Como clima impacta Canal do Panamá e cadeias de suprimentos
Dirk Kaufmann
3 de junho de 2023
Os níveis de água estão baixos na via por causa de escassez de chuva na América Central. Especialistas temem que o consumidor comum acabe pagando o preço.
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O Canal do Panamá liga o Oceano Atlântico ao Pacífico. Sua criação gerou grande benefício para o transporte marítimo global. Antes da conclusão do canal, um navio tinha que contornar o extremo sul da América do Sul, uma rota muito mais longa e perigosa.
O mar ao redor do tempestuoso Cabo Horn foi durante séculos um verdadeiro cemitério de navios. Milhares de marinheiros morreram e inúmeros navios foram perdidos na região. Mas a passagem pelo Canal do Panamá encurtou a viagem em mais de 13 mil quilômetros, economizando dinheiro e tempo.
Mas agora, a mudança climática parece estar ameaçando essa rota. Cada vez que as eclusas do canal são abertas, milhões de litros de água doce correm para o mar. Como consequência, o nível da água no canal cai. Depois, essa água é reposta. No entanto, agora residentes, conservacionistas e meteorologistas estão observando uma diminuição nas chuvas na América Central como resultado da mudança climática. O que significa menos água para o canal. E se a água doce que sai das eclusas do canal não puder mais ser reposta, os grandes navios terão cada vez mais dificuldade para passar por ele.
De onde vem toda essa água?
O Canal do Panamá usa tanta água doce porque os navios precisam passar por uma dúzia de eclusas que os levam 26 metros para cima e para baixo. Segundo a empresa de consultoria Everstream, que monitora e avalia cadeias de suprimentos em nome de empresas internacionais, são necessários cerca de 200 milhões de litros de água para cada passagem de navio pelo canal.
Autoridade do Canal do Panamá, que é responsável pela operação da via, emitiu severas restrições de calado nos últimos meses. O calado de um navio é a distância entre a linha d'água e o fundo do navio. Essa medição determina quanta água um navio precisa para navegar com segurança. Se um navio é carregado com mercadorias pesadas, ele afunda mais criando, um calado maior.
O calado operacional normal para o canal é de 15,24 metros. No início de maio, as autoridades divulgaram um ajuste de calado para as eclusas Neo-Panamax – o termo se refere aos limites de tamanho de alguns dos maiores navios que atravessam o canal – com base nos níveis de água projetados. A partir de 24 de maio, os maiores navios que trafegam pelo canal estarão limitados a calados de até 13,56 metros. Uma semana depois, em 30 de maio, será reduzido novamente para 13,4 metros.
Para piorar as coisas, os analistas da Everstream não esperam que a situação melhore até o final da primavera. Na verdade, as coisas podem piorar para o negócio de transporte marítimo.
A Hapag-Lloyd, empresa de navegação com sede em Hamburgo, na Alemanha, e outras transportadoras internacionais responderam ao problema carregando menos contêineres para reduzir o calado de seus navios.
Para compensar a perda de receita, a Hapag-Lloyd introduzirá uma sobretaxa de 500 dólares por contêiner que passar pelo Canal do Panamá a partir de junho. Especialistas em comércio temem uma interrupção nas cadeias de suprimentos e tempos de transporte mais longos que afetarão os preços.
Nem todos estão apavorados
Vincent Stamer tem uma visão mais relaxada dos níveis de água no Canal do Panamá e as possíveis consequências para o comércio global. "Não será realmente crítico para as cadeias de suprimentos por enquanto", disse à DW o economista do Instituto para a Economia Mundial (IfW), de Kiel.
Não será como em 2021, quando o cargueiro Ever Given emperrou e bloqueou o Canal de Suez. "O Canal do Panamá não é tão importante para a economia global quanto o Canal de Suez", explicou Stamer. Além disso, 90% do comércio mundial é movimentado pelos oceanos do mundo e tem demonstrado uma resiliência relativamente pronunciada nos últimos anos, segundo o especialista. "Após as múltiplas tensões causadas pelo congestionamento de navios, fechamentos de portos e bloqueios nos últimos anos, as cadeias de suprimentos se recuperaram significativamente", ressaltou.
