Setor de apostas no Brasil gasta bem acima da média mundial em publicidade. Segundo especialistas, regulação insuficiente no país também abriu porta para práticas agressivas para manter usuários presos a apostas.
Gastos de empresas de apostas no Brasil supera média de outros paísesFoto: Daniel Cymbalista/Fotoarena/IMAGO
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Na atual Copa do Mundo de Clubes, um dos principais destaques é a onipresença das propagandas das casas de apostas. Observando as estratégias das plataformas, o investimento faz total sentido: levantamento do setor apontou que, ao longo da vida, cada cliente conquistado pelas bets rende, em média, quase sete vezes o que se gastou para atraí-lo.
Apesar da regulamentação, as plataformas seguem com estratégias e um marketing pesado para fazer com que os apostadores sigam jogando, algo criticado por especialistas.
No ano passado, um relatório do Itaú Unibanco estimou os gastos do setor com marketing no Brasil entre R$ 5,8 e 8,8 bilhões. Como resultado, a hipótese do banco é a de que as empresas do setor gastem entre 45% e 75% de suas receitas com publicidade, algo impensável para outros setores. Em 2023, a estimativa é de que 3,5 bilhões destes gastos tenham sido direcionados ao ambiente esportivo.
As camisas de clubes são o efeito mais visível deste cenário no Brasil. Atualmente, todas as equipes da primeira divisão do país contam com casas de apostas como seus principais patrocinadores. Agentes de outros setores alegam que as plataformas inflacionaram o mercado e fizeram com que fosse inviável seguir no meio.
"Há uma particularidade destas plataformas, que é a de envolver muito retorno com um serviço que demanda custo de manutenção muito baixo, o que ajuda a explicar como o foco da receita vai para o marketing, já que trazer novos usuários é o principal", afirma Eric Messa, professor de Midia Digital e coordenador dos cursos de Publicidade e Relações Públicas do Centro Universitário Armando Alvares Penteado (FAAP).
Em comparação com a média mundial, os investimentos em publicidade no Brasil se destacam. Segundo o levantamento do Itaú Unibanco, no Reino Unido, o gasto com marketing tem se situado em torno de 20% da receita bruta das empresas.
Nos Estados Unidos, onde o mercado de apostas também está em fase de expansão, as empresas gastam próximo a 30% de suas receitas. "No Brasil, as empresas se aproveitam de um consumidor ainda muito inexperiente. Uma sociedade mais madura para o tema talvez já não gaste tanto com apostas", avalia Messa.
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Lucratividade do mercado
No ano passado, relatório da OpenBet, empresa que presta serviços ao setor, apontou que cada usuário tem custo em média de aquisição para a plataforma de R$ 354, mas que, ao longo da vida, rende R$ 2.735 para a casa.
Na visão de Messa, trata-se de uma grande reversão, e que explica como o setor pode gastar tanto em comunicação. "Chega a desequilibrar os valores do mercado, como é o caso que vemos nos patrocínios esportivos. Os espaços vão priorizar as casas de apostas, já que outras empresas não terão como pagar o mesmo", aponta.
Deste público, a maior parte, com 39%, gasta entre R$ 10 e R$ 50 por semana com apostas, enquanto uma menor parcela, 7%, faz aportes superiores a R$ 200.
Cerca de 50% dos apostadores de esportes online apostam semanalmente, enquanto 21% apostam diariamente. Até 2026, a expectativa é de que o país tenha 39 milhões de contas ativas e que, cada uma, gere, em média, R$ 745 em receita bruta em jogos (GGR, na sigla em inglês), que representa o valor que recebido pela plataforma, mas descontado dos prêmios pagos aos ganhadores.
Bets estão em 60% das propagandas em campo no Brasileirão
Efeitos da regulamentação
No começo de 2025, passou a valer a regulamentação para o setor no país, que criou algumas medidas elogiadas por especialistas, como a proibição de afirmar que apostas são um meio de se obter renda extra e os chamados "bônus de boas-vindas", que serviam para atrair novos usuários. O marketing dirigido a menores de idade também foi amplamente restrito.
"Entre 2018 e 2023, houve a falha de deixar correr solta a publicidade, com um cenário de caos, com o jogador sendo estimulado a apostar cada vez mais", afirma Christian Printes, gerente jurídico do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec).
