Congresso dos EUA aprova acordo para orçamento de 1,1 trilhão de dólares
10 de dezembro de 2014Os líderes do Congresso americano aprovaram nesta quarta-feira (10/12), a poucos dias do final do prazo, um orçamento de 1,1 trilhão de dólares para financiar o Governo até setembro de 2015, evitando assim a possibilidade de uma nova paralisação administrativa, como a que ocorreu em 2013.
O acordo sobre o orçamento segue para votação na Câmara dos Representantes nesta quinta-feira. "Esse projeto de lei nos permitirá cumprir nosso dever constitucional e evitar uma paralisação administrativa", comemorou o presidente da Comissão de Orçamento da Câmara dos Representantes, Hal Rogers.
Os termos do acordo de 1,1 trilhão de dólares, firmado entre os governistas e a oposição, mantêm as despesas domésticas de 2015 praticamente inalteradas, além de acrescentar recursos para a luta contra os militantes do "Estado Islâmico" no Iraque e na Síria e para o combate a epidemia do vírus ebola na África Ocidental.
O valor deverá suprir todas as agências governamentais até setembro de 2015, exceto a da Segurança Interna, que terá seus recursos estendidos apenas até o dia 27 de fevereiro. A exceção deverá dar ao Partido Republicano maior influência sobre a implementação das novas políticas sobre a imigração, anunciadas recentemente pelo presidente Barack Obama.
No próximo ano, quando os republicanos assumirem o controle da Câmara dos Representantes e do Senado, a oposição planeja aprovar restrições, bloqueando fundos do governo destinados ao plano do presidente de regularizar a situação de milhões de imigrantes ilegais no EUA.
Um dos aspectos mais controversos do projeto de lei sobre o orçamento foi o acordo sobre uma medida que permite a indivíduos ricos fazer doações significativamente maiores aos partidos políticos.
Além disso, foi firmado um acordo para limitar novas regulamentações sobre as transações de derivados, realizadas por grandes bancos. O projeto de lei inclui também um corte de 60 milhões de dólares no orçamento da Agência de Proteção ao Meio Ambiente (EPA) e medidas para "controlar os excessos reguladores" por parte do governo.
RC/rtr/afp/ap