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Consequências globais das mudanças climáticas
Também na Europa, os baixos níveis de água causaram dores de cabeça para as autoridades nos últimos anos. No verão passado, o Reno, uma importante artéria de navegação interior, enfrentou em baixas recordes em algumas áreas. Isso prejudicou o transporte e as entregas às fábricas. Também fez com que o preço da gasolina e do óleo para aquecimento subisse. A falta de neve nos Alpes ameaça criar o mesmo problema novamente este ano.
As autoridades de navegação marítima estão considerando contramedidas para o Reno, como aprofundar o rio em alguns lugares. Outra solução, muito mais cara, seria construir barragens que pudessem ser usadas para manter ou aumentar o nível das águas em trechos importantes do rio.
Para o Canal do Panamá, outras soluções estão sendo consideradas. Elas incluem comportas que coletam água doce em bacias para reutlização posterior. Para isso, estão sendo estudadas as possibilidades de desenvolver e explorar outras fontes de água próximas ao canal. A construção de reservatórios e usinas de dessalinização de água salgada também está sendo considerada.
Muitas outras opções
Se todas essas contramedidas vierem muito lentamente e a passagem pelo canal se tornar antieconômica, a Europa estaria ameaçada com algo semelhante ao desastre do fechamento do Canal de Suez?
"Não, definitivamente não", assegura Vincent Stamer. "Apenas 2% do comércio marítimo alemão vai para a costa do Pacífico dos continentes americanos. As conexões marítimas com a costa leste dos EUA e o comércio rodoviário com os países europeus vizinhos desempenham um papel muito maior", disse ele.
Até que sejam encontradas soluções de longo prazo para o Canal do Panamá, o economista vê outras formas de lidar com a escassez de água na América Central. "Reduzir a carga é certamente o caminho mais fácil para as empresas de navegação. E o uso de navios menores também é possível."
Stamer também vê outras alternativas. "A rota de transporte da Ásia através do Canal do Panamá para a costa leste dos EUA pode ser parcialmente redirecionada pelo Canal de Suez", disse. "Na rota entre a Europa e a costa oeste dos Estados Unidos, as alternativas estão menos consolidadas. Mas é concebível uma combinação das medidas anteriores com uma maior utilização do transporte aéreo ou terrestre através dos Estados Unidos", concluiu.
O mês de junho em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Colombian Military Forces/Handout/REUTERS
Bolsonaro é declarado inelegível
Por 5 votos a 2, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por oito anos. Com isso, ele só poderá voltar a disputar eleições em 2030, quando tiver 75 anos. A maioria dos ministros entendeu que Bolsonaro cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada em julho de 2022. (30/06)
Foto: Mateus Bonomi/AA/picture alliance
Protestos tomam a França após policial matar jovem
O assassinato de um adolescente por um policial perto de Paris provocou indignação e protestos na França após vídeos mostrarem Nahel, de 17 anos, sendo baleado à queima-roupa durante uma blitz de trânsito na terça-feira em Nanterre. O presidente Emmanuel Macron descreveu o incidente como "indesculpável", e o policial que atirou foi preliminarmente denunciado por homicídio doloso. (29/06)
Foto: Ibrahim Ezza/NurPhoto/IMAGO
Partes do submarino Titan são retiradas do mar
Destroços do submersível Titan foram retirados do mar, dias após a Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmar a implosão da embarcação no fundo do oceano. O pequeno submarino viajava em direção aos destroços do Titanic com cinco pessoas a bordo quando implodiu, sem deixar sobreviventes. Investigadores canadenses e americanos agora apuram a causa do incidente. (28/06)
Foto: Paul Daly/ZUMA Press/IMAGO
Klimt bate recorde em leilão de arte na Europa
A pintura "Senhora com Leque", do austríaco Gustav Klimt, foi leiloada em Londres por 74 milhões de libras (cerca de R$ 453 milhões), estabelecendo um novo recorde em leilões de arte na Europa. Descrito como um "retrato bonito, rico e sedutor de uma mulher sem nome", o quadro estava no cavalete quando foi encontrado no estúdio de Klimt após sua morte em fevereiro de 1918, aos 55 anos. (27/06)
Foto: Wiktor Szymanowicz/AA/picture alliance
