Coreia do Norte volta a testar mísseis no Mar do Japão
26 de agosto de 2017
Exército norte-coreano efetua três disparos de curto alcance, um deles falha, segundo os EUA. Teste coincide com manobras militares conjuntas de americanos e sul-coreanos.
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A Coreia do Norte realizou neste sábado (26/08) três testes com mísseis na costa oriental de seu território, em direção ao Mar do Japão. Segundo os Estados Unidos, que realizam manobras militares conjuntas com forças sul-coreanas na região, um dos disparos falhou.
Os mísseis eram de curto alcance. O primeiro e o terceiro voaram cerca de 250 quilômetros. O segundo, de acordo com o Comando Americano no Pacífico, explodiu já durante o lançamento. Nenhum teria capacidade para atingir os EUA.
O lançamento é o primeiro feito pela Coreia do Norte desde que testou um míssil, em 28 de julho, que pode ter sido projetado para atingir 10 mil quilômetros, colocando partes do continente americano ao alcance.
Veja imagens do grande desfile na Coreia do Norte
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Desde a realização do teste com o míssil balístico intercontinental, o regime de Pyongyang tem ameaçado disparar mísseis contra a ilha de Guam, território dos Estados Unidos no Pacífico ocidental.
As ameaças fizeram com que o presidente americano, Donald Trump, retrucasse com tom beligerante, dando início à maior escalada na retórica entre ambos os países nos últimos anos.
Atualmente, Coreia do Sul e EUA estão realizando exercícios militares conjuntos em território sul-coreano. A Coreia do Norte criticou várias vezes as manobras, dizendo que as considera um ensaio para a invasão do seu território.
O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, supervisionou na sexta-feira uma competição de artilharia das forças especiais do Exército no 57º aniversário da doutrina "Songun", que prioriza o setor militar.
No desafio foram utilizados diferentes aparatos militares, desde aviões e lançadores de mísseis até canhões autopropulsados, que dispararam munição de diferentes calibres, detalhou neste sábado a agência de notícias norte-coreana KCNA.
Em um posto de observação, Kim deu o sinal para o início da competição, na qual o objetivo era alcançar determinadas metas em uma operação que simulava a ocupação de ilhas.
Kim expressou sua "grande satisfação pelo sucesso da competição" e aconselhou o Exército norte-coreano a realizar no futuro mais exercícios "simulando uma verdadeira batalha para aprimorar a coordenação entre todos os serviços e armas".
RPR/efe/rtr
O que o regime mostra na Coreia do Norte
A DW viajou à Coreia do Norte para descobrir o que há por trás da propaganda. Saímos às ruas com o acompanhante disponibilizado pelo governo e registramos o que vimos - ou nos deixaram ver - em Pyongyang.
Foto: DW/A. Foncillas
Árvores floridas
Os prédios da capital norte-coreana estão pintados com cores vivas, dando um ar de alegria à cidade. A época da floração da cerejeira contribui para a variedade cromática. O número crescente de automóveis nas ruas faz concorrência às bicicletas.
Foto: DW/A. Foncillas
Brincando no parque
Os clichês do mundo ocidental em relação à Coreia do Norte nos fazem esquecer que, além da devoção fervorosa aos seus líderes, a população não é muito diferente da de outras latitudes. Na semana de comemorações do Dia do Sol, é comum ver crianças praticando esportes em parques.
Foto: DW/A. Foncillas
Líder aclamado
Performances de todos os tipos oferecidas por crianças são um elemento-chave do lazer no país. A aparição do ditador Kim Jong-un no telão gera aplausos na plateia.
Foto: DW/A. Foncillas
Kimjongília e kimilsúngia
O culto à personalidade atinge o cúmulo com a orquídea batizada kimilsungia e a begônia kimjongilia, nomes que homenageiam o pai e avô do atual ditador. Nesta exposição de flores, trabalhadores de diferentes ministérios e universidades trouxeram flores que cultivam em seu local de trabalho.
