Consumir transgênicos é seguro, afirmam cientistas
18 de maio de 2016
Após ampla análise, pesquisadores da Academia Nacional de Ciências dos EUA não encontram evidências de riscos à saúde ou ao meio ambiente oferecidos pela ingestão de organismos geneticamente modificados.
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Um relatório da Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos divulgado nesta terça-feira (17/05) revela que não foram encontradas evidências de que o consumo de alimentos geneticamente modificados possa ser prejudicial à saúde ou ao meio ambiente.
Os pesquisadores avaliaram estudos realizados durante duas décadas sobre as plantações de organismos geneticamente modificados (OGMs). Eles pediram maior atenção das agências reguladoras ao produto final das novas variedades de plantas, em vez da forma como elas são geneticamente produzidas ou cultivadas.
"Pesquisamos a fundo o material para possibilitar um novo olhar sobre os dados das plantações transgênicas e convencionais", afirmou o presidente do comitê de pesquisa, Fred Gould, que é codiretor do Centro para Engenharia Genética e Sociedade da Universidade da Carolina do Norte.
Gould disse que a vasta quantidade de dados e opiniões sobre o controverso tema "criou um panorama confuso" e assegurou que o relatório busca uma análise imparcial.
O comitê da Academia Nacional, formado por mais de 50 cientistas, examinou quase novecentas pesquisas e publicações sobre as características da engenharia genética no milho, soja e algodão – que representam a grande maioria da produção comercial de OGMs.
"Ao mesmo tempo em que reconhece as dificuldades inerentes de detectar efeitos sutis ou de longo prazo para saúde ou o meio ambiente, o comitê não encontrou evidências substanciais de uma diferença nos riscos à saúde humana entre as colheitas geneticamente modificadas e as convencionais, tampouco encontramos evidências conclusivas de causa e efeito de problemas ambientais provenientes das colheitas transgênicas", afirma o relatório.
Como será a comida do futuro?
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No entanto, o documento, de 408 páginas, alerta as agências reguladoras para que submetam as novas variedades de plantas a testes de segurança, "independentemente de terem sido desenvolvidas através da engenharia genética ou de técnicas convencionais".
Os pesquisadores não identificaram uma ligação entre as plantações geneticamente modificadas e doenças como câncer e diabetes e também não detectaram "associação entre doenças ou condições crônicas de saúde e o consumo de alimentos transgênicos".
Haveria ainda evidências de que as plantações desenvolvidas geneticamente para resistir a insetos teriam trazido benefícios à saúde humana pelo fato de reduzirem as intoxicações por inseticidas.
Ao mesmo tempo, o desenvolvimento de resistência a algumas características dos OGMs – incluindo insetos e ervas daninhas – é um "grande problema agrícola", alertam os cientistas. Eles citam lugares onde ervas daninhas desenvolveram resistência ao glifosato – herbicida ao qual a maioria dos cultivos geneticamente modificados foi desenvolvida para ser resistente.
RC/afp/ap
Dez superalimentos e seus superpoderes
Parece que no momento todo o mundo se alimenta de chia, açaí, quinoa, bagas de goji. Alguns deles são milenares e têm fama de promover juventude, saúde e até beleza. Dez superalimentos e suas propriedades nutritivas.
Foto: Fotolia/S.HarryPhotography
Açaí
A campanha vitoriosa do açaí começou modestamente na Região Norte do Brasil, mas em poucos anos as bagas violáceas tomaram conta do mundo. Sua fama é de tornar o consumidor forte e esbelto. E jovem, devido aos numerosos antioxidantes que contém. Para muitos esportistas, os poderosos frutos da palmeira prometem uma dose extra de energia.
Foto: Imago/Westend61
Abacate
O abacate é uma das frutas mais ricas em gordura. O que não significa que seja a mais engordante, pois contém ácidos graxos insaturados de alta qualidade, com efeito positivo sobre as taxas de colesterol e o sistema cardiovascular. Além disso, possui numerosas vitaminas que beneficiam desde a pele e os cabelos até os sistemas imunológico e nervoso.
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Chia
As sementinhas de chia são vendidas como panaceia universal. Com alto conteúdo proteico, são ricas nos ácidos graxos essenciais ômega-3 e ômega-6. Os maias e astecas já conheciam as propriedades da chia 5 mil anos atrás. De gosto neutro, elas são consumidas por seus fãs como pudim, gel ou puras, salpicadas sobre a comida.
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Goji
Ao se falar de superalimentos, é quase impossível evitar os superlativos. Isso se aplica em especial às bagas de goji, citadas entre as frutas mais saudáveis do mundo. Consta que fortalecem o sistema imunológico e cardíaco, baixam a pressão sanguínea, dão energia. E mantêm a pessoa jovem – por exemplo, pela ação benéfica sobre olhos e pele.
Foto: imago/Xinhua
Couve-crespa
Passo a passo, a modesta couve-crespa vai conquistando o mercado europeu, passando de exótica a verdura da moda. Conhecida como "kale", nos Estados Unidos há muito ela tem excelente fama, seja refogada ou em forma de salada ou "smoothie". Cem gramas dessa verdura bastam para cobrir a necessidade diária de vitamina C de um adulto. Além disso, é rica em vitamina A e minerais como ferro e cálcio.
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Mirtilo
Na Alemanha a estação das bagas azul-escuro começa em julho. Mirtilos são apreciados como bombas vitamínicas, eficazes no combate às infecções. Sabe-se que já na Grécia e Roma antigas eles eram utilizados contra afecções intestinais. Ao contrário do açaí, contêm poucas calorias e quase nenhuma gordura, mas apresentam o mesmo efeito antienvelhecimento.
Foto: picture-alliance/dpa
Gengibre
Ao aquecer o corpo, o gengibre é uma arma eficaz no combate às afecções gastrointestinais. Ao aumentar a circulação nos intestinos, ele faz sarar infecções e a mucosa intestinal se recupera. Esse efeito aquecedor se potencializa quando ele é ingerido seco. Em estado fresco, por outro lado, é mais picante, o que é de extrema importância para o reforço do sistema imunológico, por exemplo.
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Curcuma
Há milênios o curcuma ou açafrão-da-índia é um dos condimentos principais da cozinha indiana, sendo encontrado no famoso pó de curry. A planta aparentada ao gengibre é tida como sagrada e incluída em praticamente todos os pratos, para promover a digestão. Além disso, o curcuma também tem fama de baixar o colesterol, além de ser antioxidante e anti-inflamatório.
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Amêndoa
Comer algumas amêndoas por dia é um valioso segredo da saúde. Esse fruto seco combate ataques de fome, beneficia o coração e reduz o risco de diabetes do tipo 2 e mal de Alzheimer. Além disso, a gordura das amêndoas é como a do abacate: abundante, porém saudável.
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Quinoa
Originária da região dos Andes, a quinoa já é cultivada há cerca de 4 mil anos. Esse pseudocereal é uma das melhores fontes de proteína vegetal conhecidas em todo o mundo. Os pequenos grãos contêm todos os aminoácidos essenciais e antioxidantes importantes para o combate às doenças, além de serem livres de glúten e ricos em minerais.