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Copacabana reúne torcida da seleção alemã

Astrid Prange de Oliveira, do Rio de Janeiro (cn)17 de junho de 2014

Brasileiros e alemães acompanham juntos a partida de estreia da Alemanha num quiosque na praia. Cada gol da equipe de Joachim Löw valia uma rodada de cerveja grátis.

Foto: DW/Astrid Prange

Em vez de biquíni, Simone Steinert veio vestindo Lederhose (tradicional bermuda de couro alemã). Um colar com flores de papel pretas, vermelhas e amarelas completa o traje. Steinert é brasileira, mas também uma típica torcedora da seleção alemã.

Mais de 300 torcedores alemães e brasileiros assistiram à partida de estreia da Alemanha na Copa no bar Tor!, em Copacabana, nesta segunda-feira (16/06). Eram famílias teuto-brasileiras, estudantes brasileiros que já estiveram na Alemanha, imigrantes alemães, aventureiros e homens de negócios e uma grande quantidade de jornalistas.

O Consulado Geral da Alemanha no Rio de Janeiro alugou o pequeno quiosque à beira mar para a Copa – com um toque de generosidade. Para cada gol da equipe do treinador Joachim Löw, uma rodada de cerveja era distribuída de graça. Com a goleada sobre Portugal, os funcionários do consulado tiveram muito trabalho.

Cerveja de graça

Nove minutos após o início do jogo, a torcida do bar levou o primeiro susto. A televisão do quiosque saiu do ar. Os torcedores olhavam fixamente para a tela escura. "Alguém vai fazer alguma coisa?", gritou um dos torcedores.

Simone Steinert e o marido vieram a caráterFoto: DW/Astrid Prange

"Acabou a energia", disse o vice-cônsul-geral, Tarmo Dix, responsável pela organização do quiosque. Mas os cerca de 300 telespectadores e o calor de 30 graus na sombra encarregaram-se das gotas de suor que escorriam por sua testa durante o corre-corre atrás de um técnico.

Três minutos depois, Thomas Müller marcou seu primeiro gol no jogo, o que parece ter servido de impulso para a transmissão no quiosque. O telão voltou a funcionar.

"Freibier, Freibier, Freibier (cerveja de graça)", na onda da vitória, até mesmo torcedores não-falantes de alemão se juntaram ao coro, admirados com a generosidade do quiosque da Alemanha. A cerveja de graça foi garantida pelo patrocínio de uma empresa alemã.

Mais de 300 torcedores assistiram à partida em CopacabanaFoto: Barbara Mohr

Intercambistas

O crescimento da torcida da Alemanha no Brasil se deve não somente ao entusiasmo pelo futebol ou aos laços econômicos estreitos entre os dois países, como também ao aumento do intercâmbio acadêmico.

Carolina Bento e Paula Moura fazem parte da comunidade de jovens brasileiros e alemães que atravessam as fronteiras entre os dois países. Carolina, que estuda medicina no Rio de Janeiro, toma a cerveja que ganhou enquanto agita a bandeira da Alemanha. No dia 27 de junho, ela viajará para Düsseldorf, onde fará residência na Universidade Heinrich Heine.

Carolina Bento (e) e a amiga Paula Moura são fãs da AlemanhaFoto: DW/Astrid Prange

Para a jovem de 23 anos, a temporada na Alemanha servirá para fechar com chave de ouro o curso de Medicina. "Eu amo a Alemanha, porque as coisas funcionam lá e as pessoas gostam de festa", afirma Carolina. Ela não está de Lederhosen, mas deixa claro que o seu coração também bate pela Alemanha.

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