Congresso dos EUA acerta fim do "apagão" no governo
22 de janeiro de 2018
Democratas concordam em dotar governo federal de fundos provisórios em troca de promessa de solução para os "dreamers", cerca de 800 mil jovens em situação ilegal que correm o risco de serem deportados.
Anúncio
O Senado dos Estados Unidos votou nesta segunda-feira (22/01) a favor de uma proposta de orçamento para encerrar a paralisação do governo federal, iniciada há três dias devido a um impasse envolvendo a política migratória do país.
A votação ocorreu após o líder da oposição democrata no Senado, Chuck Schumer, anunciar ter chegado a um acordo com a liderança republicana para suspender a disputa orçamentária e que a sua bancada votaria a favor de dotar temporariamente o governo federal de fundos até 8 de fevereiro. Até lá, o Congresso deverá chegar a um acordo orçamentário definitivo.
"Em algumas horas, o governo federal voltará a abrir. Mas a liderança republicana tem 17 dias para encontrar uma solução para os 'dreamers'", afirmou Schumer no Senado, antes da votação do acordo.
O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, prometeu começar logo o debate sobre a questão dos "dreamers" em troca da aprovação, pelos democratas, do projeto orçamentário.
O projeto foi aprovado com 81 votos a favor e 18 contrários, superando os 60 necessários para avançar no Senado. Após a votação, o texto voltou à Câmara dos Representantes, também controlada pelos republicanos, onde foi aprovado por 226 votos a 150. Com a aprovação do Congresso, a proposta segue agora para assinatura do presidente Donald Trump.
Na sexta-feira passada, os democratas impediram a aprovação de fundos para financiar a administração ao vincular seu apoio à regularização da situação de cerca de 800 mil "dreamers", como são chamados os jovens que foram trazidos ainda crianças para os EUA, de forma ilegal.
O ex-presidente Barack Obama criou um programa que impede a deportação desses jovens, conhecido como Daca. Porém, este foi cancelado por Trump em setembro passado e acaba em 5 de março.
O impasse que levou à paralisação do governo é o primeiro do gênero desde 2013 e marcou o aniversário de primeiro ano da administração Trump.
AS/efe/afp
_______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos noFacebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App
Trechos de "Fogo e Fúria", o livro sobre os bastidores da Casa Branca de Trump
Mesmo antes de sua publicação, livro do jornalista Michael Wolff já causa irritação em Washington. Com base em mais de 200 entrevistas, obra oferece rara visão interna da Casa Branca e da campanha eleitoral.
Foto: picture-alliance/AP/B. Anderson
"Fogo e fúria"
Trechos já publicados do livro do jornalista americano Michael Wolff "Fogo e Fúria: por dentro da Casa Branca de Trump" revelam o que acontece nos bastidores do centro do poder nos EUA, da busca por segurança em hambúrgueres aos sonhos presidenciais de Ivanka Trump.
Foto: picture-alliance/AP/B. Camp
"Melania em lágrimas"
"O filho de Trump, Don Jr., disse a um amigo que pouco depois das 20h, na noite da eleição, quando parecia confirmada a inesperada tendência de que Trump realmente poderia vencer, seu pai parecia ter visto um fantasma. Melania caiu em lágrimas – que não eram de alegria. Em pouco mais de uma hora, um Trump confuso se transformou num Trump incrédulo e depois num Trump assustado."
Foto: picture-alliance/AP/V. Mayo
Ivanka Trump, "primeira mulher presidente"
"Comparando riscos e ganhos, tanto Jared (Kushner) quanto Ivanka decidiram aceitar cargos na Casa Branca, contrariando o conselho de quase todos que conheciam... Ambos fizeram um acordo sério: se algum dia surgir a oportunidade, ela será a candidata à presidência. A primeira mulher presidente, brincou Ivanka, não seria Hillary Clinton, mas Ivanka Trump."
Foto: picture-alliance/AP/M. Sohn
Buscando refúgio em "fast food"
"Ele tinha um medo antigo de ser envenenado, e essa é uma das razões pelas quais ele gostava de comer no McDonald's: ninguém sabia que ele iria aparecer, e a comida já estava pronta, o que era seguro."
Foto: Instagram
As teorias de Bannon
"O verdadeiro inimigo, segundo Bannon, era a China. A China seria a primeira frente numa nova Guerra Fria. A China é tudo. Nada mais importa. Se não lidarmos direito com a China, não vamos lidar direito com nada. Tudo é muito simples. A China está onde a Alemanha nazista estava em 1929 e 1930. Os chineses, como os alemães, são as pessoas mais racionais do mundo, até deixarem de ser."
Foto: picture-alliance/AP/B. Anderson
Bannon: Donald Jr. foi "traidor"
"Donald Trump Jr., Jared Kushner e o chefe da campanha, Paul Manafort acharam uma boa ideia se encontrar com um governo estrangeiro na sala de conferências no 25º andar do Trump Tower – e sem advogados... Mesmo se você acha que não se tratava de traição, falta de patriotismo ou uma bosta ruim, e eu acho que foi tudo isso, você deveria ter chamado o FBI imediatamente", disse Bannon.
Foto: picture-alliance/AP/C. Kaster
"Perder era ganhar"
"Se tivesse perdido a eleição, Trump se tornaria muito famoso e ao mesmo tempo um mártir da Hillary Idiota. Sua filha Ivanka e o genro Jared se tornariam celebridades internacionais. Steve Bannon se tornaria o chefe de fato do movimento Tea Party. Melania Trump, que havia obtido do marido a garantia de que ele não seria presidente, poderia voltar a ter almoços discretos. Perder era ganhar."