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Confrontos em Hong Kong apesar de anúncio de diálogo

19 de outubro de 2014

Hong Kong vivencia mais uma noite de confrontos violentos entre manifestantes pró-democracia e a polícia. Manifestantes ainda ocupam algumas das vias mais importantes da cidade.

Zusammenstöße Demonstranten und Polizei Hong Kong 18.10.2014
Foto: Alex Ogle/AFP/Getty Images

Por volta de 20 pessoas saíram feridas na manhã deste domingo (19/10) em novos confrontos entre manifestantes pró-democracia e a polícia em Hong Kong, enquanto autoridades dão prosseguimento à tentativa de expulsar os manifestantes de algumas importantes áreas da cidade.

Os embates ocorreram quando a polícia usou cassetetes para tentar dispersar os manifestantes reunidos em barricadas no distrito de Mongkok. Alguns precisaram ser retirados em macas.

Em comunicado, a polícia alegou ter usado "força mínima" em seus esforços de desocupar uma importante via, a Nathan Road. Policiais afirmaram que os manifestantes tentaram furar o cordão de isolamento.

"Acreditamos que a polícia violou o princípio do uso da força mínima para lidar com uma manifestação pacífica", contestou James Hon, ativista da Liga de Defesa da Liberdade de Hong Kong. Hon disse ainda que os policiais poderão acabar ferindo gravemente ou mesmo chegar a matar manifestantes, se continuarem usando os cassetetes da forma que o fazem durante os confrontos.

Os manifestantes pedem eleições livres para o governo de Hong Kong em 2017. Recentemente, a China anunciou que todos os candidatos à eleição serão avaliados por um comitê, considerado pró-Pequim.

Negociações iminentes

A nova onda de violência acontece pouco depois que o governo de Hong Kong anunciou que negociará por duas com os líderes estudantis na próxima terça-feira. O encontro será transmitido pela TV.

A vice-líder do governo de Hong Kong, Carrie Lam, disse que as conversas, com a participação de cinco membros de cada lado, terão como foco a reforma constitucional. O chefe do Executivo local, Leung Chun-ying, deixou claro, no entanto, que Pequim não vai revogar a decisão com relação às eleições em 2017.

Manifestações de massa

Nas últimas semanas, dezenas de milhares de pessoas foram às ruas diversas vezes para protestar contra a decisão de Pequim e pedir a renúncia de Leung.

Em 28 de setembro, o grupo pró-democracia Occupy Central começou a executar a ameaça de bloquear importantes áreas do centro financeiro, seguindo o exemplo de protestos anteriores liderados por estudantes. Desde então, os manifestantes vêm ocupando vários cruzamentos importantes da cidade.

Antiga colônia britânica, Hong Kong foi devolvida à China em 1997, sob a condição de que a ilha gozasse de um grau de autonomia desconhecido pelos chineses do continente por um período de 50 anos

CA/rtr/afp

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