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Conscientização sobre Aids é difícil na Alemanha

(aa)16 de fevereiro de 2002

Congresso em Munique discute situação da doença no mundo e na Alemanha e promove debates para encontrar novas soluções.

Campanhas contra Aids devem continuar para vencer a doençaFoto: AP

Más notícias no 9º Congresso contra a Aids (Aids-Tage), em Munique. Apesar das campanhas de conscientização e da modernização dos tratamentos contra a síndrome de imunodeficiência adquirida, o número de infectados é alarmante. Milhões de pessoas no mundo estão contaminadas pela doença e, para piorar a situação, as ações anti-Aids estão cada vez mais sumindo dos jornais e da televisão.

Segundo o especialista Hans Jäger, estima-se que haja 40 milhões de pessoas infectadas pelo vírus HIV no mundo. Diariamente surgem 14 mil novos casos de Aids, sendo que a situação é mais crítica nos países em desenvolvimento. Dentre todos os soropositivos no mundo, 95% encontram-se nestes países, principalmente, na África.

Apesar do número de aidéticos na Alemanha não ser tão assustador, o país ainda tem uma longa batalha pela frente. Há 38 mil pessoas infectadas. Só no ano passado foram constatados 700 novos doentes, cerca de duas mil infecções pelo HIV e 600 mortes.

A maior dificuldade apontada pelos especialistas alemães é conscientizar a população. Na opinião da diretora da Central Federal de Informação sobre a Saúde, Elisabeth Pott, a prevenção está sendo prejudicada pela negligência da mídia em tratar do assunto.

Os riscos da doença e os meios de preveni-la acabam caindo no esquecimento das pessoas, porque o tema está sendo pouco abordado. Nos últimos anos, esta situação pôde ser comprovada por uma pesquisa que indicou falhas de esclarecimento sobre a Aids entre pessoas de 16 a 20 anos.

A boa notícia do encontro em Munique está relacionada aos preços dos remédios de combate à doença. O custo dos medicamentos reduziu-se em um dólar por dia e por pessoa no ano passado. No entanto, em muitos lugares os remédios ainda não podem ser encontrados.

O evento em Munique terminou neste sábado e reuniu 1800 médicos, enfermeiras, psicólogos, virólogos, entre outros especialistas. Os encontros exploraram temas como co-infecção com hepatite C, problemas especiais entre as mulheres e desenvolvimento de terapias.

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