O presidente russo, Vladimir Putin, fala em pronunciamento televisionado
Motim do Grupo Wagner, organização paramilitar que combate ao lado das tropas russas na Ucrânia, foi abortado em menos de 24 horas após acordo mediado por Belarus. "A revolta teria sido reprimida de qualquer maneira, mas eu dei a ordem para evitar derramamento de sangue", garantiu Putin, para quem a Ucrânia e o Ocidente querem ver russos matarem uns aos outros. (26/6)
Um candidato do partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) foi eleito líder do distrito de Sonneberg, no estado da Turíngia – marcando a primeira vez que a legenda garante um gabinete local. Robert Sesselmann venceu com 52,8% dos votos, derrotando seu adversário, Jürgen Köpper, da União Democrata Cristã (CDU), que foi apoiado por todos os principais partidos alemães. (25/06)
Foto: Martin Schutt/dpa/picture alliance
Mercenários russos se rebelam e depois suspendem motim
O chefe do grupo russo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, lançou na madrugada de sábado uma insurreição contra o comando militar do país, e seus combatentes rumaram em comboio por uma estrada em direção a Moscou. No início da noite, ele anunciou um acordo com o Kremlin e suspendeu a sublevação. Prigozhin irá pela Belarus e não será processado, e seus homens ficam livres de punição. (24/06).
Foto: REUTERS
Macron anuncia acordo para destinar US$ 100 bi anuais para clima
O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou que nações desenvolvidas finalizaram um acordo que visa cumprir uma promessa de disponibilizar anualmente US$ 100 bilhões para o combate a mudanças climáticas em países em desenvolvimento. O anúncio foi feito ao lado do presidente Lula, durante a Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global. (23/06)
Foto: Stephanie Lecocq/REUTERS
Confirmada implosão de submarino e morte dos passageiros
A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou que destroços encontrados no fundo do oceano por um veículo operado remotamente pertencem ao submersível Titan, que havia desaparecido dias antes com cinco pessoas a bordo. O pequeno submarino, que levava turistas aos destroços do Titanic, implodiu perto do navio naufragado, sem deixar sobreviventes, disseram as autoridades americanas. (22/06)
Foto: OceanGate/ZUMA Wire/IMAGO
Papa Francisco e Lula reúnem-se no Vaticano
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se com o papa Francisco, no Vaticano, e discutiu com o pontífice a guerra na Ucrânia e a situação política de países da América Latina, entre outros temas. O brasileiro presenteou o papa com uma gravura do artista pernambucano J.F. Borges, e ganhou dele um baixo-relevo em bronze com a frase "A paz é também uma flor frágil". (21/06)
Foto: Palacio Planalto/dpa/picture alliance
Rebelião em cadeia de Honduras deixa mais de 40 mortos
Mais de 40 detentas de uma prisão feminina em Honduras morreram em uma rebelião seguida de um incêndio que, segundo familiares, pode ter sido desencadeado por um confronto entre gangues rivais. O incidente ocorreu no Centro Feminino de Adaptação Social, localizado a cerca de 20 quilômetros de Tegucigalpa. (20/06)
Foto: Fredy Rodriguez/REUTERS
Submarino que levava turistas para ver destroços do Titanic desaparece
Um veículo submersível que costuma transportar turistas para ver os destroços do Titanic desapareceu em alto mar, desencadeando uma operação de resgate. Pelo menos cinco pessoas estavam no submarino. Algumas empresas organizam viagens para ver os restos do Titanic, que se encontram a uma profundidade de 3.800 metros e a uma distância de cerca de 640 km da ilha canadense de Newfoundland. (19/06)
Foto: AP/picture alliance
Blinken em Pequim
Os chefes da diplomacia da China, Qin Gang, e dos EUA, Antony Blinken, reuniram-se em Pequim, iniciando a primeira visita de um secretário de Estado americano ao país asiático em cinco anos. Blinken é também o mais alto funcionário americano a visitar a China desde que o presidente Joe Biden iniciou o mandato, em 2021. Guerra na Ucrânia e a questão de Taiwan estão na pauta da visita. (18/06)
Foto: LEAH MILLIS/REUTERS
Charles 3° comanda parada "Trooping the Colour"
