Comunidade internacional condena atentado em Paris
7 de janeiro de 2015Diversas lideranças internacionais manifestaram-se após o ataque contra o semanário satírico Charlie Hebdo, em Paris, que deixou ao menos 12 mortos nesta quarta-feira (07/01).
Num telegrama ao presidente francês, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, expressou "suas condolências sinceras aos parentes das vítimas".
"Este ato repugnante não é apenas um ataque à vida de cidadãos franceses e à segurança interna da França", mas também à liberdade de imprensa e de expressão, disse Merkel.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, chamou o ataque de "bárbaro", dizendo que o Reino Unido está ao lado do povo francês "na luta contra qualquer forma de terrorismo e na defesa da liberdade de imprensa".
Em comunicado, o governo espanhol também condenou o ataque, destacando que a liberdade de imprensa é um "direito fundamental e irrevogável".
Os Estados da Liga Árabe e organizações muçulmanas também reprovaram o ataque em Paris. O Conselho Francês da Fé Muçulmana classificou o ataque terrorista contra o semanário um "ato bárbaro de extrema gravidade". A influente instituição islâmica egípcia al-Azhar disse: "Este é um ato criminoso. O Islã rejeita qualquer ato de violência."
O presidente russo, Vladimir Putin, transmitiu suas condolências às vítimas e denunciou o incidente em Paris. "Moscou condena resolutamente o terrorismo em todas as suas formas", disse o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov.
A Casa Branca disse estar em contato estreito com as autoridades francesas, criticando duramente a ofensiva de homens armados contra o semanário. "Os Estados Unidos estão prontos para trabalhar junto com os franceses" e ajudá-los a investigar o ataque, disse Josh Earnest, secretário de Imprensa e principal porta-voz do presidente Barack Obama.
A Otan e a União Europeia também se pronunciaram sobre o incidente. "Os aliados da Otan se mantêm unidos na luta contra o terrorismo", que nunca pode ser tolerado ou justificado, disse o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.
"Este é um ato intolerável, um ato de barbarismo que desafia a todos nós, na condição de humanos e de europeus", declarou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
O porta-voz do Vaticano, padre Ciro Benedettini, chamou o ato de "abominável". "É um duplo ato de violência abominável, porque é um ataque contra pessoas e também contra a liberdade de imprensa."
Logo após homens armados invadirem a redação do Charlie Hebdo e fugirem em seguida, o presidente francês, François Hollande, deu declarações em que prometeu punir os responsáveis pelo ataque.
LPF/afp/dpa/ap