Coreanas desafiam tabus ao protestarem contra governo
Julian Ryall
25 de dezembro de 2024
Nas estruturas patriarcais da Coreia do Sul, tradicionalmente espera-se que as mulheres não participem da vida política. Mas protestos contra lei marcial mostraram que jovens mulheres estão desafiando essa dinâmica.
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Quando os manifestantes enfrentaram soldados armados do lado de fora da Assembleia Nacional da Coreia do Sul na noite de 3 de dezembro, ficou imediatamente evidente que algo incomum estava acontecendo.
Assim que o presidente Yoon Suk Yeol apareceu na televisão para declarar a lei marcial, cidadãos começaram a chegar ao local para protestar e enfrentar os militares do país. A Coreia do Sul tem uma longa tradição de protestos políticos que se tornam violentos. Mas essa resistência foi diferente.
Em vez de pessoas sendo golpeadas com cassetetes e respondendo com coquetéis molotov, as multidões agitaram bastões luminosos e cantaram música de K-pop durante toda a noite. Eles continuaram cantando até o amanhecer e substituíram as luzes por cartazes declarando sua oposição ao presidente Yoon e à declaração de lei marcial. Desde então, Yoon sofreu um processo de impeachment e ainda enfrenta o risco de acusações de alta-traição.
As câmeras que filmaram as multidões que protestavam mostraram que havia muitas mulheres na linha de frente das manifestações, não só durante a noite da decretação da lei marcial, mas também nos protestos posteriores para pressionar pelo impeachment de Yoon.
Protagonismo feminino
Algumas estimativas da imprensa local apontam que até 40% dos manifestantes eram mulheres na faixa etária entre o final da adolescência e os 40 anos. Analistas dizem que essa geração emergente de mulheres pode estar pronta para desempenhar um papel maior na definição da agenda política do país.
"Historicamente, as mulheres têm sido excluídas do debate político", aponta Hyobin Lee, professora-adjunta de política e ética da Universidade Nacional de Chungnam. "A proporção de políticas mulheres na Coreia do Sul é extremamente baixa. Apenas 17,1% dos membros da Assembleia Nacional são mulheres."
"Isso reflete a exclusão profundamente arraigada das mulheres da política", disse a professora à DW. "Há até um velho ditado coreano que diz: 'Se uma galinha cantar, a casa cairá', o que implica que as mulheres não devem expressar opiniões em questões políticas."
Lee disse acreditar que as mulheres sul-coreanas já estão fartas de se sentirem cidadãs de segunda classe. Ela também aponta que, quando os políticos conservadores "deliberadamente alimentaram as divisões de gênero para obter ganhos eleitorais", isso acabou favorecendo o Partido Democrático, da oposição.
As mulheres se tornaram mais ativas na política nas eleições parlamentares de abril, quando o Partido do Poder Popular de Yoon foi derrotado, deixando o presidente com um governo minoritário. Agora, a participação política feminina parece ter sido transferida para os protestos contra a lei marcial.
Yoon explora sentimentos de antifeminismo
Por outro lado, foram os homens mais jovens, na faixa dos 20 e 30 anos, que impulsionaram a vitória presidencial de Yoon em maio de 2022. A postura antifeminista do então candidato teria atraído homens insatisfeitos com o avanço - ainda que limitado - da igualdade de gênero no país.
Durante a campanha presidencial, Yoon prometeu abolir o Ministério da Igualdade de Gênero e Família. Na eleição de 2022, 58% das mulheres na faixa dos 20 anos votaram em Lee Jae-myung, do rival Partido Democrático, enquanto 58,7% dos homens na mesma faixa etária apoiaram Yoon. Depois de eleito, Yoon eliminou ainda as cotas de gênero no governo.
Agora, pesquisas mostram que o apoio a Yoon caiu em todas as faixas etárias, mas o ressentimento entre os gêneros continua. "Havia uma clara diferença de gênero quando Yoon foi eleito e acho que essa diferença permanece agora", disse uma acadêmica de Seul que, devido à hostilidade dirigida a algumas mulheres que se manifestaram sobre o assunto, pediu para não ser identificada.
"Por causa de suas políticas, muitas mulheres - especialmente as mais jovens - não apoiaram Yoon na eleição presidencial, mas há alguns anos existe uma antipatia, quase um abismo entre homens e mulheres nessa faixa etária", disse ela à DW.
"Eles não gostam um do outro porque, culturalmente, os homens têm sido mais ativos [publicamente] na sociedade sul-coreana e tiveram que competir com outros homens por empregos, mas agora que mais mulheres estão entrando no mercado de trabalho, essa competição se tornou mais intensa", disse ela. "Muitos homens também estão ressentidos com o fato de terem de servir nas forças armadas e as mulheres não."