Charles 3° comandou pela primeira vez o tradicional desfile anual que celebra o aniversário oficial do chefe de Estado britãnico. Embora o aniversário de Charles 3° seja em 14 de novembro, o terceiro domingo de junho é reservado para esta celebração, para aproveitar o bom tempo na capital britânica. Foi a primeira vez em quase quatro décadas que um monarca compareceu ao desfile cavalgando. (17/06)
Foto: ADRIAN DENNIS/AFP/Getty Images
Vila escapa de sumir do mapa por um triz
A pequena vila de Brienz, na Suíça, escapou por um triz de ser varrida completamente do mapa. De acordo com autoridades locais, um enorme deslizamento de terra e rochas não atingiu Brienz "por um fio de cabelo". Há semanas, as autoridades locais monitoravam a iminência do desastre. Por essa razão, os pouco mais de 80 moradores da vila foram obrigados a deixar suas casas. (16/06)
Foto: ARND WIEGMANN/AFP/Getty Images
ONU diz que condição da usina nuclear de Zaporíjia é grave, mas estável
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, visitou a usina nuclear de Zaporíjia e disse que a situação no local é grave, mas estável. O rompimento da barragem de Kakhovka levantou temores da agência da ONU de um colapso na central nuclear, ocupada pelas tropas russas, que usa a água da represa para seus tanques de refrigeração. (15/06)
Foto: Alexei Konovalov/dpa/picture alliance
Louvre protege ícones bizantinos ucranianos
O Museu do Louvre, em Paris, está expondo cinco raros ícones bizantinos, parte de um grupo de 16 peças resgatadas da Ucrânia sob invasão russa, que contam entre as obras de arte mais valiosas do mundo. Eles estavam em um museu de Kiev e foram levados em 10 de maio para a França, passando pela Polônia e a Alemanha, sob escolta militar. Entre os ícones, está 'São Sérgio e São Baco'. (14/06)
Foto: Bohdan und Varvara Khanenko/Louvre/dpa/picture alliance
Trump vira réu pela segunda vez e se diz inocente
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump se declarou nesta terça-feira "não culpado" num tribunal federal em Miami pelas 37 acusações apresentadas contra ele, relacionadas com desvio e ocultação de documentos confidenciais.
O republicano é o primeiro ex-presidente dos EUA a ser indiciado criminalmente pela Justiça federal. (13/06)
Foto: Jane Rosenberg/REUTERS
Lula recebe Von der Leyen em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se em Brasília com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e reforçou pontos de resistência do Brasil para a conclusão do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Após o encontro, Von der Leyen anunciou uma doação de 20 milhões de euros (cerca de R$ 100 milhões) para o Fundo Amazônia. (12/06)
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Djokovic vance Roland Garros e chega a 23 Grand Slams
O tenista sérvio Novak Djokovic venceu pela terceira vez Roland Garros e chegou ao seu 23º título de Grand Slam, ultrapassando o espanhol Rafael Nadal, que não pôde jogar nesta temporada em Paris. Djokovic voltou a ser o número 1 do ranking mundial ao derrotar na final o norueguês Casper Ruud, por 3 sets a 0. Aos 36 anos e 20 dias, ele é o mais velho tenista a conquistar Roland Garros (11/06)
Foto: LISI NIESNER/REUTERS
Crianças são encontradas vivas após 40 dias na selva da Colômbia
Quatro crianças indígenas que estavam desaparecidas há 40 dias numa região de selva na Colômbia foram encontradas vivas por soldados. Elas sobreviveram à queda do avião em que viajavam com três adultos. Os sobreviventes são os irmãos Lesly Mukutuy, de 13 anos, Soleiny Mukutuy, de 9 anos, Tien Noriel Ronoque Mukutuy, de 4 anos, e o bebê Cristin Neruman Ranoque, de 11 meses. (10/06)
Foto: Colombia's Armed Force Press/AP/picture alliance
Agora formada, Greta Thunberg faz sua última greve escolar
A ativista climática sueca Greta Thunberg participou de sua última greve escolar pelo clima, no mesmo dia de sua formatura do ensino médio. Ela foi protestar na frente do Parlamento da Suécia, no mesmo local onde se sentou sozinha pela primeira vez, em 2018, para exigir ações mais duras contra as mudanças climáticas, iniciando uma onda de manifestações de estudantes (09/06)
Foto: Marie Mannes/REUTERS
Ataque a faca deixa crianças feridas na França
Um ataque a faca em Annecy, no sudeste da França, deixou ao menos quatro crianças feridas e dois adultos. De acordo com as autoridades, as crianças têm entre 22 meses e 3 anos e duas estão em estado grave, assim como um dos adultos.
