Vírus foi detectado em sul-coreano de 43 anos que retornou do Brasil, alarmando país asiático. França afirma haver suspeita de microcefalia ligada ao zika em Martinica, no Caribe.
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As autoridades de saúde da Coreia do Sul confirmaram nesta terça-feira (22/03) terem registrado o primeiro caso de zika no país desde o início do surto nas Américas. O vírus foi detectado em um homem de 43 anos que tinha viajado ao Brasil entre meados de fevereiro e início de março.
O paciente sul-coreano foi submetido a quarentena e recebe tratamento no hospital de Gwangju, cidade no sudoeste do país, a 330 quilômetros de Seul.
As autoridades sanitárias sul-coreanas estão investigando os movimentos do infectado desde que ele regressou à Coreia do Sul no dia 11 de março, para garantir que ele não contagiou outras pessoas.
O primeiro caso de zika na Coreia do Sul gerou preocupação, já que, no ano passado, a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês), o novo coronavírus, causou a morte de 38 pessoas e afetou o turismo e o consumo do país.
Zika e microcefalia
Também nesta terça-feira, autoridades francesas afirmaram haver "uma suspeita muito forte" de que o primeiro caso de microcefalia ligada ao vírus zika tenha sido detectado na ilha caribenha de Martinica. O caso seria o primeiro em território francês de microcefalia, um defeito de nascença possivelmente causado pelo zika.
A ministra da Saúde francesa, Marisol Touraine, disse que 130 mulheres grávidas tinham sido diagnosticadas com o vírus zika nas Antilhas, ilhas que incluem a Martinica, bem como a Guiana Francesa, na América do Sul. "Para uma delas, temos elementos que nos levam a acreditar que seu bebê tenha microcefalia e que essa microcefalia esteja diretamente ligada à sua infecção pelo vírus zika", afirmou Touraine.
MD/lusa/afp
Os 10 vírus mais perigosos do mundo
Embora a covid-19 seja muito contagiosa, sua taxa de mortalidade é relativamente baixa em comparação com esses dez vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Vírus de Marburg
O vírus mais perigoso do mundo é o Marburg. Ele leva o nome de uma pequena cidade alemã às margens do rio Lahn, onde o vírus foi documentado pela primeira vez. O Marburg provoca febre hemorrágica e, assim como o ebola, causa convulsões e sangramentos das mucosas, da pele e dos órgãos. A taxa de mortalidade do vírus chega a 88%.
Foto: Bernhard-Nocht-Institut
Ebola
O vírus do ebola foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo por uma equipe de pesquisadores belgas. A doença foi batizada com o nome do rio que passa pelo vilarejo onde ela foi identificada pela primeira vez. Ele pode ocorrer em cinco cepas distintas, denominadas de acordo com países e regiões na África: Zaire, Sudão, Bundibugyo, Reston, Floresta de Tai. A cepa Zaire é a mais fatal.
Foto: Reuters
Hantavírus
O hantavírus descreve uma ampla variedade de vírus. Assim como o ebola, ele também leva o nome de um rio – neste caso, onde soldados americanos foram os primeiros a se infectarem com a doença durante a Guerra da Coreia, em 1950. Os sinais são doenças pulmonares, febre e insuficiência renal.
Foto: REUTERS
Gripe aviária
Com uma taxa de mortalidade de 70%, o agente causador da gripe aviária espalhou medo durante meses. Mas o risco real de alguém se infectar com o vírus H5NI é muito baixo. Os seres humanos podem ser contaminados somente através do contato muito próximo com as aves. Por esse motivo, a maioria dos casos ocorre na Ásia, onde pessoas e galinhas às vezes vivem juntas em espaço pequeno.
Foto: AP
Febre de Lassa
Uma enfermeira na Nigéria foi a primeira pessoa a se infectar com o vírus Lassa. A doença é transmitida aos humanos através do contato com excrementos de roedores. A febre de Lassa ocorre de forma endêmica na África Ocidental, como é o caso, atualmente, mais uma vez na Nigéria. Pesquisadores acreditam que 15% dos roedores dali sejam portadores do vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Junin
O vírus Junin é associado à febre hemorrágica argentina. As pessoas infectadas apresentam inflamações nos tecidos, hemorragia e sépsis, uma inflamação geral do organismo. O problema é que os sintomas parecem ser tão comuns que a doença raramente é detectada ou identificada à primeira vista.
Crimeia-Congo
O vírus da febre hemorrágica Crimeia-Congo é transmitido por carrapatos. Ele é semelhante ao ebola e ao Marburg na forma como se desenvolve. Durante os primeiros dias de infecção, os doentes apresentam sangramentos na face, na boca e na faringe.
Foto: picture-alliance/dpa
Machupo
O vírus Machupo está associado à febre hemorrágica boliviana. A infecção causa febre alta, acompanhada de fortes sangramentos. Ele desenvolve-se de maneira semelhante ao vírus Junin. O Machupo pode ser transmitido de humano para humano, e é encontrado com frequência em roedores.
Foto: picture-alliance/dpa/Marks
Doença da floresta de Kyasanur
Cientistas descobriram o vírus da floresta de Kyasanur na costa sudoeste da Índia em 1955. Ele é transmitido por carrapatos, mas supõe-se que ratos, aves e suínos também possam ser hospedeiros. As pessoas infectadas apresentam febre alta, fortes dores de cabeça e musculares, que podem causar hemorragias.
Dengue
A dengue é uma ameaça constante. Transmitida pelo mosquito aedes aegypti, a doença afeta entre 50 e 100 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. O vírus representa um problema para os dois bilhões de habitantes que vivem nas áreas ameaçadas, como Tailândia, Índia e Brasil.