Conflito no Afeganistão nunca fez tantas vítimas civis como em 2014
21 de dezembro de 2014Nos primeiros 11 meses deste ano, a guerra no Afeganistão fez mais vítimas civis, entre mortos e feridos, do que em qualquer outro ano desde que as Nações Unidas iniciaram o levantamento, em 2009.
Em relação ao ano passado, o número de vítimas aumentou 19%, informou a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (Unama), pouco antes do encerramento da missão de combate da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), no final deste ano.
Segundo a ONU, até o final de novembro foram registrados 3.188 mortos e 6.429 feridos civis. A Unama informou que a maioria foi vítima dos combates entre as partes conflitantes, de atentados a bomba e ataques de rebeldes. De acordo com a missão das Nações Unidas, os talibãs respondem por 75% dos mortos e feridos.
Isaf e Guantánamo
A Força Internacional de Assistência para a Segurança (Isaf), que atua no Afeganistão sob o comando da Otan, informou que foi responsável por menos de 1% das vítimas civis neste ano.
Depois de treze anos, a missão da Isaf vai se encerrar no dia 31 de dezembro próximo. Um contingente menor da Otan vai permanecer no país, concentrando-se oficialmente no treinamento e assistência às forças de segurança afegãs.
Enquanto isso, os Estados Unidos liberaram quatro prisioneiros afegãos que se encontravam em Guantánamo. Os prisioneiros foram repatriados para o Afeganistão. O Departamento de Defesa dos EUA informou neste sábado (20/12) que uma investigação constatou que os quatro não representam mais nenhum risco para os Estados Unidos.
CA/dpa/afp