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Conselho de Segurança rejeita projeto pró-palestinos

31 de dezembro de 2014

Resolução que pedia saída de Israel até 2017 dos territórios ocupados não recebe votos necessários no órgão máximo das Nações Unidas. França e China votam a favor, e EUA, contra.

Palästinensische Flagge am UNESCO-Hauptquartier
Foto: picture-alliance/dpa/I. Langsdon

O Conselho de Segurança da ONU rejeitou na noite desta terça-feira (31/12) um projeto de resolução, a favor da criação de um Estado palestino, que pedia a retirada completa de Israel da Cisjordânia e da Faixa de Gaza até o fim de 2017.

A resolução recebeu apenas oito dos nove votos que precisava para ser aprovada. Os Estados Unidos, que têm poder de veto, e a Austrália votaram contra. Houve cinco abstenções.

"Os EUA buscam a cada dia novas maneiras de tomar medidas construtivas para apoiar as partes a fazer progressos no sentido de alcançar uma solução negociada", disse a embaixadora americana na ONU, Samantha Power."E a resolução colocada diante de nós hoje não é um desses passos construtivos. O texto aborda as preocupações de apenas um lado."

O representante palestino na ONU, Riyad Mansur, lamentou que o Conselho de Segurança seja "incapaz" de assumir suas responsabilidades e siga "paralisado" diante das chamadas internacionais pela paz no Oriente Médio.

Segundo ele, a partir dessa decisão a situação fica "insustentável e precária" na região. "Os dirigentes palestinos devem agora analisar os seguintes passos", afirmou. "O Conselho claramente não está pronto nem disposto a assumir suas responsabilidades, que levariam à adoção de uma solução completa para o conflito."

O anúncio repentino dos países árabes, na semana passada, de que queriam uma votação antes do Ano Novo surpreendeu as delegações ocidentais no Conselho de Segurança. A resolução foi promovida pela Jordânia.

Para ser aprovada, uma resolução precisa de nove votos a favor e nenhum veto dos cinco membros permanentes do Conselho (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido). Os oito países que aprovaram a minuta foram, além da Jordânia, Argentina, Chade, Chile, China, França, Luxemburgo e Rússia.

A resolução palestina pedia que as negociações fossem baseadas nas linhas territoriais que existiam antes da guerra de 1967, quando Israel ocupou Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza.

O documento pedia um acordo de paz dentro de um ano e o fim da ocupação israelense até o fim de 2017. O governo de Israel havia dito que uma votação no Conselho de Segurança, após o fracasso das negociações mediadas pelos EUA neste ano, só iria aprofundar o conflito.

RPR/afp/rtr

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