Como explicar as diferentes personalidades de gêmeos
Kamila Rutkosky24 de abril de 2016
Mesmo que a aparência, as roupas e a educação dada em casa sejam idênticas, gêmeos univitelinos se comportam de maneira diferente. Cientistas atribuem isso às experiências acumuladas durante a vida.
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Hanna e Lotte ainda são bebês e, apesar de serem gêmeas idênticas, a mãe afirma que elas têm temperamentos bem diferentes. Enquanto uma é mais agitada e ativa, a outra é tranquila e observadora.
Gêmeos idênticos – também chamados de univitelinos ou monozigóticos – vêm de um único óvulo fertilizado, que se divide e gera seres humanos extremamente parecidos e sempre do mesmo sexo. No entanto, estudos mostram que, apesar da semelhança genética, cada um percebe o mundo de forma diferente e desenvolve a própria personalidade.
Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Técnica de Dresden, na Alemanha, por exemplo, concluiu que mesmo que gêmeos tenham o mesmo DNA, as experiências que eles acumulam durante a vida ajudam a formar a personalidade. E quanto mais velhos, mais diferentes.
Os cientistas analisaram ratos geneticamente idênticos, inseridos num mesmo ambiente, para chegar a tal conclusão. Eles colocaram os animais numa gaiola cheia de brinquedos e observaram o comportamento de cada um deles.
Como havia muitas possibilidades de interação com os objetos dentro da gaiola, cada rato explorou o ambiente de uma maneira diferente, acumulando experiências distintas. Durante os três meses de experiência os animais foram se diferenciando cada vez mais.
Numa próxima etapa, os cientistas analisaram o cérebro dos animais e perceberam que os camundongos que exploraram mais a gaiola tinham um número maior de novos neurônios. E essa mudança no cérebro deixa indivíduos geneticamente idênticos ainda mais diferentes, promovendo a individualidade.
Curiosidades
Ter um gêmeo idêntico é viver com uma cópia de si desde o nascimento. Na infância muitos são até vestidos da mesma forma, o que pode confundi-los.
Enquanto a maioria das crianças se reconhece no espelho a partir dos dois anos de idade, os gêmeos só se reconhecem alguns meses depois. Isso porque ao se olharem no espelho, eles pensam que estão olhando para o irmão.
Os gêmeos também precisam de mais tempo para ter consciência do próprio eu. Isso é claramente manifestado na fala. Quando começam a falar, eles usam sempre a palavra "nós" e só se referem a si mesmos como "eu" bem mais tarde.
A digital de gêmeos idênticos também é diferente. Isso porque os bebês ficam em posições distintas no útero da mãe. Assim, os dedos têm contato com áreas diferentes, fazendo com que cada um desenvolva as próprias impressões digitais.
Após estudos explicarem a diferença de personalidade entre gêmeos idênticos, pedagogos discutem se eles se desenvolvem melhor juntos ou separados.
Dez verdades amargas sobre o açúcar
Aumento do consumo de açúcar afeta seriamente a saúde da população do planeta, e a Organização Mundial da Saúde alerta para uma "epidemia global". Confira dez riscos associados ao produto.
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Engorda
No corpo, o açúcar é convertido em gordura por volta de duas a cinco vezes mais rapidamente que os amidos. Ou seja, quando comemos açúcar, alimentamos nossas células de gordura. A frutose no produto também é metabolizada pelo fígado, o que pode contribuir para a esteatose hepática ou "fígado gorduroso". Isso pode promover a resistência à insulina e levar a diabetes do tipo 2.
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Afeta o humor
Em pequenas quantidades, o açúcar promove a liberação da serotonina, um hormônio que estimula o humor. No entanto, o consumo elevado do produto pode fomentar a depressão e a ansiedade. Mudanças repentinas nos níveis de açúcar no sangue também podem levar à irritabilidade, ansiedade e alterações de humor.
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Contribui para o envelhecimento
Já é sabido que o açúcar afeta a saúde, mas também atinge a pele. Isso acontece em parte devido à glicação, processo pelo qual moléculas de açúcar se ligam às fibras de colágeno. Como resultado, estas perdem sua elasticidade natural. O excesso de açúcar também prejudica a microcirculação, o que retarda a renovação celular. Isso pode estimular o desenvolvimento de rugas e o envelhecimento precoce.
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Prejudica o intestino
A flora intestinal promove a digestão e protege o sistema digestivo de bactérias nocivas. O consumo elevado de açúcar deixa a microbiota intestinal fora de sintonia. Fungos e parasitas adoram açúcar. O excesso do fungo "Candida albicans" pode levar a uma série de sintomas irritantes. E o açúcar também contribui para o resfriado, a diarreia e gases.
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Pode viciar
Em pessoas adiposas, o cérebro responde ao açúcar, liberando dopamina, da mesma forma que responde ao álcool e a outras substâncias que causam dependência. Faça o teste: evite todos os alimentos e bebidas adocicadas por dez dias. Se você começar a ter dor de cabeça e picos de irritabilidade após um ou dois dias, e passar a ter desejo por açúcar, então pode estar sofrendo de abstinência de açúcar.
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Provoca agressividade
Pessoas que consomem açúcar em excesso são mais propensas a assumir um comportamento agressivo. Crianças que sofrem de deficit de atenção e hiperatividade também são afetadas pelo açúcar. O consumo elevado do produto afeta a concentração e fomente a hiperatividade. É por isso que é uma boa ideia que as crianças evitem comer açúcar durante o horário escolar.
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Enfraquece o sistema imunológico
Depois do consumo de açúcar, a capacidade do sistema imunológico de matar germes é reduzida para até 40%. O açúcar também enfraquece o estoque de vitamina C, da qual os leucócitos necessitam para combater vírus e bactérias. O doce produto também fomenta o processo inflamatório e mesmo a menor inflamação pode desencadear graves doenças.
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Contribui para o Alzheimer
Estudos mostraram que o excesso de consumo de açúcar aumenta o risco de desenvolvimento da Doença de Alzheimer. Uma pesquisa de 2013 mostrou que a resistência à insulina e altos valores de açúcar no sangue – ambos são comuns no diabetes – estão associados a um maior risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.
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Eleva o risco de câncer
As células cancerígenas precisam do açúcar para se multiplicar. Uma equipe internacional de pesquisa, chefiada por Lewis Cantley, da Escola Médica de Harvard, está pesquisando como o açúcar pode contribuir para o crescimento de células malignas. Cantley acredita que o açúcar refinado faz com que células cancerígenas se transformem em tumores e recomenda o menor consumo possível do produto.
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Provoca perda de memória
O consumo elevado de açúcar pode ter efeito negativo sobre a memória. Segundo estudo realizado pelo Hospital Universitário Charité de Berlim, pessoas com níveis elevados de açúcar no sangue têm um hipocampo menor, parte do cérebro fundamental para memória de longo prazo. Na pesquisa, o desempenho de pessoas com quantidade elevada de açúcar no sangue foi pior do que aquelas com níveis menores.