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Conselho de Segurança não se posiciona sobre conflito entre Israel e Hamas

15 de novembro de 2012

Após reunião de emergência, Conselho de Segurança da ONU limita-se a lançar apelo em favor do fim do conflito. Nova escalada da violência deixa mortos dos dois lados.

Foto: Reuters

O pior ataque israelense a solo palestino nos últimos quatro anos – e que resultou na morte do líder militar do Hamas, Ahmed al-Jabari – motivou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, na noite desta quarta-feira (14/11) em Nova York.

O órgão mais poderoso das Nações Unidas não tomou decisões, limitando-se a lançar apelos para que as duas partes ponham fim aos enfrentamentos. "A mensagem que se deve levar desta reunião é a de que a violência deve parar", declarou o embaixador indiano Hardeep Singh Puri, presidente do conselho no mês de novembro, após o encontro de 90 minutos.

Até a manhã desta quinta-feira, o número de mortos em decorrência dos ataques mútuos havia subido para 14. Entre os mortos estão três civis israelenses. Do lado palestino, morreram cinco militantes do Hamas, três crianças e uma mulher grávida.

Antes da reunião, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, declarou que conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o presidente do Egito, Mohamed Morsi.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também falou aos dois líderes e pediu o fim da violência em Gaza. Obama reiterou que Israel tem o direito de se defender e também disse a Netanyahu para tentar evitar mortes de civis em ataques de represália.

Morsi rejeitou nesta quinta-feira o que chamou de "agressão" de Israel a Gaza, alertando que os ataques ameaçam desestabilizar a região. "Os israelenses precisam entender que nós não aceitamos esta agressão", declarou.

Fumaça é vista sobre a cidade de Gaza após um ataque israelenseFoto: Reuters

Tensão na fronteira

Desde o ataque que resultou na morte de Jabari, militantes palestinos já lançaram mais de cem foguetes contra território israelense, matando três pessoas. De acordo com a imprensa israelense, elas foram mortas após um foguete atingir um prédio residencial nesta quinta-feira, na cidade de Kiryat Malahi, no sul de Israel.

Já a Força Aérea de Israel conduziu mais de cem ataques, matando ao menos 11 pessoas, incluindo crianças. Em um pronunciamento na televisão, Netanyahu alertou que mais ataques israelenses podem acontecer. "Hoje nós enviamos uma mensagem clara ao Hamas e a outras organizações terroristas e, se for necessário, vamos expandir a operação", disse o primeiro-ministro.

O ataque a Jabari desencadeou uma resposta imediata de palestinos na Faixa de Gaza. Um porta-voz do Hamas declarou que a ofensiva teria "aberto os portões do inferno". O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, soltou um nota condenando o ataque.

RO/rtr/afp/lusa
Revisão: Alexandre Schossler

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