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Coreanas tentam se fazer ouvir
Enquanto isso, a professora Lee acredita a autoconfiança que vem florescendo entre uma nova geração de mulheres sul-coreanas significa que elas não estarão dispostas a retroceder às expectativas dos conservadores no futuro.
"Esta geração não passou por protestos como os da década de 1980", disse ela, referindo-se à sangrenta repressão na cidade de Gwangju contra manifestantes que protestavam contra a ditadura militar de Chun Doo-hwan. Em um espaço de nove dias, em maio de 1980, cerca de 165 civis foram mortos, segundo dados do governo, e milhares ficaram feridos.
"Para esta geração, protestar é algo novo", disse Lee. "Está se tornando uma ferramenta de autoexpressão."
E ela está confiante de que a mudança será duradoura.
"Acredito que, embora as mulheres possam não ter estado na vanguarda das atividades políticas ou sociais, elas sempre trabalharam incansavelmente para a sociedade e para a nação nos bastidores", disse ela. "As mulheres sempre contribuíram, mesmo que não fossem visíveis", aponta.
"Entretanto, a geração mais jovem é diferente", disse ela. "Eles cresceram sem sofrer discriminação de gênero evidente e estão acostumadas a se expressar. Se essa geração continuar a crescer e a fazer ouvir suas vozes, acredito que há um potencial significativo para uma maior participação e representação feminina."
O mês de dezembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Anas Alkharboutli/dpa/picture alliance
Sonda da Nasa atinge aproximação recorde do Sol
A sonda espacial Parker Solar Probe, da Nasa, conseguiu chegar mais próximo do Sol do que qualquer objeto já fabricado por humanos e está "operando normalmente", segundo a agência espacial americana. Ela agora entra em órbita, como visto nesta ilustração, a 6,1 milhões de quilômetros da superfície do Sol. (27/12)
Foto: APL/NASA/ZUMA Wire/picture alliance
Finlândia apreende navio suspeito de sabotar cabo de energia
Autoridades da Finlândia apreenderam e assumiram o comando de um navio-tanque de combustível suspeito de sabotar um cabo submarino de energia. A embarcação, que navega sob bandeira das Ilhas Cook, faria parte da frota fantasma usada pela Rússia para contornar sanções que impedem Moscou de exportar petróleo. (26/12)
Foto: PantherMedia/picture alliance
Avião da Embraer cai no Cazaquistão
Um avião de fabricação brasileira modelo Embraer 190 que decolou do Azerbaijão com destino à Rússia levando 67 pessoas caiu próximo à cidade de Aktau, no Cazaquistão, informaram autoridades cazaques, que contabilizam pelo menos 29 sobreviventes do acidente. A aeronave era operada pela Azerbaijan Airlines. (25/12)
Foto: Azamat Sarsenbayev/REUTERS
"O ódio não pode ter a palavra final", diz presidente alemão em discurso de Natal
Em seu tradicional discurso de Natal à nação, o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, abordou o ataque a um mercado de Natal em Magdeburg na semana passada, que deixou cinco mortos. Pedindo união e coesão ao país, Steinmeier se solidarizou com as famílias das vítimas e os feridos e afirmou que "ódio e a violência não podem ter a palavra final". (24/12)
Equipes buscam desaparecidos após colapso de ponte sobre o Rio Tocantins
Equipes de resgate buscam 14 desaparecidos após a Ponte Juscelino Kubitschek, que liga os estados do Tocantins e do Maranhão, colapsar no último domingo, provocando a queda de 10 veículos. Ao menos três mortes foram confirmadas até o momento. Devido ao derramamento de produtos tóxicos no acidente, autoridades proibiram o uso da água do Rio Tocantins em 19 municípios. (23/12)
Foto: Bombeiro Militar/Governo do Tocantins
Queda de avião em Gramado mata empresário e 9 familiares
Um avião de pequeno porte caiu no município de Gramado, no Rio Grande do Sul. A aeronave atingiu uma loja de móveis, uma pousada e residências perto do centro da cidade. Os dez ocupantes da aeronave morreram. Todos eram da mesma família. Outras 17 pessoas que estavam no solo foram encaminhadas a um hospital, duas delas em estado grave. (22/12)
Foto: Defesa Civil do Rio Grande do Sul/Divulgação
Magdeburg tem dia de homenagens e protestos após ataque
Centenas de pessoas homenagearam as vítimas de um atentado que deixou 5 mortos e 200 feridos em Magdeburg. O suspeito do crime é um médico saudita de 50 anos, que se dizia ex-muçulmano, alegava ser perseguido por radicais religiosos e simpatizava com a ultradireitista AfD. Em resposta, manifestantes ocuparam as ruas da cidade com slogans anti-imigração. (21/12)
