Para especialistas, sobretaxa de 50% a importações brasileiras é pior momento da relação bilateral. EUA já tentaram interferir no Brasil no passado.
"Esse é o pior momento da relação bilateral [dos Estados Unidos] com o Brasil", afirma o cientista político Carlos Gustavo Poggio.Foto: Evaristo Sa and Andrew Caballero-Reynolds/AFP
"Esse é o pior momento da relação bilateral com o Brasil. Trump tem uma visão imperial da política externa, não à toa menciona o presidente McKinley, associado ao imperialismo", afirma o cientista político Carlos Gustavo Poggio.
Ele explica que o conceito de imperialismo, ou interferência na política interna de um outro país, pode ser atribuído à atual política externa americana por causa da tentativa do governo Trump de influenciar as decisões do Judiciário brasileiro por meio da pressão comercial.
Poggio exemplifica esses movimentos com ações como a influência sobre uma anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no julgamento da trama do golpe de Estado. O plano foi elaborado após as eleições de 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O julgamento de Bolsonaro deve ser iniciado no Supremo Tribunal Federal (STF) em 2 de setembro. Se for condenado pelos diversos crimes pelos quais é acusado, o ex-presidente pode pegar até 40 anos de prisão.
Outro exemplo de ingerência americana no Brasil citado por Poggio é o afrouxamento da regulação das chamadas "big techs", gigantes da tecnologia mundial que, no Brasil, podem ser responsabilizadas por publicações ilegais de usuários nas redes sociais. O julgamento para endurecer a regulamentação foi encerrado em junho pelo STF.
A internacionalista da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Camila Vidal concorda que essa é uma ingerência estadunidense sobre a região. "Faz parte da política externa dos EUA intervir na América Latina, de maneira mais ou menos direta".
Histórico de interferência dos EUA no Brasil
Embora a medida represente uma tensão incomum em 200 anos de relações bilaterais, outros episódios de ingerência ocorreram ao longo da história dessa diplomacia. Um deles foi a Doutrina Monroe, em 1823. A medida pretendia ampliar a influência econômica dos EUA nas ex-colônias europeias na América, e só teve efeitos na América Latina no final do século 19.
O professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) Fidel Flores lembra que, além de intervenções militares na América Central, com imposição de governos e ocupação de territórios, os EUA também exerceram sua hegemonia por meio de acordos de cooperação. "Por isso, o governo brasileiro na época era, até certo ponto, convergente com a investida dos EUA, achavam conveniente essa inserção e seriam colaboradores da Doutrina Monroe".
Já na Operação Brother Sam, "houve o envio de navios de guerra para São Paulo que estavam preparados para intervir no golpe [militar de 1964]. Não foi usado, mas serviu para marcar posição", lembra Camila. Por isso, segundo ela, essa convergência entre EUA e Brasil sob a justificativa de combate ao comunismo.
No âmbito da "Operação Brother Sam", Estados Unidos chegaram a enviar embarcações como este porta-aviões para o litoral brasileiro em 1964, com a intenção de auxiliar na deposição do então presidente João Goulart.Foto: U.S. Navy
Mais uma situação ocorreu em 1977, no governo do general Ernesto Geisel. Na ocasião, ele recebeu o secretário de Estado americano, Cyrus Vance, que veio ao país no intuito de dissuadi-lo de fechar um acordo para a produção de energia nuclear com a Alemanha.
Apesar da pressão, o Brasil manteve o contrato. Na saída da reunião, Vance deixou para trás uma pasta com detalhes de como persuadir os brasileiros conforme o interesse de Washington.
Relações exteriores com "punho de ferro"
A guinada nas tarifas representou uma nova forma com que os EUA buscam exercer sua diplomacia no Brasil, a partir do uso de ferramentas econômicas para fins políticos, segundo Camila Vidal. "Desde o fim da Guerra Fria que a política externa dos EUA na América Latina é de luvas de veludo envoltas em punho de ferro. O que eu vejo no Trump é que ele retirou essa luva de veludo e ele está expondo o punho de ferro", descreve.
