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Conselho de Segurança ameaça retaliar Coreia do Norte

6 de janeiro de 2016

Órgão máximo da ONU promete começar a trabalhar em medidas contra Pyongyang, após teste nuclear amplamente condenado internacionalmente. EUA afirmam que análise deixa em dúvida real uso de bomba de hidrogênio.

Sul-coreano assiste, em Seul, a reportagem da TV da Coreia do Norte sobre o testeFoto: picture-alliance/dpa/Xinhua

Após reunião extraordinária convocada por Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, o Conselho de Segurança da ONU condenou firmemente o teste com uma bomba de hidrogênio que, segundo a Coreia do Norte, teria sido realizado nesta quarta-feira (06/01).

"Os membros do Conselho de Segurança lembraram que já expressaram anteriormente a determinação de tomar medidas significativas adicionais no caso de haver outro teste nuclear da Coreia do Norte", disse Elbio Rosselli, embaixador do Uruguai, país que atualmente preside a entidade.

"Em conformidade com este compromisso e a gravidade desta violação, os membros do Conselho de Segurança vão começar a trabalhar imediatamente em tais medidas em uma nova resolução", completou o diplomata.

Após especulações sobre um terremoto provocado por ação humana, a Coreia do Norte confirmou seu primeiro "teste bem-sucedido" de uma bomba de hidrogênio, que tem potência muito maior do que uma bomba nuclear comum.

Três testes nucleares anteriores, realizados em 2006, 2009 e 2013, levaram à imposição de uma série de sanções da ONU à Coreia do Norte.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou veemente o teste atômico e exigiu que o país "cesse todas as atividades nucleares".

"Condeno-o inequivocamente. Exijo que a Coreia do Norte cesse todas as atividades nucleares e cumpra suas obrigações de desnuclearização comprovável", disse Ban antes do início da reunião de emergência do Conselho de Segurança sobre a situação.

O teste, o quarto realizado pelo regime de Pyongyang, é "muito preocupante" e "profundamente desestabilizador para a segurança regional", afirmou o secretário-geral da ONU. "Este teste mais uma vez viola diversas resoluções do Conselho de Segurança. É mais uma grave transgressão das normas internacionais contra testes nucleares."

Segundo a Casa Branca, a análise inicial do suposto teste nuclear da Coreia do Norte não é consistente com um teste de bomba de hidrogênio bem-sucedido. Mas qualquer teste nuclear, afirmou a presidência americana, é uma "violação escandalosa" das medidas do Conselho de Segurança.

"A análise inicial não é consistente com a reivindicação que o regime fez sobre um teste de bomba de hidrogênio bem-sucedido", disse Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca. Segundo ele, os EUA estão trabalhando para saber mais sobre o suposto teste.

Líderes internacionais condenam Pyongyang

Líderes internacionais também condenaram o teste nuclear de Pyongyang. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, classificou o ato como uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, além de criticar a "retórica incendiária e ameaçadora" de Pyongyang.

Numa curta declaração divulgada em Bruxelas, Stoltenberg apontou que "os testes com armas nucleares anunciados pela Coreia do Norte minam a segurança regional e internacional" e insta as autoridades de Pyongyang a respeitarem integralmente as suas "obrigações e compromissos internacionais".

A União Europeia (UE), por intermédio da chefe da política externa do bloco, Federica Mogherini, a Rússia e, surpreendentemente, até a China reprovaram o teste nuclear e também apontaram a quebra de normas internacionais por parte de Pyongyang.

A China, o principal aliado da Coreia do Norte, declarou que se "opõe firmemente" ao teste nuclear de Pyongyang, acrescentado que o ensaio foi realizado "apesar da oposição da comunidade internacional".

PV/rtr/ap/afp/lusa

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