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Copiloto não estava mais apto para voar, afirma promotoria

12 de junho de 2015

Investigadores descobrem que Andreas Lubitz se consultou com 41 médicos em cinco anos. Sete consultas aconteceram no mês anterior ao da tragédia do voo 4U-9525.

Foto: Getty Images/AFP/S. de Sakutin

O copiloto Andreas Lubitz, que derrubou o avião da Germanwings nos Alpes franceses, não estava mais apto para voar, disse nesta quinta-feira (11/06) o promotor de Marselha, Brice Robin, responsável pela investigação sobre a tragédia do voo 4U-9525.

De acordo com a promotoria, em cinco anos Lubitz se consultou com 41 médicos, sendo que sete consultas foram marcadas somente no mês que antecedeu a tragédia. Entre os especialistas procurados pelo copiloto estavam clínicos gerais, psiquiatras, neurologistas e oftalmologistas. A mãe e a namorada o acompanharam em algumas ocasiões.

Lubitz estava abalado, instável e psicologicamente doente. No momento da tragédia, não estava apto para voar, disse o promotor. A investigação descobriu que o copiloto tinha medo de perder a visão e, consequentemente, o emprego.

Segundo Robin, o temor de perder a visão existia apesar de nenhum médico ter diagnosticado algum problema nos olhos de Lubitz. O copiloto teria dito a um dos médicos que só conseguia dormir duas horas por noite. Além disso, um médico diagnosticou psicose.

Responsabilidade da empresa

O promotor ressaltou que muitos dos médicos ouvidos durante a investigação também constaram que o jovem não estava apto para voar, porém, devido ao sigilo médico, eles não puderam repassar essa informação à Germanwings. Não há indícios de que colegas de Lubitz soubessem de sua condição psicológica.

A promotoria confirmou ainda que investigadores alemães descobriram que Lubitz fez pesquisas na internet sobre drogas, como o diazepam, sobre maneiras de cometer suicídio e sobre problemas na visão.

Apesar de não haver indícios de que a Germanwings ou a Lufthansa tivessem conhecimento da situação de saúde do copiloto, Robin anunciou que abrirá uma investigação para apurar a responsabilidade da empresa na tragédia. O promotor disse que o inquérito criminal investigará se erros foram cometidos no monitoramento da saúde mental de Lubitz.

A investigação constatou também que avião não apresentou nenhum problema de manutenção, confirmando assim que o copiloto derrubou deliberadamente a aeronave, que voava de Barcelona para Düsseldorf. Todas as 150 pessoas a bordo morreram quando o avião caiu nos Alpes franceses, no dia 24 de março.

CN/rtr/lusa/dpa/ap

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