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Copom mantém Selic em 14,25% ao ano

21 de janeiro de 2016

Pela quarta vez consecutiva, Comitê de Política Monetária do Banco Central mantém a taxa básica de juros inalterada. Decisão contraria expectativa do mercado, que esperava aumento de 0,5 ponto percentual.

Foto: picture-alliance/dpa

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (20/01) a decisão de manter a taxa básica anual de juros, a Selic, em 14,25% ao ano. Esta é a quarta vez consecutiva que o Copom mantém a Selic inalterada. A decisão surpreendeu instituições financeiras ouvidas pelo próprio Banco Central, que esperavam aumento de 0,5 ponto percentual.

A Selic é a principal arma usada pelo governo para conter a alta dos preços, que ficou em 10,67% em 2015, a maior taxa desde 2002. A subida da Selic poderia prejudicar a economia porque juros maiores encarecem os empréstimos e desestimulam o consumo. E, sem consumo, caem as vendas e a produção.

O Copom indicou, em comunicado, que manteve a taxa depois de avaliar o cenário macroeconômico, as perspectivas para a inflação e o atual balanço de riscos, com incertezas domésticas e principalmente externas.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e outros quatro membros votaram a favor da manutenção da taxa de juro. Dois membros do Copom votaram pela subida da Selic para 14,75%.

A reunião do Copom gerou muita expectativa porque nesta terça-feira o FMI (Fundo Monetário Internacional) alterara a projeção de queda do PIB brasileiro em 2016, de 1% para 3,5%. O FMI indicou que a retração da economia no país em 2015 será de 3,8%. Em 2017, a nova expectativa é de crescimento zero, um parecer negativo ante projeção anterior do órgão, que esperava uma alta de 2,3% do PIB no país no próximo ano.

Tombini divulgou uma nota no mesmo dia informando que as projeções do FMI seriam consideradas na decisão do Copom. A manifestação pública do presidente do Banco Central surpreendeu os analistas porque o órgão normalmente não se pronuncia na véspera de o Copom divulgar seu parecer sobre a Selic.

AS/lusa/abr

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