Por sua vez, o modelo atual, focado na autorregulamentação, é ineficiente em sua visão, já que tende a favorecer os prestadores de serviços sem abordar o consumidor em posição vulnerável.
Ele lembra que as restrições a menores não impedem que os jovens sigam convivendo com a publicidade durante transmissões esportivas, ou nas próprias redes sociais, que, apesar dos termos de uso, muitas vezes contam com utilizadores com menos de 18 anos.
A visão é compartilhada por Ivelise Fortim, professora de psicologia e de tecnologia em jogos digitais da PUC-SP, que avalia que houve pouca mudança na prática com a regulamentação. "Muitos influenciadores seguem fazendo a publicidade, enquanto o futebol normaliza a prática", pontua.
Além disso, em sua visão, o fato de as apostas serem apontadas como produtos para adultos responsabiliza as famílias pelo eventual envolvimento dos jovens com o jogo, o que frequentemente é difícil controlar no ambiente digital.
No ano passado, um relatório do Itaú Unibanco estimou os gastos do setor de apostas com marketing no Brasil entre R$ 5,8 e 8,8 bilhões.Foto: Iolanda Paz/DW
"Jogue agora e ganhe"
Fortim destaca ainda uma série de mecanismos utilizados pelas plataformas para estimular os usuários a jogarem mais, incluindo ofertas de bônus e promoções anunciadas como temporárias que ofertam supostas vantagens caso os usuários usem a plataforma naquele período de tempo delimitado pela empresa.
A DW fez uma ampla busca pelas redes sociais das plataformas regulamentadas no país, e encontrou que a oferta de bônus, normalmente chamadas de "rodadas grátis" ou "giros" para cassinos se tornou uma das principais formas de atração para que os usuários sigam apostando.
"Este tipo de oferta, como as rodadas grátis, pode ser visto como prática abusiva das empresas, uma vez que prevalecem da ignorância do consumidor para impingir um produto", avalia Printes.
Na visão de Printes, é importante avaliar o modelo de negócios destas empresas, o que ajudaria na compreensão dos riscos de tais ofertas. "Pelas chances, você vai mais perder do que ganhar pela própria dinâmica da aposta que é feita ali. Sabemos que é incompatível com o que é prometido. Ou o próprio negócio não existiria, já que a conta não fecharia", ressalta.
"Temos que ver com muita parcimônia esse estímulo para que o consumidor siga jogando. Estão sempre ali tentando empurrar um produto para alguém que muitas vezes não tem a capacidade de entender todos os termos do que aquilo significa", pondera.
Outro elemento em questão é a exibição das chamadas "odds" nas transmissões, as probabilidades que as equipes possuem, e, consequentemente, o rendimento de cada aposta. Recentemente, se tornou comum que os canais esportivos exibam estas informações no Brasil. "As odds estimulam a jogar naquele momento, e instigam ao jogo, sendo uma publicidade que não deveria ocorrer", pontua Printes.
No Senado, um projeto de restrição da publicidade de apostas esportivas proíbe a exibição das odds. Aprovado na Casa, a proposta ainda deve ser votada na Câmara.
Em ao menos três casos, a reportagem encontrou conteúdos nos stories do Instagram que violam as regras da regulamentação. Nestes casos, jogadores se gravavam jogando nas plataformas e conseguiam ganhos que diziam ser fáceis, sem nunca perder. A prática que foi recorrente entre muitos influenciadores, com alguns confessando o uso de logins falsos e programados para as reproduções viciadas.
"Que pancada, meu amigo. Aumentei a bet, acho que tem seis símbolos ali, do melhor símbolo do jogo. São R$ 2 mil com o mega ganho. Se liga no próximo stories que tem link para vocês do nosso Fortune Tiger", afirma o autor de um dos vídeos, no qual aparece jogando o cassino online que se popularizou no país como "jogo do Tigrinho".
O próprio uso de figuras como o tigrinho e a do foguetinho, outro cassino online popular no país, fazem parte de uma estratégia conhecida como "gamificação" das apostas, aponta Fortim. Segundo a especialista, o design manipulativo nestes casos é uma tática recorrente das empresas do setor, e que conta com especial apelo junto aos jovens. Na visão Printes, barrar a publicidade deste tipo de animação seria outro passo importante na regulamentação do setor.
