Síria, Irã, Armênia: a Rússia já não parece capaz ou disposta a socorrer regimes amigos a qualquer preço. Postura do Kremlin não tem só a ver com a guerra na Ucrânia.
O presidente russo Vladimir Putin com o ministro iraniano do Exterior, Abbas Araghchi: solidariedade em meio à guerra com Israel ficou apenas na retóricaFoto: Alexander Kazakov/AFP/Getty Images
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Depois de assistir à queda do ditador Bashar al-Assad na Síria em dezembro do ano passado, o presidente russo Vladimir Putin testemunhou nas últimas semanas, inerte, ataques a mais um poderoso aliado seu no Oriente Médio: o regime dos mulás no Irã, bombardeado à beira da instabilidade por Israel e Estados Unidos.
Acusado de aspirar ao desenvolvimento de armas nucleares, o Irã teve instalações de enriquecimento e armazenagem de urânio atacadas e perdeu importantes generais e cientistas alvos de atentados israelenses. A troca de fogo entre o país e Israel foi pausada com a imposição de um cessar-fogo pelo presidente americano Donald Trump na última terça-feira (24/06).
Pouco antes do cessar-fogo, o ministro iraniano do Exterior, Abbas Araghchi, esteve com Putin na Rússia. Mas, em vez de apoio militar, não recebeu mais do que palavras de consolo do aliado, que classificou os bombardeios americanos e israelenses de "agressão injustificada", além de ofertas para ajudar com uma solução diplomática da querela com Israel.
Isso apesar de o Irã ter, no início da guerra na Ucrânia, contribuído fundamentalmente para a ofensiva russa, fornecendo drones e, mais tarde, ajudando Moscou a fabricá-los por conta própria.
Os dois países, que são sancionados pelos EUA, haviam selado um acordo em janeiro deste ano que prevê o aprofundamento da cooperação econômica e militar ao longo dos próximos 20 anos. Mas o texto não obriga os países a se defenderem mutuamente em caso de ataque.
Jogo de equilibrismo no Oriente Médio
Além de estar militarmente muito ocupado com a guerra na Ucrânia, Putin tem motivos para não querer se indispor com Israel e, por conseguinte, com os Estados Unidos.
Um deles é de ordem demográfica: em Israel vivem cerca de 1,3 milhões de falantes da língua russa, o equivalente a 15% da população, segundo dados oficiais do governo citados pelo jornal israelense The Jerusalem Post.
Muitos vieram da antiga União Soviética ou descendem desses imigrantes. E Israel também recebeu novas levas de imigrantes russófonos na esteira da invasão da Ucrânia. Putin não quer ficar mal com esse público, e por isso se esforça para manter boas relações com Israel.
Mas há um outro motivo, de natureza geopolítica. O presidente russo quer se estabelecer como interlocutor do governo de Benjamin Netanyahu e, assim, transformar-se num parceiro indispensável em negociações diplomáticas envolvendo o Oriente Médio.
Benjamin Netanyahu inspeciona danos após bombardeio iraniano a Beer Sheva; foto de 19 de julho de 2025Foto: Marc Israel Sellem/POOL/IMAGO
Por outro lado, o presidente russo também não quer melindrar Trump, cuja postura em relação à guerra na Ucrânia tem sido muito conveniente aos interesses do Kremlin. Enquanto não aborrecer o americano, Putin pode nutrir esperanças de se livrar das sanções impostas à Rússia, ou ao menos assegurar novos ganhos territoriais sem ser importunado.
Sem socorro para Assad na Síria
Em dezembro de 2024, o regime do ditador Bashar al-Assad na Síria caiu em menos de duas semanas. A velocidade com que os eventos se desenrolaram surpreendeu, já que a família Assad controlou o país por 50 anos.
Desde a eclosão da guerra civil, em 2011, Assad governava a Síria com mão de ferro, e para isso usou até mesmo armas químicas contra a própria população. A guerra produziu mais de 14 milhões de refugiados, dos quais 6 milhões deixaram o país, segundo as Nações Unidas.
