Coreia do Norte mantém testes de mísseis na costa leste
28 de setembro de 2022
Lançamento ocorre na véspera da chegada da vice-presidente dos EUA à Coreia do Sul. Kamala Harris deverá visitar a fronteira das Coreias, numa aparente demonstração de força da parceria entre Washington e Seul.
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A Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos de curto alcance em um intervalo de dez minutos na tarde desta quarta-feira (28/09), no horário local. Os disparos ocorreram na véspera da chegada da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, à Coreia do Sul, prevista para esta quinta.
Segundo informações do governo de Seul, as munições foram lançadas a partir da região de Sunan, que fica próxima à capital norte-coreana, Pyongyang, em direção às águas da costa leste do país. A ação foi executada apenas três dias depois de a Coreia do Norte ter testado o mesmo armamento, também na costa leste.
Conforme especialistas japoneses e sul-coreanos, os mísseis voaram uma distância entre 300 e 360 quilômetros e a uma altitude estimada de 30 a 50 quilômetros.
O ministro da Defesa do Japão, Toshiro Ino, disse que o exército japonês também detectou os lançamentos e que as armas voaram em trajetória irregular.
"Os repetidos disparos de mísseis pela Coreia do Norte, em meio à invasão [russa] da Ucrânia, são inadmissíveis", declarou Ino.
O governo sul-coreano considerou o exercício como uma provocação, e disse que isso deve aprofundar ainda mais o isolamento internacional da Coreia do Norte, ao mesmo tempo em que se estreitam as relações entre Coreia do Sul e Estados Unidos.
"Nossos militares têm reforçado o monitoramento e a vigilância, e estão mantendo a máxima prontidão em estreita coordenação com os EUA", afirmou o gabinete governamental de Seul.
Os Estados Unidos também condenaram a ação. "Seguimos comprometidos com uma abordagem diplomática com a Coreia do Norte, e pedimos que o país estabeleça um diálogo", declarou, em um comunicado, um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.
Visita de Harris à Coreia do Sul
Kamala Harris deve se encontrar com o presidente sul-coreano, Yook Suk-yeol, e outros oficiais do governo de Seul a partir desta quinta-feira. Depois, seguirá para o Japão.
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Harris tem uma visita prevista à fronteira entre as duas Coreias, o que autoridades americanas consideram uma demonstração de força da aliança entre americanos e sul-coreanos, bem como do compromisso dos EUA de se colocarem ao lado da Coreia do Sul ante qualquer ameaça da Coreia do Norte.
Os EUA são o principal aliado militar de Seul e têm cerca de 28,5 mil soldados estacionados na Coreia do Sul, com a intenção de blindá-la da vizinha do norte.
Com Yook no poder desde maio, a Coreia do Sul tem estreitado ainda mais os exercícios bélicos com os EUA. Na semana passada, os dois países realizaram atividades militares conjuntas na Península Coreana.
Ambos os países argumentam que esses exercícios consistem em treinamentos de defesa. A Coreia do Norte, por sua vez, encara as atividades como ensaios para uma invasão.
No começo deste mês, a Coreia do Norte colocou em prática uma lei que autoriza o uso preventivo de armas nucleares em determinadas situações.
Testes viraram rotina em 2022
Lançamentos de mísseis executados pela Coreia do Norte não são novidade. Em 2022, o país bateu um recorde, com mais de 30 armamentos balísticos lançados, incluindo o primeiro míssil intercontinental desde 2017, o Hwasong-12, em 30 de janeiro.
Na época, avaliações feitas por especialistas sul-coreanos e japoneses indicaram que o míssil atingiu uma distância de 800 quilômetros e uma altitude de 2 mil quilômetros, antes de cair no oceano entre a Península Coreana e o Japão.
Com isso, as autoridades concluíram que o Hwasong-12 foi o armamento mais potente testado pela Coreia do Norte desde 2017, quando o país lançou o Hwasong-14 e o Hwasong-15, de longo alcance, a fim de comprovar capacidade de ataques nucleares até mesmo ao território dos Estados Unidos, além de bases militares americanas localizadas no nordeste da Ásia e no Pacífico.
Antes disso, na primeira quinzena de janeiro, a Coreia do Norte já havia confirmado dois testes com mísseis hipersônicos. No dia 11, o míssil atingiu um alvo situado a mil quilômetros de distância. Uma semana antes, outro teste com armamento semelhante também foi confirmado.
Em 24 de março, o exército norte-coreano testou um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) pela primeira vez desde 2017, segundo os governos do Japão e da Coreia do Sul.
Autoridades japonesas afirmaram que o lançamento envolveu um novo modelo de ICBM, que voou por cerca de 71 minutos, a uma altitude de cerca de 6 mil quilômetros, e com um alcance de 1,1 mil quilômetros a partir do ponto de partida.