Para Carlos Gustavo Poggio, até então o governo dos EUA não adotava políticas tão agressivas justamente para evitar inflamar a militância de esquerda. "Antes da ditadura, o governo americano considerava o presidente João Goulart um problema, mas isso era feito de forma estrategicamente velada. Sabiam que se fosse de forma aberta iam estimular o nacionalismo brasileiro e unir a esquerda, o que seria ruim para os objetivos dos EUA, como estamos vendo agora", compara.
No levantamento de 20 de agosto da Quaest, o governo Lula teve a melhor avaliação desde janeiro deste ano: a desaprovação caiu dois pontos percentuais de julho (53%) para agosto (51%). A aprovação subiu três pontos, de 43% em julho para 46% em agosto. Entre os motivos, foram citados a reação ao tarifaço e um declínio na inflação dos alimentos, segundo a percepção dos entrevistados.
Anúncio
Relevância da China permite resposta forte do Brasil
Os especialistas avaliam que a resposta do governo brasileiro às tarifas só é possível porque agora o xadrez global é diferente daquele de 200 anos atrás. A China se tornou um parceiro comercial mais relevante na região e o principal destino das exportações brasileiras (28% do valor exportado). Lula chegou a negociar com o presidente chinês, Xi Jinping, alternativas de escoamento dos produtos que iriam para os EUA.
"O Donald Trump está querendo voltar à noção de imperialismo do século XIX, em um novo modelo de hegemonia, baseado puramente na força bruta. É uma nova velha ideia de área de influência", pondera Poggio.
Camila Vidal ressalta que essa hegemonia dos EUA na região tem sido questionada. "Antes, era confrontada pela União Soviética, agora, pela China. O interesse dos EUA é que a gente continue sendo um quintal, mas eles agora são símbolo de um império em decadência".
Camila Vidal lembra que, apesar da reordenação da geopolítica global e os avancos da China, os Estados Unidos ainda são a maior potência militar e econômica do mundo, e um parceiro relevante para o Brasil. Os EUA são o segundo maior mercado das exportações brasileiras, sobretudo de produtos como petróleo bruto, aeronaves, ferro e aço, café e celulose. Essa relação responde por cerca de 500 mil empregos.
Além de acordos comerciais, ela frisa que os americanos mantêm diversos programas de cooperação no país, desde intercâmbio educacional a programas militares. "É uma relação muito densa e longeva que não deve se enfraquecer no curto prazo", avalia.
Diplomacia paralela com Eduardo Bolsonaro
Em meio ao endurecimento da política externa, as negociações oficiais com autoridades têm dado lugar às tratativas com atores políticos paralelos. Um dos agentes centrais dessa relação bilateral é Eduardo Bolsonaro, que se licenciou do cargo em março e se mudou para os EUA. Segundo ele, está no país por medo de ser preso e para trabalhar para que Washington aplique sanções a Brasília para pressionar pela anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, entre eles o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Carlos Gustavo Poggio diz que se trata da "diplomacia com arma na cabeça, baseada na chantagem". E completou: "É diplomacia com uma linguagem de mafioso, já que o Brasil não pode entregar o que os EUA querem".
Licenciado e morando nos EUA, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é protagonista do que analistas ouvidos pela DW chamam de "diplomacia paralela" junto ao governo americano.Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil
O filho do ex-presidente é próximo de integrantes da aliança conservadora CPAC, sigla para Conservative Political Action Conference. Fidel Flores diz que desde 2019 essa cúpula conservadora está em expansão. "Existe um projeto político transnacional no entorno trumpista que tenta dobrar a Justiça brasileira a favor de seu aliado, sendo que um dos atores da disputa interna doméstica tem uma capacidade pouco antes vista de influência em um governo estrangeiro", avalia.
Perda de capital político por Trump pode amenizar tarifas?
Camila Vidal acredita que Trump não visa criar um ambiente político para descredibilizar as eleições no Brasil em 2026, por exemplo, caso o candidato da esquerda seja vencedor.
Contudo, o entorno político formado por integrantes dessa aliança conservadora transnacional podem projetar essa estratégia: "Eu acho que Trump não pensa tão à frente. A questão dele é o recado que passa de que os EUA é forte e que ele pode impor sanções."