Que Assad tenha se mantido no poder por todos esses anos de conflito e a despeito dos esforços de grupos armados de oposição é algo que ele deve ao apoio militar que recebeu do Irã e da Rússia.
Mas no final de 2024, com a Rússia ocupada com a guerra na Ucrânia e tendo que repelir ataques com drones dentro de seu território, grupos rebeldes sírios aproveitaram a oportunidade para uma tomada rápida do poder. O enfraquecimento do Irã e do grupo xiita Hezbollah, outros aliados de Assad, também selaram o destino do regime.
Putin ainda chegou a enviar alguns caças em socorro de Assad, mas logo o embarcou num avião a caminho de Moscou. Na falta de coisa melhor, a gratidão russa limitou-se até agora à concessão de asilo ao ditador.
O ex-presidente sírio Bashr al-Assad durante visita a Vladimir Putin na Rússia em julho de 2024Foto: Valeriy Sharifulin/IMAGO/SNA
O Kremlin foi rápido em reconhecer o novo governo. Talvez por isso ainda mantenha bases militares na Síria, entre elas uma no porto de Tartus, com acesso ao Mediterrâneo. Mas há relatos de que até mesmo essas instalações podem estar com os dias contados, à medida em que EUA e União Europeia reatam laços com a nova administração e pressionam pela saída dos russos. Um sinal disso seria a realocação, pela Rússia, de parte de seu aparato militar para outras bases, principalmente na Líbia.
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Entregue à própria sorte, Armênia se vinga dando as costas para Putin
Além da Síria e do Irã, Putin também parece estar perdendo sua influência sobre a Armênia, país da região do Cáucaso que faz fronteira ao sul com o Irã e ao norte com a Geórgia, ponte entre a Europa e o Oriente Médio.
O motivo, segundo uma reportagem publicada pelo jornal The Moscow Times, é a frustração da Armênia com a indiferença russa aos ataques que vem sofrendo do Azerbaijão. Ocupada demais com a Ucrânia, a Rússia não parece ter recursos militares suficientes para acudir seu parceiro.
Na visão da Armênia, o Azerbaijão não teria invadido e ocupado a região de Nagorno-Karabakh em 2023 se a Rússia não tivesse invadido a Ucrânia no ano anterior, deixando um "vácuo" no sul do Cáucaso e criando uma janela de oportunidade para Baku.
Armênios se sentem "traídos" pela Rússia, que não conteve ataque do Azerbaijão em 2023Foto: Vasily Krestyaninov/AP/dpa/picture alliance
A Rússia é líder e membro-fundador da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), aliança militar formada por países da Eurásia, principalmente ex-repúblicas soviéticas, e da qual a Armênia também faz parte. Mas a entidade não interveio no conflito.
Agora, a Armênia parece estar se vingando de Putin ao dar as costas para a Rússia e estender a mão para os Estados Unidos, a União Europeia e até mesmo a Turquia.
Similar ao que tem feito na Romênia, na República Tcheca e em outras partes da Europa, o Kremlin tem tentado assegurar sua influência sobre a Armênia de formas mais sutis, com campanhas organizadas de propaganda e tentativas de infiltração e intervenção no sistema político.
