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Copom reduz Selic a 10,75% ao ano, em sexto corte seguido

20 de março de 2024

Taxa básica da economia está em seu menor patamar desde fevereiro de 2022. Inflação em 12 meses é de 4,5%, no limite do intervalo de tolerância da meta.

Foto pessoa dando nota de 10 reais para outra, sobre uma banca de verduras
Selic serve de parâmetro para outras taxas praticadas no mercadoFoto: Miguel Schincariol/AFP

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu nesta quarta-feira (20/03) em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros, fixando a Selic em 10,75% ao ano, conforme expectativas do mercado.

Este é o sexto corte seguido desde agosto de 2023, quando o Copom interrompeu o ciclo de aperto monetário após uma queda de braço entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, indicado ao cargo ainda sob o governo Jair Bolsonaro.

A taxa agora está no seu menor patamar desde fevereiro de 2022. A decisão do Copom desta quarta-feira foi unânime, e o órgão sinalizou em comunicado que fará um novo corte de 0,5 ponto percentual na próxima reunião, em maio. A projeção do mercado financeiro é que a Selic encerre 2024 em 9% ao ano.

Qual é a relevância da taxa Selic

Conhecida como taxa básica de juros da economia, a Selic impacta diretamente a economia do país e a vida das pessoas porque serve de parâmetro para outras taxas praticadas no mercado – influenciando juros pagos em um financiamento ou empréstimo, mas também o rendimento de investidores, por exemplo.

Taxas mais elevadas são usadas pelo Banco Central para tentar controlar a inflação e trazê-la para o centro da meta, enquanto taxas mais baixas são usadas para induzir o consumo e aquecer a economia, o que por sua vez também pode se refletir em alta de preços.

Para 2024, a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ficando entre 1,5% e 4,5%. No momento, a inflação acumulada em 12 meses medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está exatamente no teto da meta, em 4,5%.

Segundo o último boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo BC, a estimativa de inflação anual para 2024 está em 3,79%, e para 2025, em 3,52% – ambas dentro do intervalo de tolerância da meta.

bl/md (Agência Brasil, DW)