O conservador Alejandro Giammattei venceu neste domingo (11/08) a ex-primeira-dama Sandra Torres no segundo turno das eleições da Guatemala, e será o sucessor de Jimmy Morales na presidência do país.
Com cerca de 95% das urnas apuradas, o candidato do partido Vamos obteve em torno de 58% da preferência do eleitorado, contra 42% de sua adversária, que representa a União Nacional da Esperança.
Giammattei, que mantém laços com militares e com a extrema direita, prometeu durante a campanha combater a corrupção e a criminalidade. O político de 63 anos quer reintroduzir a pena de morte e rejeita categoricamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o aborto.
O futuro chefe de Estado é considerado o adversário do acordo de migração fechado com os EUA, segundo o qual a Guatemala, como "terceiro país seguro" é obrigada a acolher migrantes que entraram nos EUA através dela. O presidente Jimmy Morales, que não pode mais se candidatar, havia assinado o pacto sem aprovação parlamentar.
Mais de 8 milhões de guatemaltecos estiveram aptos a votar neste domingo para escolher quem comandará o país nos próximos quatro anos. Giammattei assumirá o cargo em 14 de janeiro de 2020, quando Morales deixa o poder.
O Tribunal Supremo Eleitoral da Guatemala ainda precisa oficializar os resultados para que Giammattei e seu companheiro de chapa, Guillermo Castillo, sejam confirmados como novos presidente e vice-presidente do país.
A participação nas urnas ficou em 50%, de acordo com os dados divulgados pelo Tribunal Supremo Eleitoral, um número baixo para os padrões do país, e apesar dos pedidos dos dois candidatos para que a população fosse votar.
Nos segundos turnos, a participação tem apresentado uma queda ao longo dos últimos anos no país, o que levou as autoridades a repetirem apelos ao voto durante a campanha eleitoral.
MD/efe/lusa/epd
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Donald Trump quer um "grande e belo muro" entre os EUA e o México para frear a migração e o narcotráfico. Em outros lugares, barreiras de concreto e metal feitas para resolver problemas tiveram variados graus de êxito.
Foto: Getty Images/J. MooreAntes de Donald Trump, Bill Clinton já mandou construir cercas na fronteira. Após os atentados de setembro de 2001, George Bush acelerou a construção. Desde então, quase 1.100 quilômetros de fronteira receberam paredes de concreto, vigas de aço e outros tipos de obstruções.
Foto: Getty Images/D. McNewDesde 2002, Israel está construindo uma barreira ao longo da Cisjordânia. O projeto, oficialmente justificado como proteção contra o terrorismo, é altamente controverso e muitas vezes chamado "muro da separação". Há mais de dez anos, a Corte Internacional de Justiça declarou que ele viola o direito internacional. Israel, no entanto, continua construindo o muro, que deverá ter 759 km de extensão.
Foto: A. Al-BazzUm muro de controle militar de mais de 700 km na região da Caxemira divide a Índia e o Paquistão desde 1971. Em muitos lugares, esta "linha de controle" é reforçada por minas e arame farpado. A barreira de arame, que em alguns locais tem 3 metros de altura, também pode ser eletrificada.
Foto: Getty Images/AFPParedes divisórias também separam classes econômicas. Como em Lima, onde uma parede de concreto de 3 m de altura separa os moradores pobres de um bairro de ricos. Aliás, "condomínios fechados" são frequentes na América Latina. Os moradores da capital do Peru chamam a parede de "muro da vergonha".
Foto: picture-alliance/Anadolu Agency/S. CastanedaNa capital do Iraque, um muro de 4 metros de altura e 5 km de extensão corta a cidade. Ele foi construído pelos militares dos EUA na região dominada pelos xiitas em 2007. Hoje, o muro separa quase 2 milhões de pessoas. Também em outros bairros de Bagdá, paredes de concreto separam enclaves sunitas de bairros xiitas.
Foto: Getty Images/W. KuzaieO governo britânico construiu os chamados "muros da paz" na Irlanda do Norte em 1969 para separar católicos e protestantes. Portões permitiam a passagem para o outro lado. Em caso de conflitos, eles eram fechados. Alguns moradores dizem, no entanto, que as paredes acentuaram ainda mais a divisão na mente das pessoas.
Foto: picture-alliance/dpa/M. SmiejekDesde o final da Guerra da Coreia, nos anos 1950, uma zona desmilitarizada separa a Coreia do Norte, comunista, e a Coreia do Sul, capitalista. A faixa de cerca de 4 km de largura e 250 km de comprimento é uma das áreas restritas mais vigiadas do mundo. Em alguns pontos, muros marcam a fronteira entre as duas Coreias.
Foto: Getty Images/AFP/E. JonesTambém a Europa está se isolando. Desde outubro de 2015, a Hungria está fechando sistematicamente sua fronteira para evitar refugiados. No início, a cerca ainda não era hermética. Hoje, no entanto, quase ninguém consegue mais passar para o outro lado. A Hungria também quer construir uma cerca ao longo da fronteira com a Sérvia.
Foto: picture-alliance/dpa/S. UjvariNos enclaves espanhóis de Ceuta e Mellila, no Marrocos, há fortificações especialmente altas. Para superá-las, é preciso passar por até três cercas. Para complicar, há detectores de movimento, câmeras infravermelhas e um arame farpado que penetra fundo na pele. Mesmo assim, muitos se arriscam e acabam se ferindo.
Foto: picture-alliance/dpa/A. SempereNa fronteira com a Síria, de onde muitos estão fugindo da guerra civil, a Turquia está construído um muro de 511 km de extensão. No final de fevereiro, o governo de Ancara anunciou que metade já está pronta. O muro de 3 metros de altura tem arame farpado e torres de vigilância. Várias vezes, a União Europeia criticou a Turquia por fazer controles muito brandos em suas fronteiras.
Foto: picture alliance/AA/R. Maltas