Já Fidel Flores considera que as tensões na relação entre Brasil e Estados Unidos tendem a se acirrar com a proximidade do início do julgamento de Jair Bolsonaro pelo STF. No entanto, no longo prazo, Trump pode revisar as medidas, com a proximidade das eleições para o Congresso no ano que vem. "Como a popularidade de Trump está em baixa, essas dinâmicas que podem afetar o sucesso eleitoral podem trazer o governo a posições menos radicais", projeta.
O mês de agosto em imagens
Veja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: José Cruz/Agencia Brazil/dpa/picture alliance
Atiradora mata duas crianças em ataque a escola católica nos EUA
Uma atiradora abriu fogo durante uma missa em uma escola católica de Minneapolis matando ao menos duas crianças e ferindo outras 17 antes de tirar a própria vida. Diretor do FBI, Kash Patel disse que a agência investiga o tiroteio "como um ato de terrorismo doméstico e crime de ódio contra católicos". (27/08)
Foto: Ben Brewer/REUTERS
STF determina monitoramento de Bolsonaro em tempo integral
Ministro Alexandre de Moraes do STF determinou monitoramento em tempo integral do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em sua residência em Brasília. Proximidade do julgamento por tentativa de golpe de Estado e atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA demonstram possibilidade de risco de fuga, diz decisão do magistrado. (26/08)
Foto: Adriano Machado/REUTERS
Ataque israelense mata 5 jornalistas em Gaza
Bombardeio contra um hospital no sul do território deixou 20 mortos, incluindo cinco jornalistas que atuavam em veículos como Reuters, AP e Al Jazeera. Israel classificou o caso como um "acidente trágico" e abriu uma investigação. Associações de imprensa acusaram o país de travar "uma guerra aberta contra a mídia". Governos dos EUA, Reino Unido e Alemanha também repudiaram o ataque. (25/08)
Foto: Hatem Khaled/REUTERS
Morre, aos 93 anos, o cartunista Jaguar
Um dos maiores e mais perspicazes cartunistas do Brasil, Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe (esq.), o Jaguar, foi um dos fundadores de "O Pasquim", influente jornal alternativo que azucrinou os militares durante a ditadura no Brasil (1964-1985). (24/08)
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Alemanha já não pode mais bancar Estado social, diz premiê
O chanceler federal Friedrich Merz defendeu cortes nos gastos sociais e descartou elevar impostos para sanar o déficit nas contas do governo. "O Estado de bem-estar social, da forma como o temos hoje, já não é mais financiável com o que conseguimos produzir economicamente." Proposta põe líder conservador em rota de colisão com os social-democratas, de cujo apoio ele depende para governar. (23/08)
Fome em Gaza é real e já afeta mais de meio milhão, diz órgão ligado à ONU
O IPC, sistema apoiado pela ONU que monitora a insegurança alimentar no mundo, afirma que mais de meio milhão de palestinos – praticamente um em cada quatro moradores da Faixa de Gaza – passam fome, e o número deve passar dos 640 mil até o final de setembro. É a primeira vez que o órgão registra fome severa fora da África. Israel rejeitou o alerta, classificando-o como falso. (22/08)
Foto: AFP/Getty Images
Israel inicia ofensiva terrestre na Cidade de Gaza
Israel iniciou operações terrestres na Cidade de Gaza e ordenou a evacuação de civis para o sul. O Exército confirmou que esta é a fase "preliminar" de um plano para controlar toda a cidade, considerada um reduto do Hamas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país iniciará negociações para a libertação de reféns e aprovou a intensificação da ofensiva em Gaza. (21/08)
Foto: Dawoud Abu Alkas/REUTERS
Bolsonaro é indiciado por coação na ação do golpe
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro são acusados pela Polícia Federal de tentar dificultar a ação penal no STF que julga a tentativa de golpe de Estado. Segundo a corporação, ambos agiram para instar autoridades americanas a obstruir o julgamento em favor de Bolsonaro, que é réu. Eduardo nega qualquer tentativa de interferência. (20/08)
Foto: Eraldo Peres/AP Photo/picture alliance
Maduro eleva a aposta contra os EUA