O mês de junho em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Leo Correa/AP/picture alliance
Parada LGBTQ+ de Budapeste reúne multidão apesar de veto
Milhares de defensores dos direitos LGBTQ+ na Hungria desafiaram uma lei recém-aprovada pelo governo de Viktor Orbán e foram às ruas de Budapeste neste sábado para uma parada repleta de símbolos do movimento, como bandeiras do arco-íris, e de celebração da diversidade sexual. Os organizadores estimaram que havia de 180 mil a 200 mil participantes. (28/06)
Foto: Rudolf Karancsi/AP/picture alliance
Suprema Corte dos EUA limita poder de juízes federais para bloquear Trump
Em vitória para Donald Trump, tribunal restringe capacidade de juízes de instâncias inferiores de barrar políticas potencialmente inconstitucionais, ao julgar um caso envolvendo o direito à cidadania por nascimento. Decisão altera o equilíbrio de poder entre o Judiciário e a Presidência. (27/06)
Foto: Allison Bailey/NurPhoto/picture alliance
"Demos um tapa na cara da América", afirma líder do Irã
Em seu primeiro pronunciamento desde o cessar-fogo que pôs fim a 12 dias de guerra contra Israel, Khamenei contrariou a narrativa utilizada por Washington e Tel Aviv e disse que seu país saiu vitorioso após o conflito contra Israel e os EUA. Ministro iraniano do Exterior contradiz Trump e nega planos de voltar a negociar com os Estados Unidos. (26/06)
Foto: ROPI/picture alliance
Corpo de Juliana Marins é resgatado na Indonésia
Equipes de resgate recuperaram o corpo da turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, encontrada morta no vulcão Monte Rinjani. O resgate foi feito por meio de cordas e içamento. A brasileira caiu em uma área de difícil acesso na sexta-feira (20/06) e foi encontrada sem vida na terça, após tentativas frustradas de alcançá-la. (25/06)
Foto: BASARNAS/AP Photo/picture alliance
Irã e Israel aceitam cessar-fogo proposto por Trump
Nas primeiras horas da trégua, países se acusaram mutuamente de violá-la. O presidente americano Donald Trump reagiu com irritação: "Não estou feliz com Israel. Não estou feliz com o Irã também, mas Israel tem de se acalmar", disse. A advertência parece ter surtido efeito: Israel cancelou um ataque mais amplo contra Teerã e ordenou a volta de seus aviões. (24/06)
Foto: Chip Somodevilla/Getty Images
Em ação sem maiores danos, Irã responde a EUA com mísseis no Catar
Em resposta ao bombardeio dos EUA a instalações nucleares, o Irã disparou mísseis contra uma base militar americana no Catar. A ação – "fraca", nas palavras de Donald Trump, que teria sido avisado com antecedência – não deixou feridos. Segundo o Catar, os mísseis foram interceptados. (23/06)
Foto: Stringer/Anadolu/picture alliance
EUA entram na guerra no Irã e atacam instalações nucleares
Nove dias após início da campanha militar israelense, o presidente Donald Trump anuncia que aviões dos EUA "obliteraram" três instalações nucleares iranianas e ameaça Teerã com mais ataques se regime não aceitar imposição de um acordo. Um dos alvos foi o complexo subterrâneo de Fordo (foto). Ataques foram confirmados pelo Irã, mas a extensão dos danos ainda é desconhecida. (22/06)
EUA enviam bombardeiros, e tensão no Oriente Médio escala
Apontados como os únicos capazes de bombardear alvos subterrâneos de difícil acesso no Irã, aviões americanos B-2 foram enviados a Guam, uma ilha no Pacífico. Embora motivo do deslocamento não estivesse claro, ele ocorreu num momento em que o presidente americano Donald Trump avaliava a possibilidade de interferir diretamente na guerra entre Israel e Irã. (21/06)
Foto: Matrixpictures/picture alliance
Parlamento britânico aprova legalização do suicídio assistido
A câmara baixa do Parlamento do Reino Unido aprovou um projeto de lei que permite a adultos com doenças terminais encerrarem voluntariamente suas vidas. A votação representa um passo rumo à legalização do suicídio assistido, sendo considerada uma das mudanças mais significativas na política social britânica em décadas. O procedimento já é legal em países como Espanha e Áustria. (20/06)
A escalada militar entre Israel e Irã se agravou no sétimo dia do conflito, quando um míssel iraniano provocou danos ao principal hospital do sul de Israel e ataques aéreos israelenses atingiram uma importante instalação nuclear iraniana. O centro médico Soroka, na cidade de Bersebá, foi atingido por um míssil balístico, deixando vários feridos. (19/06)
Foto: Tsafrir Abayov/Anadolu /picture alliance
Milhares protestam na Argentina contra prisão de Cristina Kirchner
Apoiadores da ex-presidente da Argentina saíram às ruas em defesa da líder peronista, que começou a cumprir seis anos de prisão domiciliar por corrupção. Os manifestantes se concentraram em frente à casa do governo argentino e se espalharam pelas ruas vizinhas. Em discurso, Kirchner prometeu "voltar com sabedoria", apesar de não poder mais se candidatar a cargos públicos. (18/06).
