a flexibilização do celibato entre os padres. O secretário do papa emérito diz que ex-pontífice "nunca aprovou nenhum projeto de livro com assinatura dupla". Coautor publica cartas trocadas com Bento e afirma que ele conhecia conteúdo e data da publicação. (14/01)
Foto: picture-alliance/dpa/D. Karmann
"Democracia em vertigem" é indicado ao Oscar
O filme "Democracia em vertigem", da diretora brasileira Petra Costa, foi indicado ao Oscar 2020 de melhor documentário. O filme aborda a ascensão e queda do PT e a crescente polarização entre esquerda e direita no país. No documentário, Costa mescla imagens históricas, trechos de reportagens e cenas dos bastidores do impeachment de Dilma Rousseff e da prisão de Lula. (13/01)
Foto: Netlix/Divulgação
Vulcão provoca retirada de milhares nas Filipinas
Milhares de pessoas foram retiradas de vários locais ao sul de Manila, por risco de uma "erupção iminente" do vulcão Taal. O Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia elevou o alerta do nível 1 para o 4, em uma escala de 5, após a atividade na cratera ter se intensificado e o vulcão ter expelido uma coluna de fumaça e cinzas de cerca de um quilômetro de altura. (12/01)
Foto: Getty Images/E. Acayan
Estátua dos milagres
Centenas de milhares de católicos celebram a Festa do Nazareno Negro nas Filipinas. Durante a procissão, uma estátua de Jesus Cristo atravessa as ruas de Manila. A crença é que ela faz milagres, e os peregrinos arriscam a vida para tentar tocá-la. Só nas primeiras horas da procissão, a Cruz Vermelha teve que atender centenas de fiéis. (11/01)
Foto: AFP/T. Aljibe
Egito reabre sinagoga do século 14 em Alexandria
O Egito reabriu uma sinagoga do século 14 que foi restaurada em Alexandria. A restauração faz parte da política de recuperação de sua rica herança cultural e religiosa, além de ser um sinal de tolerância no país de maioria muçulmana. A obra de revitalização custou 6,2 milhões de dólares. (10/01)
Foto: Reuters/M. Abd El Ghany
Emissões de incêndios na Austrália se igualam às da Amazônia
Emissões causadas pelos incêndios florestais na Austrália estão agora quase no mesmo patamar das geradas pelas chamas que atingiram a Amazônia brasileira. De setembro a 6 de janeiro, incêndios florestais na Austrália emitiram 370 milhões de toneladas de CO2. Em comparação, os incêndios na Amazônia emitiram 392 milhões de toneladas entre 1º de janeiro e 15 de novembro de 2019. (09/01)
Foto: Imago/B. Xuefei
Irã ataca bases com tropas americanas
O Irã executou sua “vingança” pela morte de um de seus generais. Mísseis foram lançados contra bases usadas pelos americanos no Iraque. O ataque não provocou baixas e os danos foram mínimos. Na foto, militares iraquianos inspecionam os destroços de um míssil. Após a ação, o presidente Donald Trump anunciou novas sanções ao Irã, mas moderou o tom e evitou falar de uma retaliação militar. (08/01)
Foto: picture-alliance/Anadolu Agency/A. Muhammed
Japão emite mandado de prisão contra esposa de Ghosn
A Justiça do Japão emitiu um mandado de prisão contra esposa de Carlos Ghosn, antigo presidente da Renault-Nissan. Carole Ghosn, de 53 anos, é acusada de prestar falso testemunho no processo de corrupção contra seu marido. A ação ocorre na sequência da misteriosa fuga de seu marido para o Líbano há uma semana. (07/01)
Foto: picture-alliance/AP Photo/Kyodo
Milhares de iranianos se despedem de general morto
Centenas de milhares de pessoas encheram as ruas de Teerã nas cerimônias em homenagem ao principal comandante militar iraniano Qassim Soleimani, morto em um ataque americano em Bagdá. Segundo a televisão estatal iraniana, a cifra de participantes teria alcançado os milhões. O governo decretou feriado na capital iraniana, para que o maior número possível de pessoas possa participar do ato. (06/01)
Foto: AFP/A. Kenare
Parlamento iraquiano aprova expulsão de tropas americanas
O Parlamento do Iraque aprovou uma resolução que pede ao governo o fim das atividades de tropas estrangeiras no país. A medida tem como alvo principal a presença de militares americanos no país e foi votada dois dias depois de um ataque dos EUA que matou o general iraniano Qassim Soleimani , em Bagdá. (05/01)
Foto: Reuters/Iraqi Prime Minister Media Office
China demite representante de Pequim em Hong Kong
A China anunciou a nomeação de Luo Huining, antigo secretário do Partido Comunista na província de Shanxi, como o novo diretor do chamado Escritório de Ligação, órgão oficial que representa Pequim em Hong Kong. Luo vai substituir Wang Zhimin, que ocupava o cargo desde 2017. Wang teria sido demitido por "julgar mal a situação em Hong Kong", de acordo com a TV RTHK. (04/02)
O mais alto comandante do setor de inteligência e das forças de segurança do Irã foi morto num ataque com drones no aeroporto de Bagdá ordenado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Qassim Soleimani, líder da poderosa Força Quds, esteve por trás de praticamente todas as operações significativas da inteligência e das forças militares iranianas durante as duas últimas décadas. (03/01)
Foto: picture-alliance/AP/Iraqi Prime Minister Press Office
Austrália em chamas
O avanço descontrolado dos incêndios florestais no sudeste da Austrália levou dezenas de milhares de moradores e turistas a abandonarem as comunidades costeiras da região, em meio a uma operação de evacuação que envolve navios e helicópteros militares. Mais de 200 focos de incêndio ameaçam diversas cidades nos estados de Nova Gales do Sul e Victoria. Aumento do calor deve agravar condições.(02/01)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Davey
Incêndio em zoológico alemão
Um incêndio na madrugada atingiu a jaula dos macacos de um zoológico no oeste da Alemanha e matou mais de 30 animais. Tragédia na cidade de Krefeld deixa policiais, bombeiros e funcionários em choque. Suspeita é de que fogos proibidos tenham sido a causa. (01/01)