ra/bl (ots)
O mês de junho em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Leo Correa/AP/picture alliance
Parada LGBTQ+ de Budapeste reúne multidão apesar de veto
Milhares de defensores dos direitos LGBTQ+ na Hungria desafiaram uma lei recém-aprovada pelo governo de Viktor Orbán e foram às ruas de Budapeste neste sábado para uma parada repleta de símbolos do movimento, como bandeiras do arco-íris, e de celebração da diversidade sexual. Os organizadores estimaram que havia de 180 mil a 200 mil participantes. (28/06)
Foto: Rudolf Karancsi/AP/picture alliance
Suprema Corte dos EUA limita poder de juízes federais para bloquear Trump
Em vitória para Donald Trump, tribunal restringe capacidade de juízes de instâncias inferiores de barrar políticas potencialmente inconstitucionais, ao julgar um caso envolvendo o direito à cidadania por nascimento. Decisão altera o equilíbrio de poder entre o Judiciário e a Presidência. (27/06)
Foto: Allison Bailey/NurPhoto/picture alliance
"Demos um tapa na cara da América", afirma líder do Irã
Em seu primeiro pronunciamento desde o cessar-fogo que pôs fim a 12 dias de guerra contra Israel, Khamenei contrariou a narrativa utilizada por Washington e Tel Aviv e disse que seu país saiu vitorioso após o conflito contra Israel e os EUA. Ministro iraniano do Exterior contradiz Trump e nega planos de voltar a negociar com os Estados Unidos. (26/06)
Foto: ROPI/picture alliance
Corpo de Juliana Marins é resgatado na Indonésia
Equipes de resgate recuperaram o corpo da turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, encontrada morta no vulcão Monte Rinjani. O resgate foi feito por meio de cordas e içamento. A brasileira caiu em uma área de difícil acesso na sexta-feira (20/06) e foi encontrada sem vida na terça, após tentativas frustradas de alcançá-la. (25/06)
Foto: BASARNAS/AP Photo/picture alliance
Irã e Israel aceitam cessar-fogo proposto por Trump
Nas primeiras horas da trégua, países se acusaram mutuamente de violá-la. O presidente americano Donald Trump reagiu com irritação: "Não estou feliz com Israel. Não estou feliz com o Irã também, mas Israel tem de se acalmar", disse. A advertência parece ter surtido efeito: Israel cancelou um ataque mais amplo contra Teerã e ordenou a volta de seus aviões. (24/06)
Foto: Chip Somodevilla/Getty Images
Em ação sem maiores danos, Irã responde a EUA com mísseis no Catar
Em resposta ao bombardeio dos EUA a instalações nucleares, o Irã disparou mísseis contra uma base militar americana no Catar. A ação – "fraca", nas palavras de Donald Trump, que teria sido avisado com antecedência – não deixou feridos. Segundo o Catar, os mísseis foram interceptados. (23/06)
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EUA entram na guerra no Irã e atacam instalações nucleares
Nove dias após início da campanha militar israelense, o presidente Donald Trump anuncia que aviões dos EUA "obliteraram" três instalações nucleares iranianas e ameaça Teerã com mais ataques se regime não aceitar imposição de um acordo. Um dos alvos foi o complexo subterrâneo de Fordo (foto). Ataques foram confirmados pelo Irã, mas a extensão dos danos ainda é desconhecida. (22/06)
EUA enviam bombardeiros, e tensão no Oriente Médio escala
Apontados como os únicos capazes de bombardear alvos subterrâneos de difícil acesso no Irã, aviões americanos B-2 foram enviados a Guam, uma ilha no Pacífico. Embora motivo do deslocamento não estivesse claro, ele ocorreu num momento em que o presidente americano Donald Trump avaliava a possibilidade de interferir diretamente na guerra entre Israel e Irã. (21/06)
Foto: Matrixpictures/picture alliance
Parlamento britânico aprova legalização do suicídio assistido
A câmara baixa do Parlamento do Reino Unido aprovou um projeto de lei que permite a adultos com doenças terminais encerrarem voluntariamente suas vidas. A votação representa um passo rumo à legalização do suicídio assistido, sendo considerada uma das mudanças mais significativas na política social britânica em décadas. O procedimento já é legal em países como Espanha e Áustria. (20/06)
A escalada militar entre Israel e Irã se agravou no sétimo dia do conflito, quando um míssel iraniano provocou danos ao principal hospital do sul de Israel e ataques aéreos israelenses atingiram uma importante instalação nuclear iraniana. O centro médico Soroka, na cidade de Bersebá, foi atingido por um míssil balístico, deixando vários feridos. (19/06)
Foto: Tsafrir Abayov/Anadolu /picture alliance
Milhares protestam na Argentina contra prisão de Cristina Kirchner
Apoiadores da ex-presidente da Argentina saíram às ruas em defesa da líder peronista, que começou a cumprir seis anos de prisão domiciliar por corrupção. Os manifestantes se concentraram em frente à casa do governo argentino e se espalharam pelas ruas vizinhas. Em discurso, Kirchner prometeu "voltar com sabedoria", apesar de não poder mais se candidatar a cargos públicos. (18/06).