A primeira-ministra da França, Elisabeth Borne, informou que o suspeito é um sírio de 31 anos, que recebeu asilo na Suécia há dez anos. (08/06)
Foto: picture alliance/dpa/MAXPPP
Ucranianos resgatam seus pertences após ruptura de barragem
Moradores da cidade ucraniana de Kherson resgatam seus pertences após ruptura de uma barragem na região. Kiev culpa soldados russos e aponta "crime de guerra", com danos ambientais e humanitários. Moscou, que controla a área, devolve a acusação. Milhares de pessoas tiveram que ser evacuadas. (07/06)
Foto: picture alliance/dpa/AP
Kiev acusa Moscou de explodir barragem
A Ucrânia acusou as forças russas de terem explodindo uma grande barragem e usina hidrelétrica em Kherson, região do sul da Ucrânia sob controle de Moscou, gerando uma ameaça do que Kiev chamou de "desastre ecológico" devido a possíveis inundações maciças. As autoridades russas responderam que a barragem foi danificada por ataques ucranianos. Milhares de pessoas foram evacuadas. (06/06)
Foto: OLEG TUCHYNSKY/AFP
Lula promete zerar desmatamento ilegal na Amazônia até 2030
O presidente Lula anunciou medidas de proteção da floresta amazônica e de combate às mudanças climáticas. Ao lado do vice-presidente, Geraldo Alckmin, dos ministros das Finanças, Fernando Haddad, do Meio Ambiente, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, ele garantiu que sua gestão fará tudo para reduzir a perda da vegetação na Amazônia e zerar o desmatamento ilegal até 2030. (05/06)
Foto: Eraldo Peres/AP Photo/picture alliance
Centenas de milhares protestam contra governo Polonês
Meio milhão de pessoas protestaram nas ruas de Varsóvia contra o governo nacionalista populista do país, a poucos meses das eleições legislativas. Procedentes de toda a Polônia, os manifestantes, com bandeiras com as cores polonesas e da União Europeia, responderam a convocação do líder da opisção Donald Tusk para protestar contra o partido governista PiS (04/06)
Foto: Czarek Sokolowski/AP Photo/picture alliance
Três israelenses e um egípcio morrem em incidente na fronteira
Três soldados israelenses morreram em um incidente com um policial egípcio, que foi morto em seguida na fronteira entre os dois países. O Egito informou que um membro das suas forças de segurança atravessou um ponto de controle entre os dois países e que em seguida "uma troca de tiros aconteceu com as forças de segurança de Israel, que provocou três mortes do lado israelense". (03/06)
Foto: Tsafrir Abayov/AP Photo/picture alliance
Acidente com três trens mata ao menos 280 pessoas na Índia
Pelo menos 280 pessoas morreram e mais de 850 ficaram feridas em um acidente envolvendo dois trens de passageiros e um de carga no leste da Índia, perto da localidade de Bahanaga. A Índia tem a quarta maior rede ferroviária do mundo, depois de EUA, Rússia e China, com cerca de 68 mil quilômetros, mais de 21 mil trens e 7.349 estações, transportando diariamente 23 milhões de passageiros. (02/06)
Foto: Press Trust of India/dpa/picture alliance
Lula confirma indicação de Zanin para vaga no STF
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que indicará o advogado Cristiano Zanin para ocupar a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) aberta após a aposentadoria de Ricardo Lewandowski. Zanin defendeu o presidente dos processos da Lava Jato, conseguindo uma vitória que levou à anulação da sentenças contra o petista proferidas pelo então juiz e hoje senador Sergio Moro. (01/06)