Após o anúncio de que os Estados Unidos estão preparando uma ofensiva por mar contra a Venezuela, o ditador Nicolás Maduro afirmou que prepara um "plano especial" como resposta, com 4,5 milhões de milicianos em todo o país. A ofensiva americana faz parte do esforço de desbaratar os carteis de droga na região e foi classificada por Caracas como um risco para a paz e estabilidade da região. (19/08)
Mais um passo na busca por um acordo de paz na Ucrânia
Os presidentes da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniram na Casa Branca para tratar do fim da guerra iniciada pela Rússia. Líderes europeus se juntaram à comitiva para reforçar pedido de cessar-fogo e suporte americano e mostrar coesão em apoio à Ucrânia dias após Trump ter se encontrado com o presidente russo, Vladimir Putin, em cúpula no Alasca. (18/08)
Quase 8 milhões de bolivianos foram chamados para votar para presidente, vice-presidente e congressistas, em eleições que devem marcar o fim de quase 20 anos de governos de esquerda. O presidente Luis Arce, que decidiu não concorrer à reeleição em meio a uma forte crise econômica, prometeu uma "transição democrática". Pesquisas apontam segundo turno entre dois nomes da oposição. (17/08)
Foto: Claudia Morales/REUTERS
Greve de funcionários da Air Canada no pico das férias de verão
Um greve de comissários de bordo da Air Canada, como estes no acesso ao aeroporto de Vancouver, levou ao cancelamento de todos os seus cerca de 700 voos previstos para o dia, afetando mais de 100 mil passageiros no pico da temporada de férias de verão. O governo canadense interveio, determinou o fim da greve e enviou a disputa para uma câmara de arbitragem. (16/08)
Foto: Chris Helgren/REUTERS
Sem acordo para o fim da guerra na Ucrânia
O encontro entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Donald Trump, terminou sem acordo para um cessar-fogo na Ucrânia. Os líderes se reuniram por quase três horas a portas fechadas na base militar Elmendorf-Richardson, em Anchorage, no Alasca, nos EUA. Putin classificou encontro como "construtivo", e Trump disse que "não há acordo até que haja um acordo". (15/08)
Foto: Jae C. Hong/AP Photo/dpa/picture alliance
Protesto contra cúpula Trump-Putin
Sob calor de mais de 30°C, membros da Sociedade para os Povos Ameaçados protestaram em frente ao Portão de Brandemburgo, em Berlim, contra o encontro entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos EUA, Donald Trump, marcado para esta sexta-feira (15/08). O fim da guerra é uma das promessas de Trump, que disse que quer organizar uma "troca de terras" entre Rússia e Ucrânia. (14/08)
Foto: Sven Kaeuler/dpa/picture alliance
Lula lança plano para apoiar empresas afetadas por tarifaço
Medida provisória foi elaborada para mitigar os impactos das tarifas sobre produtos brasileiros impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O texto destina R$ 30 bilhões em crédito a exportadores prejudicados, prorroga o pagamento de tributos, eleva o percentual de restituição de impostos e facilita a aquisição de gêneros alimentícios por órgãos públicos. (13/08)
Foto: IMAGO/Fotoarena
Militares da Guarda Nacional chegam a Washington D.C. após ordem de Trump
Cerca de 800 soldados começaram a chegar na capital americana, carregando munição e refeições prontas para consumo, após o presidente Donald Trump submeter a polícia de Washington ao controle federal e exigir a mobilização da Guarda Nacional para "tornar a cidade mais segura". Segundo um relatório do Departamento de Justiça, porém, crimes violentos caíram 35% desde 2023 no local. (12/08)
Foto: Jemal Countess/UPI Photo/picture alliance
Pré-candidato a presidente da Colômbia morre após atentado
Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, havia sido baleado com dois tiros na cabeça em um atentado ocorrido em 7 de junho. Senador do partido de direita Centro Democrático, ele foi submetido a várias cirurgias, mas sofreu uma hemorragia no sistema nervoso que agravou seu estado de saúde. O atentado contra ele reavivou o fantasma da violência política que atingiu a Colômbia dos anos 1990. (11/08)
Foto: IMAGO/NurPhoto
