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Como diferenciar uma gripe comum do novo coronavírus?

26 de fevereiro de 2020

Febre, tosse e fadiga: com sintomas semelhantes, pode ser difícil saber diferenciar o novo coronavírus de gripe ou resfriado comuns. Confira o que costuma ou não caracterizar infecções pelo vírus.

Enfermeiras com máscaras
Na dúvida, é melhor procurar um médico que pode coletar muco e verificar se há presença do coronavírusFoto: picture alliance/dpa/B. Thissen

À primeira vista, os sintomas do novo coronavírus, batizado Sars-Cov-2 e surgido na China, são semelhantes aos de um resfriado ou gripe comuns. Mas há diferenças.

Os sintomas mais comuns incluem:

- Febre

- Tosse seca

- Falta de ar

- Dores musculares

- Fadiga

Entre os sintomas menos comuns estão:

- Acúmulo de muco nas vias aéreas

- Dor de cabeça

- Expectoração com presença de sangue (hemoptise)

- Diarreia

Sintomas atípicos para o coronavírus:

- Coriza

- Dor de garganta

Coriza e dor de garganta são sinais típicos de infecção respiratória do trato superior. Portanto, aqueles que têm crises de espirros ou nariz escorrendo provavelmente têm gripe ou resfriado comum.

Como o novo coronavírus geralmente afeta o trato respiratório inferior, a maioria dos infectados apresenta tosse seca, falta de ar ou pneumonia, mas não dor de garganta.

Muitos inicialmente não apresentam sintomas

Muitos dos infectados com o novo vírus inicialmente não apresentaram sintomas. De acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), agência de controle e prevenção de doenças do governo alemão, o novo vírus tem um período de incubação de até 14 dias.

Se você não tiver certeza do que tem ou estiver preocupado, consulte um médico. Um profissional de saúde pode fazer uma análise de amostra de fleuma (muco) para determinar a presença ou ausência de vírus respiratórios.

As máscaras respiratórias ajudam?

Na verdade, não. Vírus não são transmitidos pelo ar, e o coronavírus atual é transmitido por gotículas ou contato direto com alguém infectado. Portanto, é melhor manter uma distância segura daqueles que estão ou podem estar com a doença. Uma das principais medidas preventivas é lavar as mãos regularmente com sabão e água. Também recomenda-se usar toalhas descartáveis ​​ao secar as mãos.

Gripe ou resfriado?

Até os médicos podem ter dificuldade em distinguir entre um caso de infecção por influenza e um resfriado comum quando confrontados com os sintomas de um paciente.

Com um resfriado, a maioria das pessoas fica com a garganta arranhando, depois o nariz escorrendo e, eventualmente, desenvolve tosse. Esses sintomas, assim como febre e dor de cabeça, podem atormentar uma pessoa por dias, fazendo com que se sinta apática.

Já a gripe atinge a pessoa de uma só vez: a cabeça e os membros de um paciente com gripe doem, uma tosse seca começa, a voz fica rouca, ocorrem dores na garganta e febre alta (até 41 °C), geralmente acompanhada de calafrios. O paciente só quer ficar na cama, se sente exausto, não tem apetite e pode dormir por horas a fio.

Um resfriado comum geralmente passa dentro de alguns dias, e a maioria dos sintomas desaparece após cerca de uma semana. Uma gripe é mais persistente, mantendo a pessoa acamada por pelo menos uma semana, e em alguns casos leva várias semanas até que a pessoa realmente se sinta saudável novamente.

Quando antibióticos devem ser usados?

A maioria dos resfriados e gripes é causada ​​por vírus, contra os quais os antibióticos são inúteis. Antibióticos fortalecem as defesas do corpo, matando ou impedindo o crescimento de bactérias, mas também atacam as paredes celulares ou processos metabólicos de microrganismos.

A penicilina, por exemplo, destrói a síntese de bactérias na parede celular. As paredes celulares porosas tornam impossível a sobrevivência dos patógenos, literalmente causando a explosão. Mas isso só funciona em bactérias, e não em vírus.

O uso de antibióticos faz sentido nos casos em que as bactérias entram no corpo de alguém que está com o sistema imunológico enfraquecido, e começam a se multiplicar. Esse processo pode levar a uma infecção, e às vezes causa danos permanentes em órgãos. Pneumonia, amigdalite, cistite e meningite são frequentemente causadas por bactérias – portanto, faz sentido combatê-las com antibióticos.

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