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Copiloto informou Lufthansa sobre caso de depressão

31 de março de 2015

Em 2009, após interromper formação por alguns meses, Andreas Lubitz informou escola de pilotos da companhia aérea sobre um "grave episódio depressivo", revela empresa com base em investigações internas.

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Foto: Reuters/Gonzalo Fuentes

O copiloto da Germanwings Andreas Lubitz, apontado como o responsável pela queda do voo 4U-9525 na semana passada, havia informado a escola de pilotos da Lufthansa em 2009 de que sofria de depressão, afirmou a companhia aérea nesta terça-feira (31/03).

Num e-mail enviado à escola em 2009, na época em que Lubitz retomou sua formação após uma interrupção de vários meses, ele havia relatado que passara por um "grave episódio depressivo", disse a Lufthansa em comunicado. A empresa afirmou que, após a pausa na formação, o copiloto passou por exames médicos que confirmaram que ele estava apto a pilotar.

A empresa, da qual a Germanwings é subsidiária, disse ter repassado a correspondência por e-mail à promotoria de Düsseldorf, assim como documentos adicionais obtidos após investigações internas. A companhia aérea havia dito anteriormente não ter conhecimento de nenhum fato que pudesse ter levado o copiloto a derrubar o Airbus A320 nos Alpes franceses.

Nesta segunda-feira, a promotoria de Düsseldorf, onde Lubitz vivia, afirmou que anos atrás, antes de obter a licença para pilotar, ele havia passado por um longo período de tratamento psicoterapêutico, com tendências suicidas perceptíveis.

Na última sexta-feira, a promotoria anunciara ter encontrado um atestado médico rasgado para dispensa de serviço, válido para o dia da queda da aeronave. A Germanwings disse não ter conhecimento sobre o documento.

Gravações de áudio do cockpit do voo 4U-9525 indicam que Lubitz, de 27 anos, voluntariamente colocou o avião em rota de queda num momento em que o piloto havia se ausentado da cabine de comando. O voo partiu de Barcelona com destino a Düsseldorf na terça-feira da semana passada, com 144 passageiros e seis tripulantes a bordo. Um minuto depois de alcançar a velocidade de cruzeiro, ou seja, a velocidade ideal para o percurso, o avião perdeu altitude continuamente durante cerca de oito minutos.

LPF/dpa/rtr/ap

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