No dia 5 de junho, o país voltou a realizar testes de mísseis com potencial nuclear. Em um intervalo de meia hora, foram disparados oito dispositivos de curto alcance a partir da região de Sunan em direção ao Mar do Japão, na costa oriental da Península Coreana.
gb (AP, AFP, Reuters)
O mês de setembro em imagens
O mês de setembro em imagens
Foto: Jane Barlow/PA/AP Photo/picture alliance
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Foto: AP/picture alliance
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Foto: Carol Smiljan/picture alliance
Protestos contra mobilização militar de Putin
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Foto: Alexander Nemenov/AFP
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Em desvantagem nas pesquisas eleitorais, o presidente Jair Bolsonaro usou seu discurso de abertura da 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, para fazer elogios ao seu governo e criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato favorito para vencer o pleito eleitoral em 2 de outubro. (20/09)
Foto: Brendan McDermid/REUTERS
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Foto: Paul Childs/EUTERS
Questão de ângulo
O quê?! Uma moça sem cabeça, flutuando no ar, com as pernas invertidas...? A ginástica rítmica esportiva realmente tem momentos estranhos, ainda mais quando uma bola entra em ação. Na foto, a atleta ucraniana Viktoriia Onopriienko concorre na final do 39º Campeonato Mundial FIG da modalidade, em Sófia, Bulgária. (18/09)
Foto: Nikolay Doychinov/AFP/Getty Images
Após dois anos de pausa, começa a Oktoberfest
Após dois anos de pausa devido à pandemia de covid-19, a Oktoberfest está de volta a Munique, com a participação de 487 estabelecimentos, incluindo cervejarias, restaurantes e expositores. Serão 17 grandes tendas de festa e 21 tendas menores, com um total de 120 mil lugares, num terreno de 34 hectares. O evento segue até o dia 3 de outubro. (17/09)
Foto: Michael Probst/AP Photo/picture alliance
Ucrânia denuncia valas comuns e tortura em área retomada
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, denunciou a descoberta de uma vala comum na cidade de Izium. A polícia também divulgou a descoberta de pelo menos dez locais usados para tortura em território recapturado no nordeste do país. À medida que as tropas ucranianas retomam faixas de território, autoridades disseram temer descobrir crimes de guerra russos em áreas recém-libertadas. (16/09)
Foto: Gleb Garanich/REUTERS
Lula segue com 45% das intenções de voto, diz Datafolha
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue favorito na disputa pela Presidência, segundo pesquisa Datafolha. O petista aparece 12 pontos percentuais à frente de Jair Bolsonaro (PL): enquanto Lula tem 45% das intenções de voto, o atual presidente tem 33%. Considerando apenas os votos válidos, que excluem brancos e nulos, Lula teria 48%, contra 36% de Bolsonaro. (15/09)
Foto: Andre Penner/AP/picture alliance
Fila para velório de Elizabeth 2ª chega a cinco quilômetros
Dezenas de milhares de pessoas alinham-se na margem sul do rio Tâmisa, em Londres, para passar em frente ao caixão da rainha Elizabeth 2ª, em uma fila que alcançava cinco quilômetros. Em quatro dias, espera-se que 750 mil pessoas visitem o Palácio de Westminster para prestar suas últimas homenagens à rainha. O sistema de filas tem capacidade para 16 quilômetros. (14/09)
Foto: ALKIS KONSTANTINIDIS/AFP
Morre cineasta Jean-Luc Godard, aos 91 anos
O cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard, um dos principais nomes do cinema desde a estreia em longas-metragens com "Acossado", em 1960, morreu, aos 91 anos. Parte fundamental da "Nouvelle Vague" francesa, movimento que revolucionou o cinema a partir dos anos 1950, Godard teve uma longa carreira premiada e ficou conhecido pelo seu estilo de filmar iconoclasta, aparentemente improvisado. (13/09)
Escravidão moderna atinge 50 milhões em todo o mundo, informa ONU
Relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas e a Fundação Walk Free revela que em torno de 50 milhões de indivíduos estão submetidos a situações análogas à escravidão. Entre as razões estão a pandemia, mudanças climáticas e conflitos armados, que provocaram "uma disrupção sem precedentes para o emprego e a educação, aumentando a pobreza extrema e a migração arriscada e forçada". (12/09)
Foto: Igor Kralj/PIXSELL/picture alliance
Caixão com corpo de Elizabeth 2ª chega a Edimburgo
O féretro saiu do Castelo de Balmoral, na Escócia, onde a monarca morreu na quinta-feira, chegando a à capital escocesa após um cortejo de cerca de seis horas. Centenas de pessoas assistiram em silêncio à saída de Balmoral e à passagem pelos povoados do trajeto. O corpo da rainha fica na Escócia até terça-feira, quando será levado para Londres, para o funeral de Estado, em 19 de setembro. (11/09)
Foto: Alkis Konstantindis/REUTERS
Charles 3° é formalmente proclamado rei do Reino Unido
O rei Charles 3° foi formalmente proclamado o novo monarca do Reino Unido. A tradicional cerimônia de proclamação do novo soberano no Palácio de St. James foi transmitida pela primeira vez ao vivo. Apesar de o herdeiro suceder automaticamente à sua mãe, a rainha Elizabeth 2ª, após sua morte, este é o ato em que o poder político britânico o reconhece oficialmente como soberano (10/09).
