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Concentração de gases estufa na atmosfera atinge novo recorde em 2012

Carlos Machado6 de novembro de 2013

Dióxido de carbono é o maior responsável pelo aumento e um dos vilões do aquecimento global. Segundo a WMO, maior presença de gases estufa na atmosfera interfere no equilíbrio do planeta.

Foto: picture-alliance/dpa/Oliver Berg

A concentração dos gases de efeito estufa na atmosfera atingiu novo recorde em 2012, divulgou a Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês) nesta quarta-feira (06/11) . Segundo o relatório, o dióxido de carbono, CO2, é o maior responsável por esse aumento.

Desde 1750, época pré-industrial, a concentração global de CO2 aumentou 141%. Segundo a WMO, em 2012 a quantidade desse gás na atmosfera era de 393.1 partes por milhão – 2.2 acima do valor medido em 2011. Nesse período, o aumento registrado foi maior que a média da última década. O dióxido de carbono é o principal gás estufa emitido em consequência da atividade humana,como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento.

"O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas aponta que o aumento das concentrações atmosféricas de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso atingiram níveis sem precedentes, pelo menos nos últimos 800 mil anos", disse o secretário-geral da WMO, Michel Jarraud, em Genebra.

Além do CO2, a presença de metano e óxido nitroso – também de efeito estufa – na atmosfera cresceram consideravelmente. "Os gases estufa provenientes das atividades humanas têm interferido no equilíbrio natural da nossa atmosfera e estão diretamente ligados às mudanças climáticas", afirmou Jarraud.

A concentração desses gases influenciou ainda o efeito de aquecimento que eles têm sobre o clima – o aumento foi de 32% entre 1990 e 2012.

Futuro comprometido

Durante a divulgação dos dados, o órgão ressaltou a possibilidade de as mudanças climáticas influenciarem a forma de vida na terra no curto prazo de tempo. "A temperatura média global pode ser de até 4,6 graus a mais até o final do século em relação aos níveis registrados antes da era industrial, e ainda maior em algumas partes do mundo. Isso teria consequências devastadoras", ressalta Jarraud.

A divulgação ocorre às véspera da Conferência de Mudanças Climáticas, que acontece em Varsóvia, na Polônia, entre os dias 11 e 22 de novembro. O assunto será uma das pautas do encontro e deve ocupar boa parte das discussões.

"Os números mostram a necessidade da redução na emissão de gases de efeito estufa. Precisamos agir agora, caso contrário, vamos comprometer o futuro dos nossos filhos, netos e muitas outras gerações", disse Jarraud. "O tempo não está do nosso lado", acrescentou.

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