Foto: Gustavo Garello/AP Photo/picture alliance
PF indicia Carlos Bolsonaro e Ramagem por "Abin paralela"
A PF concluiu a investigação sobre esquema de espionagem ilegal de celulares na Abin e indiciou mais de 30 pessoas, incluindo o ex-diretor da agência Alexandre Ramagem e o vereador Carlos Bolsonaro. A investigação mira servidores e políticos que teriam monitorado telefones e computadores de desafetos de Jair Bolsonaro durante seu governo. Ele é acusado de se beneficiar do esquema (17/06)
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Agência para refugiados da ONU demitirá 3,5 mil funcionários
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) anunciou que cortará 3,5 mil empregos – quase um terço de seus custos com a força de trabalho – devido à escassez de recursos, e reduzirá a escala de sua ajuda em todo o mundo após uma queda no financiamento à ajuda humanitária, principalmente dos recursos vindos dos EUA sob Donald Trump. (16/06)
Foto: Florian Gaertner/IMAGO
Milhares protestam nos EUA contra Trump
Uma multidão tomou as ruas de 2 mil cidades americanas em oposição à gestão de Donald Trump, acusado de autoritário pelos manifestantes. O envio de forças federais para reprimir protestos em Los Angeles na última semana e a convocação de um desfile militar que acontece neste sábado em Washington também pautaram as críticas nos atos apelidados de "No Kings" (Sem Reis). (14/04)
Foto: Yuki Iwamura/AP/dpa/picture alliance
Israel e Irã trocam agressões em escalada militar
Israel lançou um ataque contra instalações nucleares do Irã, matando 78 pessoas, incluindo três dos chefes militares do país e dezenas de civis. A ofensiva desencadeou uma troca de agressões sem precendentes entre os países. Em retaliação, a República Islâmica disparou dezenas de mísseis contra Tel Aviv e Jerusalém, furando o Domo de Ferro israelense e ferindo 34 pessoas. (13/06)
Foto: Leo Correa/AP/picture alliance
Queda de avião na Índia deixa mais de 200 mortos
Um avião da Air India com 242 pessoas a bordo caiu em uma área residencial logo após decolar perto do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia. Apenas um dos passageiros a bordo sobreviveu. A polícia indiana contabiliza ainda outras 24 vítimas que estavam no solo e morreram no momento do acidente. A causa do acidente está sendo investigada (12/06)
Foto: Ajit Solanki/AP Photo/picture alliance
Ajuda humanitária em Gaza na mira de militares israelenses
Pelo menos 21 palestinos morreram enquanto se dirigiam a locais de distribuição de ajuda humanitária em Gaza. Entidades denunciam, além da violência, quantidade insuficiente de alimentos, após meses de bloqueio à entrada de itens básicos por Israel. O exército israelense alegou que disparou "tiros de advertência". O número de palestinos mortos em 20 meses de guerra já supera 55 mil. (11/06)
Foto: Saeed Jaras/Middle East Images/AFP/Getty Images
Réu no STF, Bolsonaro é interrogado em processo da trama golpista
Ao longo de dois dias, ex-presidente e outros sete ex-auxiliares acusados de integrar "núcleo crucial" da trama golpista depuseram na Primeira Turma. Político negou ter discutido planos de golpe após perder a eleição e disse que só debateu medidas constitucionais com militares, mas que não editou "minuta do golpe". (10/06)
Foto: Fellipe Sampaio/STF
Israel detém barco que levava Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila
A Marinha de Israel interceptou um barco que tentava levar ajuda humanitária a Gaza. O veleiro Madleen, da iniciativa internacional Flotilha da Liberdade, levava 12 ativistas a bordo. Eles foram escoltados até um porto e, segundo o governo israelense, serão deportados. (09/06)