Foto: Gustavo Garello/AP Photo/picture alliance
PF indicia Carlos Bolsonaro e Ramagem por "Abin paralela"
A PF concluiu a investigação sobre esquema de espionagem ilegal de celulares na Abin e indiciou mais de 30 pessoas, incluindo o ex-diretor da agência Alexandre Ramagem e o vereador Carlos Bolsonaro. A investigação mira servidores e políticos que teriam monitorado telefones e computadores de desafetos de Jair Bolsonaro durante seu governo. Ele é acusado de se beneficiar do esquema (17/06)
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Agência para refugiados da ONU demitirá 3,5 mil funcionários
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) anunciou que cortará 3,5 mil empregos – quase um terço de seus custos com a força de trabalho – devido à escassez de recursos, e reduzirá a escala de sua ajuda em todo o mundo após uma queda no financiamento à ajuda humanitária, principalmente dos recursos vindos dos EUA sob Donald Trump. (16/06)
Foto: Florian Gaertner/IMAGO
Milhares protestam nos EUA contra Trump
Uma multidão tomou as ruas de 2 mil cidades americanas em oposição à gestão de Donald Trump, acusado de autoritário pelos manifestantes. O envio de forças federais para reprimir protestos em Los Angeles na última semana e a convocação de um desfile militar que acontece neste sábado em Washington também pautaram as críticas nos atos apelidados de "No Kings" (Sem Reis). (14/04)
Foto: Yuki Iwamura/AP/dpa/picture alliance
Israel e Irã trocam agressões em escalada militar
Israel lançou um ataque contra instalações nucleares do Irã, matando 78 pessoas, incluindo três dos chefes militares do país e dezenas de civis. A ofensiva desencadeou uma troca de agressões sem precendentes entre os países. Em retaliação, a República Islâmica disparou dezenas de mísseis contra Tel Aviv e Jerusalém, furando o Domo de Ferro israelense e ferindo 34 pessoas. (13/06)
Foto: Leo Correa/AP/picture alliance
Queda de avião na Índia deixa mais de 200 mortos
Um avião da Air India com 242 pessoas a bordo caiu em uma área residencial logo após decolar perto do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia. Apenas um dos passageiros a bordo sobreviveu. A polícia indiana contabiliza ainda outras 24 vítimas que estavam no solo e morreram no momento do acidente. A causa do acidente está sendo investigada (12/06)
Foto: Ajit Solanki/AP Photo/picture alliance
Ajuda humanitária em Gaza na mira de militares israelenses
Pelo menos 21 palestinos morreram enquanto se dirigiam a locais de distribuição de ajuda humanitária em Gaza. Entidades denunciam, além da violência, quantidade insuficiente de alimentos, após meses de bloqueio à entrada de itens básicos por Israel. O exército israelense alegou que disparou "tiros de advertência". O número de palestinos mortos em 20 meses de guerra já supera 55 mil. (11/06)
Foto: Saeed Jaras/Middle East Images/AFP/Getty Images
Réu no STF, Bolsonaro é interrogado em processo da trama golpista
Ao longo de dois dias, ex-presidente e outros sete ex-auxiliares acusados de integrar "núcleo crucial" da trama golpista depuseram na Primeira Turma. Político negou ter discutido planos de golpe após perder a eleição e disse que só debateu medidas constitucionais com militares, mas que não editou "minuta do golpe". (10/06)
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Israel detém barco que levava Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila
A Marinha de Israel interceptou um barco que tentava levar ajuda humanitária a Gaza. O veleiro Madleen, da iniciativa internacional Flotilha da Liberdade, levava 12 ativistas a bordo. Eles foram escoltados até um porto e, segundo o governo israelense, serão deportados. (09/06)