Foto: Michael Probst/AP/picture alliance
Motorista invade mercado de Natal na Alemanha e atropela dezenas
Um motorista avançou em alta velocidade contra um mercado de Natal na cidade alemã de Magdeburgo, no estado da Saxônia-Anhalt, leste da Alemanha, atropelando dezenas de pessoas e deixando mortos e feridos. O suspeito, um médico psiquiatra saudita de 50 anos, foi preso. Aparentemente, ele tinha perfil crítico ao islã. (20/12)
Foto: Heiko Rebsch/dpa/picture alliance
Ex-marido de Gisèle Pelicot é condenado a 20 anos de prisão
Dominique Pelicot, que passou uma década dopando sua então esposa, Gisèle, e convidando outros homens a estuprá-la, foi condenado a 20 anos pela Justiça francesa. Ele foi considerado culpado por estupro com agravantes e por gravar e distribuir imagens dos atos. Gisèle tornou-se um ícone feminista global ao decidir tornar público o julgamento e assistir às sessões com o rosto descoberto. (19/12)
Foto: Laurent Coust/ABACA/picture alliance
Macron e Zelenski discutem envio de tropas europeias à Ucrânia
Presidentes da Franca, Emmanuel Macron, e da Ucrânia, Volodimir Zelenski, voltaram a discutir possibilidade de a Europa enviar tropas para a Ucrânia no intuito de ajudar a alcançar uma paz estável. "Garantias confiáveis são essenciais para que a paz possa realmente ser alcançada”, disse Zelenski, que também se reuniu com chefe da Otan, Mark Rutte, em Bruxelas. (18/12)
Foto: Nicolas Tucat, Pool Photo via AP/picture alliance
General russo morre em explosão em Moscou
O general Igor Kirillov, chefe da defesa radiológica, química e biológica da Rússia, foi morto num ataque a bomba em Moscou. A bomba foi acionada quando Kirillov, de 54 anos, estava saindo de uma casa com seu assessor, que também foi morto no atentado. Investigadores citados pelo jornal Kommersant apontaram os serviços secretos ucranianos como os possíveis autores do ataque. (17/12)
Foto: ASSOCIATED PRESS/picture alliance
Olaf Scholz perde moção de confiança
O chanceler alemão Olaf Scholz perde voto de confiança no Bundestag (parlamento alemão) depois de não conseguir obter a maioria no Legislativo após o colapso de seu governo de coalizão. O resultado abre caminho para a dissolução da atual legislatura e a convocação de eleições federais antecipadas, que devem ocorrer em 23 de fevereiro, marcand o fim da era Scholz. (16/12)
Foto: Lisi Niesner/REUTERS
Escolas reabrem na Síria após queda do regime de Assad
Dezenas de crianças e adolescentes voltaram às escolas em Damasco neste domingo, uma semana após a queda do ditador Bashar al-Assad. A rotina também está lentamente voltando ao normal em universidades e nos centros comerciais, depois de um período de comemorações e incertezas sobre o futuro da Síria. (15/12)
Foto: Ammar Awad/REUTERS
PF prende general Braga Netto no inquérito do golpe
Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes mandou prender preventinamente o ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto, acusado de tentar obstruir as investigações. Ele é tomado pela Polícia Federal como um dos coordenadores do plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aplicar um golpe de Estado. (14/12)
Foto: SERGIO LIMA/AFP
Multidão toma as ruas de Damasco para celebrar queda de Assad
Milhares de pessoas se reuniram em cidades sírias para celebrar o fim do regime de Bashar al-Assad após as primeiras orações de sexta-feira desde que os rebeldes assumiram o poder. Em Damasco, uma multidão se reuniu na praça Umayyad, no centro da capital. O local é simbólico por ter também recebido os protestos massivos de 2011, que deram início à guerra civil no país. (13/12)
Foto: Ghaith Alsayed/AP/dpa/picture alliance
Trump é a Pessoa do Ano de 2024 da revista "Time"
Publicação cita "volta por cima de proporções históricas" ao justificar escolha e diz que republicano é beneficiário e agente da perda de confiança nos valores liberais. (12/12)
Foto: Heather Khalifa/AP Photo/picture alliance
Assembleia Geral da ONU pede cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza
Por 158 votos favoráveis, órgão que reúne 193 países pediu o fim do conflito entre Israel e o Hamas no território palestino e a libertação imediata de todos os reféns sequestrados por islamistas. Mas diferentemente das votações no Conselho de Segurança, decisão não é juridicamente vinculativa. Conflito em Gaza já dura 14 meses, sem fim à vista. (11/12)