Trump chama militares para reprimir protestos na Califórnia contra prisão de imigrantes
O presidente americano Donald Trump enviou militares da Guarda Nacional a Los Angeles para conter protestos que eclodiram na esteira de uma série de operações de detenção de supostos migrantes irregulares. A medida não tem apoio do governo do estado da Califórnia, que acusou Trump de tentar provocar uma crise. (08/06)
Foto: Frederic J. Brown/AFP
Rússia amplia ataques contra 2ª maior cidade da Ucrânia
A Rússia executou diversos ataques no centro de Kharkiv, segunda maior cidade da Ucrânia, deixando cinco civis mortos e mais de 61 feridos, incluindo um bebê e uma adolescente de 14 anos. Bombas planadoras, um míssil e 53 drones atingiram prédios residenciais. O prefeito do município classificou a ação como o ataque mais severo desde o início da guerra. (07/06)
Foto: Sofiia Gatilova/REUTERS
Marcelo livre
Um juiz americano determinou a libertação do estudante brasileiro Marcelo Gomes da Silva, de 18 anos, que chegou aos Estados Unidos com cinco anos de idade e foi detido pelo Serviço de Imigração (ICE) a caminho de um treino de vôlei. Ele ficou preso por cinco dias, durante os quais dormiu em chão de concreto, sem acesso a chuveiro, acompanhado de homens com o dobro da sua idade. (06/06)
Foto: Rodrique Ngowi/AP
Musk e Trump trocam insultos e rompem relações
Bilionário que atuou como conselheiro da Casa Branca criticou projeto de lei de Orçamento de Trump que prevê cortes de impostos e aumento de gastos batizado pelo presidente como "Big Beautiful Bill". Musk chegou a endossar impeachment de Trump e associou presidente ao pedófilo Jeffrey Epstein. Trump reagiu dizendo que Musk "enlouqueceu" e ameaçou cortar contratos da SpaceX com governo. (05/06)
Foto: Nathan Howard/REUTERS
Moraes ordena prisão de Carla Zambelli após deputada deixar o país
O ministro do STF acatou pedido da PGR de prisão preventiva contra a deputada federal e determinou a inclusão dela na lista de procurados da Interpol. Moraes determinou bloqueio de salários, bens, contas bancárias e perfis em redes sociais. Parlamentar deixou o país após ser condenada a 10 anos de prisão e à perda de mandato por envolvimento na invasão do CNJ. (04/06)
Foto: Adriano Machado/REUTERS
Governo da Holanda desmorona após saída de ultradireitista
Alegando insatisfação com a política migratória, Gert Wilders – também conhecido como "Trump holandês" – e seu partido deixaram coalizão de governo, levando primeiro-ministro Dick Schoof (foto) à renúncia após menos de um ano de mandato. Sem maioria no parlamento, Schoof permanecerá interinamente no cargo até a realização de novas eleições e formação de um novo gabinete. (03/06)
Foto: Peter Dejong/AP/picture alliance
Conservador Karol Nawrocki vence eleição presidencial na Polônia
Resultado é derrota para o governo do primeiro-ministro Donald Tusk e deve dificultar andamento de políticas pró-União Europeia. Apoiado pelo partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS), Nawrocki poderá vetar leis e desgastar o governo com bloqueios no Parlamento. Aliança frágil de Tusk pode não resistir até 2027. (02/06)
Foto: Czarek Sokolowski/AP/dpa/picture alliance
Ucrânia destrói aviões de guerra da Rússia em ataque massivo de drones
Na véspera de uma nova rodada de negociações de paz, Ucrânia e Rússia intensificaram sua ofensiva militar e protagonizaram ataques sem precedentes. Enquanto, Kiev destruiu 41 aviões militares na Sibéria, ofensiva de maior alcance no território russo em três anos de guerra, Moscou lançou número recorde de drones contra território ucraniano. (1º/06)