Em coletiva de imprensa, Netanyahu defende ocupação da Cidade de Gaza
O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, organizou uma coletiva de imprensa para defender sua decisão de expandir a guerra em Gaza e ampliar a ocupação do território. O líder também negou que o enclave palestino esteja sendo palco de fome generalizada e criticou países que estão avançando no reconhecimento de um Estado palestino. (10/08)
Foto: Abir Sultan/AP Photo/picture alliance
Polícia de Londres prende mais de 450 em protesto pró-palestinos
A Polícia Metropolitana de Londres efetuou mais de 450 prisões em uma manifestação na praça do Parlamento britânico a favor do Palestine Action, grupo pró-palestinos que foi recentemente banido pelo governo trabalhista do Reino Unido. (09/08)
Foto: Henry Nicholls/AFP
Enchentes provocam mortes na China
Mulher carrega criança em uma rua alagada na cidade de Zhengzhou, na região central da China. Chuvas fortes e enchentes repentinas provocaram ao menos 60 mortes desde o final de julho no país asiático. (08/07)
Foto: stringer/Avalon.red/IMAGO
Pressão para libertação de reféns em Gaza
Familiares e amigos dos reféns israelenses que seguem mantidos em cativeiro pelo grupo terrorista Hamas navegam ao longo da costa da cidade de Ashkelon, no sul de Israel, em direção à Faixa de Gaza, em um protesto exigindo sua libertação e pedindo o fim da guerra. (07/08)
Foto: Leo Correa/AP Photo/picture alliance
Bomba da 2ª Guerra leva 17 mil a saírem de casa na Alemanha
Explosivo de 250 quilos de fabricação britânica foi encontrado durante obra de demolição de uma ponte em Dresden, cidade duramente bombardeada em 1945. Episódio forçou a maior remoção de moradores desde o fim do conflito. Trens foram desviados, museus, lojas e creches ficaram fechados durante todo o dia na área afetada. (06/08)
Foto: Sebastian Kahnert/dpa/picture alliance
Parlamentares bolsonaristas protestam no Congresso
Após a decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, a oposição ocupou as mesas diretoras do Senado e da Câmara. Os senadores e deputados bolsonaristas prometeram ficar nos locais até que os presidentes das casas aceitem pautar a anistia para os condenados por tentativa de golpe de Estado e também reivindicaram o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes. (05/08)
Foto: José Cruz/Agencia Brazil/dpa/picture alliance
Moraes decreta prisão domiciliar de Bolsonaro
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro por descumprir medidas cautelares ao mandar mensagem a apoiadores em um vídeo publicado nas redes sociais de seu filho, Flávio Bolsonaro. Moraes ainda proibiu Bolsonaro de receber visitas e de usar aparelhos celulares. (04/08)
Foto: Mateus Bonomi/Anadolu/picture alliance
Papa Leão celebra missa para 1 milhão de jovens em Roma
No maior evento de seus três meses de pontificado, o pontífice incentivou a multidão a espalhar "o entusiasmo e o testemunho da fé". A homilia encerrou o chamado Jubileu da Juventude – peregrinação que reuniu jovens de 150 países. Leão 14 ainda fez referência aos jovens de Gaza, da Ucrânia e de outros países em guerra que não puderam participar da celebração. (03/08)
Foto: Andrew Medichini/AP Photo/picture alliance
Hamas divulga vídeo de refém para pressionar por cessar-fogo
O Hamas divulgou um vídeo do refém israelense Evyatar David, no qual ele cava sua própria cova dentro de um túnel em Gaza. "O tempo está se esgotando", diz David, de 24 anos, enquanto usa uma pá. Ao final do vídeo, o jovem, que aparece esquelético, desaba. "Só um acordo de cessar-fogo pode trazê-los de volta com vida", afirmou o grupo palestino. (02/08)
Foto: AFP
Enviado dos EUA visita centro de ajuda em Gaza operado por fundação controversa
Steve Witkoff visitou um centro de distribuição de alimentos no sul de Gaza, operado pela polêmica fundação apoiada por Israel, GHF. A ofensiva militar israelense agravou a crise humanitária no território e dificulta o envio seguro de alimentos para a população. Segundo agências internacionais, centenas de pessoas morreram vítimas de tiros ao tentar buscar ajuda nesses locais desde maio. (01/08)
Foto: David Azaguri/US Embassy Jerusalem/AP Photo/picture alliance