Foto: DW/A. Foncillas
"Um dos cortes permitidos, por favor!"
O catálogo de cortes nos salões de cabeleireiros em Pyongyang oferece os 20 penteados recomendados no país. Já a barba é feita de forma convencional, com espuma e lâmina.
Foto: DW/A. Foncillas
Diversão para os ricos
Na capital há um imenso complexo de lazer para a classe rica. Lá há três piscinas e muitos restaurantes, que oferecem cerveja, comidas típicas do país e o típico kimchi, prato similar ao chucrute.
Foto: DW/A. Foncillas
Consumo caro
Modestas reformas econômicas têm permitido a abertura de supermercados, onde se pode encontrar uísque escocês, eletrodomésticos japoneses e roupas americanas de marca. Não é incomum os clientes pagarem com dólares ou cartões de crédito.
Foto: DW/A. Foncillas
Os jovens
Muitos jovens norte-coreanos frequentam cafés de luxo como qualquer outro jovem de uma capital europeia. Isso só se podem permitir os filhos da elite vinculada ao comércio exterior e com acesso a divisas internacionais. A jovem da foto estudou Finanças na Índia e defende que, em Pyongyang, não faltam opções de lazer.
Foto: DW/A. Foncillas
Esporte popular
O vôlei é um dos esportes mais populares do país. Este ginásio oferece instalações de alto nível.
Foto: DW/A. Foncillas
Internet a preço de sorvete
No Centro de Divulgação Científica aberto recentemente em Pyongyang, as pessoas podem jogar videogame e se conectar à internet "pela metade do preço de um sorvete", disse o guia. A internet é limitada a sites norte-coreanos, sem acesso a páginas de fora do país.
Foto: DW/A. Foncillas
Guarda de trânsito
Os uniformes são onipresentes no país. O controle de tráfego é feito principalmente por mulheres jovens vestidas com minissaias e botas.
Foto: DW/A. Foncillas
À espera do desfile
O Exército norte-coreano tem 1,2 milhão de soldados para uma população de 25 milhões de pessoas. A maior parte dos escassos recursos do país é destinada aos militares. Na foto, o desfile militar do Dia do Sol, em homenagem ao fundador do país, Kim Il-sung.
Foto: DW/A. Foncillas
Sempre sorrindo
Meninas aprendendo música em uma academia. Na Coreia do Norte, é comum este tipo de escola, que, segundo o regime, valoriza especialmente talentos em disciplinas artísticas e esportivas.
Foto: DW/A. Foncillas
Luxo subterrâneo
O metrô de Pyongyang é o mais profundo do mundo e serve como refúgio em caso de ataque. O luxo desta estação contrasta com os trens antiquados. Os usuários podem aproveitar o tempo de espera informando-se sobre o mais recente míssil lançado.
Foto: DW/A. Foncillas
Arquitetura e militares
A arquitetura da capital é tanto tradicional quanto moderna. Os novos edifícios são octogonais, ovais ou tem qualquer outra forma ousada. Eles se assemelham a um livro invertido se ali vivem acadêmicos, ou parecem uma tomada, se se destinam a cientistas.
Foto: DW/A. Foncillas
Meninos e futebol
Meninos jogam futebol em uma escola de órfãos na capital. Os responsáveis por eles garantem que as crianças ingerem 3.500 calorias por dia, mais do que necessita um esportista de elite em qualquer país do mundo.
Foto: DW/A. Foncillas
Propaganda por todo lugar
Cartazes de propaganda são comuns nas ruas de Pyongyang. Eles ressaltam a força do Exército, a necessidade de uma pátria unida contra o inimigo externo, dos trabalhadores como a base de um sistema ideológico que só existe aqui: a ideologia Juche.
Foto: DW/A. Foncillas
Passos firmes
Desfiles militares são atividades recorrentes no calendário da Coreia do Norte. O objetivo do governo é mostrar Forças Armadas bem equipadas, que agem com marcialidade.