1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Luta contra a aids

24 de novembro de 2009

O total de novas infecções com o vírus HIV no mundo caiu 17% entre 2001 e 2008, segundo o relatório anual da Unaids e da OMS. No entanto, a doença continua sendo uma das principais causas de morte.

Foto: APTN

O total de novas infecções com o vírus HIV no mundo caiu 17% entre 2001 e 2008, segundo o relatório anual da Unaids, agência das Nações Unidas para o combate à aids, publicado nesta terça-feira (24/11) em Genebra, e feito em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Se em 2001 foram registrados 3,2 milhões de novos casos de contágio, em 2008 foram 2,7 milhões.

Embora alguns especialistas sustentem que a queda pode resultar de um enfraquecimento do próprio vírus, o diretor executivo da Unaids, Michel Sibidé, afirma que "existem provas de que a redução observada se deve, pelo menos em parte, à prevenção".

Além disso, cada vez mais mulheres grávidas recebem medicamentos a fim de evitar a transmissão do vírus aos recém-nascidos. Enquanto, em 2008, 45% das grávidas no mundo tiveram acesso à terapia, ainda em 2007 esse total era 10% menor.

Laço vermelho é gesto de solidariedade com soropositivosFoto: picture-alliance/ dpa

"É muito importante que não continuemos tendo a cada ano 400 mil bebês nascidos com o HIV na África. Isso é algo que podemos alcançar. Por isso, estamos fazendo um chamado para a eliminação virtual da transmissão de mãe para filho até 2015", afirmou.

O número de novas infecções registrou queda em quase todas as regiões do mundo. Na África Subsaariana, com mais de 22 milhões de infectados a região de maior incidência do vírus, esse número caiu 15% entre 2001 e 2008, ou 400 mil infecções a menos. No ano passado a região respondeu por 72% do total mundial de mortos pela doença.

Acesso a medicamentos continua insuficiente

Em todo o mundo, há hoje 33,4 milhões de homens, mulheres e crianças infectados, 2 milhões deles na América Latina. Segundo o relatório, um dos motivos para os números recordes é o aumento da expectativa de vida dos doentes. Em 2008, cerca de 4 milhões de portadores do vírus em países pobres teriam tido acesso a medicamentos antirretrovirais, que controlam a reprodução do vírus no corpo.

Entretanto, muito menos que a metade da população infectada recebe os medicamentos necessários. De acordo com o relatório, apenas 38% das crianças portadoras do vírus tiveram acesso a tratamento. "Agora é hora de dobrarmos nossos esforços para salvar mais vidas", cobrou a diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan.

Ação em Colônia simboliza solidão de portadores do HIVFoto: AP

No último ano, foram disponibilizados quase 16 bilhões de dólares na luta contra a aids. Mas especialistas calculam que em 2010 serão necessários 25 bilhões de dólares a fim de dar continuidade aos programas contra a aids já existentes. Uma das razões é o crescimento da população mundial.

Desde o surgimento da epidemia, 60 milhões se contaminaram com o vírus HIV e 25 milhões morreram em decorrência da aids. Segundo a OMS e a Unaids, nos próximos anos a doença continuará sendo uma das mais frequentes causas de morte no mundo. Em 2008, 2 milhões de pessoas morreram em decorrências de aids.

RR/epd/dpa/lusa
Revisão: Alexandre Schossler

Pular a seção Mais sobre este assunto