Foto: Victoria Jones/dpa/picture alliance
Charles 3° faz primeiro discurso como rei
Charles 3° fez seu primeiro discurso televisionado como novo monarca do Reino Unido. Um dia após a morte da mãe, Elizabeth 2ª, Charles afirmou que pretende renovar o compromisso da rainha de dedicar sua vida a servir o povo "Minha amada mãe, foi uma inspiração e um exemplo para mim e para toda minha família, e temos com ela a dívida mais sincera que qualquer família pode ter com sua mãe." (09/09)
Foto: Yui Mok/Pool Photo via AP/picture alliance
Rainha Elizabeth 2ª morre aos 96 anos
A rainha Elizabeth 2ª morreu aos 96 anos, após sete décadas de reinado, o mais longevo da história do Reino Unido. Líderes mundiais lamentaram a morte da monarca, destacando que ela foi "uma estadista de dignidade incomparável" e um "modelo de inspiração". Agora, seu filho Charles, de 73 anos, herdeiro do trono desde os três anos de idade, passa a ser chamado de rei Charles 3°. (08/09)
Foto: Markus Schreiber/AP/dpa/picture alliance
Bolsonaro transforma bicentenário da Independência em palanque
O presidente Jair Bolsonaro usou a data que marca os 200 anos de Independência do Brasil para fazer campanha política, ameaçar o STF e o sistema democrático, em discurso marcado por declarações machistas. Seus apoiadores traziam cartazes com mensagens anticonstitucionais pedindo um golpe militar e a dissolução do Supremo. (07/09)
Foto: Evaristo Sa/AFP/Getty Images
ONU alerta para ameaça de catástrofe em Zaporíjia
A missão da ONU que inspecionou a usina nuclear de Zaporíjia, na Ucrânia, alertou para ameaças à segurança que poderiam resultar em vazamentos de radiação. Um relatório dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sugere a criação de uma zona de proteção em torno do local, enquanto aumentam os temores de que os confrontos na região possam gerar uma catástrofe nuclear. (06/09)
Foto: Leonhard Foeger/REUTERS
Partido Conservador britânico elege Liz Truss como nova premiê
A atual ministra do Exterior do Reino Unido, Liz Truss, foi escolhida para assumir o lugar de Boris Johnson como primeira-ministra britânica. Ela será a terceira mulher a ocupar o cargo, após Margaret Thatcher e Theresa May, e a quarta premiê do Partido Conservador desde as eleições de 2015. Truss prometeu agir rapidamente para enfrentar a crise do custo de vida no Reino Unido. (06/09)
Foto: Geoff Caddick/AFP
Premiê ucraniano visita Berlim
O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, recebeu com honras militares em Berlim o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, que busca mais apoio militar a seu país em guerra. Ele é a primeira autoridade ucraniana de alto nível a visitar a Alemanha em meses. Durante a reunião, o alemão prometeu continuar apoiando a Ucrânia não apenas militarmente, mas também política e financeiramente. (04/09)
Foto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance
Em funeral sem Putin, milhares se despedem de Gorbachev
Milhares de russos prestararam homenagem ao último líder da União Soviética, Mikhail Gorbachev, em funeral em Moscou sem a presença do presidente Vladimir Putin. A recusa do Kremlin em declarar um funeral de Estado reflete um incômodo em relação ao legado de Gorbachev, que tentou transformar a União Soviética, mas acabou precipitando seu colapso. Gorbachev morreu em 30 de agosto. (03/09)
Foto: Alexander Zemlianichenko/AP/picture alliance
Missão da ONU visita maior usina nuclear da Europa, ocupada pelos russos
A missão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), vinculada à ONU, chegou à usina nuclear de Zaporíjia, na Ucrânia, para uma inspeção. Há meses, combates entre tropas russas e ucranianas na região causam temores de uma catástrofe nuclear. Após visitar as instalações, o diretor da AIEA, Rafael Grossi, disse que a integridade física da central nuclear "foi violada várias vezes". (01/09)
Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS
Cristina Kirchner faz primeira aparição após tentativa de assassinato
A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, saiu da casa em frente à qual sofreu uma tentativa de assassinato horas antes sem fazer declarações, mas dedicando alguns momentos para cumprimentar seus apoiadores. Foi a primeira imagem dela após o ataque que sofreu na noite anterior, quando um brasileiro apontou uma arma para seu rosto, em meio à vigília de simpatizantes kirchneristas. (02/09)