Trump chama militares para reprimir protestos na Califórnia contra prisão de imigrantes
O presidente americano Donald Trump enviou militares da Guarda Nacional a Los Angeles para conter protestos que eclodiram na esteira de uma série de operações de detenção de supostos migrantes irregulares. A medida não tem apoio do governo do estado da Califórnia, que acusou Trump de tentar provocar uma crise. (08/06)
Foto: Frederic J. Brown/AFP
Rússia amplia ataques contra 2ª maior cidade da Ucrânia
A Rússia executou diversos ataques no centro de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, deixando cinco civis mortos e mais de 61 feridos, incluindo um bebê e uma adolescente de 14 anos. Bombas planadoras, um míssil e 53 drones atingiram prédios residenciais. O prefeito do município classificou a ação como o ataque mais severo desde o início da guerra. (07/06)
Foto: Sofiia Gatilova/REUTERS
Marcelo livre
Um juiz americano determinou a libertação do estudante brasileiro Marcelo Gomes da Silva, de 18 anos, que chegou aos Estados Unidos com cinco anos de idade e foi detido pelo Serviço de Imigração (ICE) a caminho de um treino de vôlei. Ele ficou preso por cinco dias, durante os quais dormiu em chão de concreto, sem acesso a chuveiro, acompanhado de homens com o dobro da sua idade. (06/06)
Foto: Rodrique Ngowi/AP
Musk e Trump trocam insultos e rompem relações
Bilionário que atuou como conselheiro da Casa Branca criticou projeto de lei de Orçamento de Trump que prevê cortes de impostos e aumento de gastos batizado pelo presidente como "Big Beautiful Bill". Musk chegou a endossar impeachment de Trump e associou presidente ao pedófilo Jeffrey Epstein. Trump reagiu dizendo que Musk "enlouqueceu" e ameaçou cortar contratos da SpaceX com governo. (05/06)
Foto: Nathan Howard/REUTERS
Moraes ordena prisão de Carla Zambelli após deputada deixar o país
O ministro do STF acatou pedido da PGR de prisão preventiva contra a deputada federal e determinou a inclusão dela na lista de procurados da Interpol. Moraes determinou bloqueio de salários, bens, contas bancárias e perfis em redes sociais. Parlamentar deixou o país após ser condenada a 10 anos de prisão e à perda de mandato por envolvimento na invasão do CNJ. (04/06)
Foto: Adriano Machado/REUTERS
Governo da Holanda desmorona após saída de ultradireitista
Alegando insatisfação com a política migratória, Gert Wilders – também conhecido como "Trump holandês" – e seu partido deixaram coalizão de governo, levando primeiro-ministro Dick Schoof (foto) à renúncia após menos de um ano de mandato. Sem maioria no parlamento, Schoof permanecerá interinamente no cargo até a realização de novas eleições e formação de um novo gabinete. (03/06)
Foto: Peter Dejong/AP/picture alliance
Conservador Karol Nawrocki vence eleição presidencial na Polônia
Resultado é derrota para o governo do primeiro-ministro Donald Tusk e deve dificultar andamento de políticas pró-União Europeia. Apoiado pelo partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS), Nawrocki poderá vetar leis e desgastar o governo com bloqueios no Parlamento. Aliança frágil de Tusk pode não resistir até 2027. (02/06)
Foto: Czarek Sokolowski/AP/dpa/picture alliance
Ucrânia destrói aviões de guerra da Rússia em ataque massivo de drones
Na véspera de uma nova rodada de negociações de paz, Ucrânia e Rússia intensificaram sua ofensiva militar e protagonizaram ataques sem precedentes. Enquanto, Kiev destruiu 41 aviões militares na Sibéria, ofensiva de maior alcance no território russo em três anos de guerra, Moscou lançou número recorde de drones contra território ucraniano. (1º/06)