Foto: Mohammed M Skaik/Avalon/picture alliance
Rebeldes sírios anunciam novo governo de transição
Mohammad al-Bashir, que liderava o governo no reduto rebelde de Idlib, vai assumir gestão interina do país até 1º de março, mudando a liderança do país após 24 anos de regime de Bashar al-Assad. Novo primeiro-ministro é ligado ao grupo radical islâmico HTS. (10/12)
Foto: Omar Haj Kadour/AFP/Getty Images
STF obriga PM de São Paulo a manter uso de câmeras corporais
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais pelos policiais militares do estado de São Paulo. A determinação é uma derrota para o governador Tarcísio de Freitas, que desde a campanha eleitoral se posicionou contra o uso dos equipamentos e vinha tentando propor modelos alternativos. (09/12)
Foto: FotoRua/NurPhoto/IMAGO
Rebeldes derrubam regime na Síria, e Assad foge para a Rússia
Após uma ofensiva que durou menos de duas semanas, insurgentes sírios liderados pelo grupo islamista Organização para a Libertação do Levante (HTS) chegaram à capital da Síria, Damasco, e a declararam "livre" do regime do presidente Bashar al-Assad. Citando fontes do Kremlin, veículos russos afirmam que o ditador e sua família estão asilados em Moscou. (08/12)
Foto: Louai Beshara/AFP
Restaurada, Catedral de Notre-Dame é reaberta cinco anos após incêndio devastador
Bancada por doações, reconstrução de monumento arquitetônico parisiense custou cerca de 700 milhões de euros e demandou o trabalho de cerca de 2 mil especialistas. Construída entre os séculos 12 e 14, catedral quase foi destruída em incêndio de causas desconhecidas. Solenidade foi prestigiada por chefes de governo e de Estado do mundo inteiro. (07/12)
Foto: Stevens Tomas/ABACA/IMAGO
Mercosul e União Europeia anunciam acordo de livre comércio
Após 25 anos de negociações, blocos concluíram texto final do acordo que prevê a redução ou eliminação de tarifas e barreiras comerciais, facilitando a exportação de produtos de ambos os lados. A líder da UE, Ursula von der Leyen (centro), disse que o pacto é uma "vitória para Europa". Ratificação deve, porém, esbarrar em resistência de países como a França. (06/12)
Foto: EITAN ABRAMOVICH/AFP/Getty Images
Após tomar Aleppo, Rebeldes avançam pela Síria e anunciam conquista de Hama
Islamistas apoiados pela Turquia fizeram seu mais rápido avanço em 13 anos de guerra civil no país. A captura de Hama vem após o enfraquecimento do Hezbollah, tradicional aliado do ditador sírio Bashar al-Assad, ao lado de Rússia e Irã. (05/12)
Governo da França é derrubado após moção de censura
Deputados de esquerda e da ultradireita se uniram para derrubar o governo do premiê francês, Michel Barnier, que assumiu o cargo há menos de 100 dias. Barnier enfrentava duas moções de censura, após usar um controverso mecanismo para forçar a aprovação do Orçamento. A primeira moção acabou sendo aprovada com 331 votos, selando o fim do governo do aliado do presidente Emmanuel Macron. (04/12)
Foto: Sarah Meyssonnier/REUTERS
Presidente sul-coreano impõe e depois desiste de lei marcial
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, surpreendeu o país e o mundo ao decretar lei marcial em pronunciamento transmitido pela TV. Ele justificou a militarização do país como forma de conter uma "ameaça comunista". Horas depois, após protestos e uma votação unânime do Parlamento para derrubar medida, ele recuou e suspendeu lei. (03/12)
Foto: JUNG YEON-JE/AFP/Getty Images
Trabalhadores da Volkswagen entram em greve em toda a Alemanha
Milhares de trabalhadores da Volkswagen na Alemanha entraram em greve, depois que a empresa anunciou planos de fechar três fábricas e cortar aposentadorias. "Se necessário, esta será a disputa salarial mais dura que a Volkswagen já viu", disse Thorsten Gröger, que está liderando as negociações sindicais com a gigante automobilística alemã. (02/12)
Foto: Jens Schlueter/AFP via Getty Images
Regime sírio perde controle de Aleppo
O regime do ditador sírio Bashar al-Assad perdeu completamente o controle de Aleppo, a segunda cidade do país, informou uma ONG. Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), o grupo Hayat Tahrir al Sham, antigo ramo sírio da rede terrorista Al Qaeda, e outras facções rebeldes aliadas "controlam a cidade de Aleppo, com exceção dos bairros controlados pelas forças curdas". (01/12)