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Congressistas dos EUA alcançam acordo para evitar "shutdown"

12 de fevereiro de 2019

Pacto fechado entre republicanos e democratas para evitar nova paralisação do governo prevê US$ 1,4 bihões para a segurança da fronteira com o México, bem menos que os 5,7 bilhões exigidos por Trump para construir muro.

Trecho existente de cerca na fronteira entre EUA e México
Trecho existente de cerca na fronteira entre EUA e MéxicoFoto: Reuters/L. Nicholson

Congressistas americanos chegaram a um acordo na noite desta segunda-feira (11/02) para reforçar a segurança e financiar a construção de novas barreiras ao longo da fronteira com o México e, assim, evitar uma nova paralisação parcial do governo, também chamada de shutdown, a partir deste sábado.

Após o governo americano viver o mais longo shutdown de sua história, encerrado em janeiro, republicanos acabaram concordando com bem menos que os 5,7 bilhões de dólares exigidos pelo presidente Donald Trump para a construção de um muro na fronteira.

Segundo congressistas, o acordo orçamentário provisório deve garantir 1,4 bilhão de dólares para financiar programas de segurança de fronteira até 30 de setembro, quando se encerra o atual ano fiscal. O pacto prevê quase 90 quilômetros de novas cercas, a serem construídas de acordo com o modelo de barreiras de metal já existentes.

Um congressista ouvido pela agência de notícias Reuters destacou que as verbas não serão destinadas à construção de um muro, como Trump defende desde sua campanha eleitoral. Democratas argumentam que um muro sairia caro demais e seria ineficiente para conter a imigração ilegal.

Além de cercas, o acordo também inclui mais investimentos em tecnologias, como triagem avançada nos postos de fronteira, ajuda humanitária demandada por democratas e mais funcionários aduaneiros.

O pacto foi criticado por alguns aliados conservadores de Trump. "Enquanto o presidente estava fazendo um grande discurso em El Paso, o Congresso estava armando um acordo ruim sobre imigração", disse o congressista republicano Jim Jordan.

Em meio à perda de apoio dentro do próprio Partido Republicano, Trump concordou em reabrir o governo no fim de janeiro durante três semanas para permitir que negociadores no Congresso tivessem tempo de chegar a um acordo sobre o orçamento público para o resto deste ano fiscal.

Os congressistas que conduzem as negociações se reuniram por cerca de duas horas. Antes da reunião, eles afirmaram que o plano era alcançar um acordo ainda nesta segunda-feira para que houvesse tempo de a legislação ser aprovada pela Câmara dos Representantes e pelo Senado e ser assinada por Trump até sexta-feira, quando devem acabar os fundos destinados ao Departamento de Segurança Interna, ao Departamento de Justiça e a várias outras agências federais. Não está claro, no entanto, se o presidente aprovará o acordo.

Sem novas verbas do governo federal, várias agências teriam que suspender algumas atividades, da manutenção de parques nacionais a publicação de dados econômicos relevantes para os mercados financeiros.

Durante o recente shutdown recorde de 35 dias – de 22 de dezembro a 25 de janeiro –, iniciado após republicanos e democratas não terem chegado a um acordo orçamentário, 800 mil funcionários do governo federal ficaram sem receber seus salários.

A paralisação terminou depois de a falta de controladores federais de tráfego aéreo provocar atrasos de milhares de voos em aeroportos nas regiões de Nova York e Filadélfia.

Nas últimas semanas, Trump ameaçou declarar emergência nacional se o Congresso não lhe desse o dinheiro para construir um muro na fronteira com o México. Ele disse que utilizaria verbas destinadas a outras atividades para financiar a obra – proposta à qual democratas e muitos republicanos se opõem.

LPF/rtr/ap

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